Cabine de projeção
CABINE DE PROJEcAO 21 05 2015 1014
_____Cabine de Projeção Especial “Poltergeist”____ Editorial
Eu, particularmente, adoro filmes de terror. É claro que nem todos assustam, mas eu os assisto mesmo assim. Até mesmo com aqueles que não assustam “PN” eu perco o meu tempo, só para falar mal deles quando eles terminam, para me convencer e reafirmar, com todas as letras, que não se fazem mais produções do gênero como antigamente. E é por isso que Hollywood tem procurado recontar, na telona, os eventos assustadores dos grandes clássicos de terror. A bola da vez é o filme “Poltergeist”, que é o grande lançamento da semana nos cinemas brasileiros. E mesmo sabendo que as críticas em sua maioria não estão sendo boas, a Fox está apostando suas fichas no sucesso do filme. E caso ele se confirme, uma sequência está sendo pré-produzida, porém só sairá da gaveta após o resultado final da bilheteria mundial do longa-metragem. Portanto, vamos todos lotar as salas de cinemas e assistir ao filme “Poltergeist”, mesmo você sabendo que o original é intocável. Mas permita que a nova geração conheça a história, para que depois elas queiram assistir ao verdadeiro filme de 1982.
Sinopse da Refilmagem
Para quem assistiu ao filme original, a sinopse é o de menos, pois a maioria dos fãs do gênero, e do próprio filme em si, comparecerá nos cinemas com o objetivo de matar a saudade da história e, é claro, fazer aquela comparação com a película de 1982. Sendo assim, o remake “Poltergeist” mostra uma família que vive em uma casa assombrada por forças malignas. As coisas começam a ficar mais estranhas quando a menina fica conversando com o aparelho de TV e aparecem móveis que se movem sozinhos durante amadrugada, até que em uma noite, durante uma tempestade, a pequena Madison desaparece dentro do armário de seu quarto. Por acaso, em um canal de TV sem sinal, a família pode ouvir sua voz e comunicar-se com a garota. Os Freelings procuram uma equipe de parapsicólogos e um poderoso médium para trazerem sua filha de volta mesmo tendo que enfrentar um mundo desconhecido, espíritos furiosos e manifestações demoníacas dentro da própria casa, que esconde um segredo terrível: ela foi construída em cima de um cemitério indígena. Respeito com o filme original
Foi a ideia inicial dos produtores. De que forma? Não usando o nome dos personagens originais e mudando algumas cenas, como se estivessem respeitando ao clássico e tornando-o intocável. Por exemplo, a menina na nova história se chama Madison e não Carol Anne. E o médium agora é interpretado por um homem. Algumas frases clássicas também foram alteradas, porém na maneira de dizer. Por exemplo, no original, Carol Anne diz: “Eles estão aqui!”. E nesta nova versão, Madison diz: “Eles estão vindo!”. O temido palhaço ficou até mais assustador e as novas tecnologias que vivenciamos no momento permitiram realizar o efeito paranormal com mais realidade, o que pode assustar muitos telespectadores com a versão 3D do longa-metragem. Sucesso nos anos 80
Escrito e produzido por Steven Spielberg, o clássico “Poltergeist” foi um verdadeiro sucesso de público e crítica em 1982. Além da história arrepiante, o filme nos apresentou personagens que foram imortalizados no cinema e, principalmente, no gênero do terror, como a garotinha Carol Anne (Heather O’ Rourke) e a médium Tangina Barrons. Aliás, até hoje o filme é inspiração para outras produções de terror e a cena clássica da televisão foi copiada e refeita também em outras produções, sempre lembrando, de imediato, onde aquela cena já havia sido vista. Os efeitos especiais criados pela Industrial Light & Magic (ILM), de George Lucas, foram muito bem feitos, demonstrando um cuidado grande com a parte técnica. A bela trilha sonora composta pelo excelente Jerry Goldsmith (de “Jornada nas Estrelas”) foi indicada ao Oscar, assim como para efeitos sonoros e efeitos especiais, porém não ganhou em nenhuma categoria. O sucesso da película também acontece pelo eficiente clima de medo que é construído durante o filme até o apoteótico final. Medo este que não é criado simplesmente através de cenas fortes, mas por situações que conduzem o espectador quase a um sentimento infantil, como os filhos do casal Freeling. Podemos citar cenas memoráveis como o pavoroso palhaço que fica no quarto das crianças, a piscina de esqueletos, a primeira aparição das entidades espirituais, entre tantas outras. A frase imortalizada pela personagem de Tangina era: “Vá para a luz, Carol Anne!”. E em programas humorísticos, que envolviam cenas ou episódios de terror, sempre citavam o nome da garotinha quando havia uma sessão espirita. Exemplo disso foi um episódio da série “Sai de Baixo”, onde a personagem Edileuza (Cláudia Jimenez) chama por Carol Anne. Durante muito tempo, o filme foi um dos favoritos dos programas Corujão e Supercine, da Rede Globo. Morte Precoce
A atriz Heather O’Rourke foi apontada nos anos 80 como uma das jovens celebridades promissoras em Hollywood devido à franquia Poltergeist. Infelizmente, aos 12 anos, sua carreira foi interrompida bruscamente devido à obstrução intestinal que, após a autopsia, descobriu-se que ela havia desenvolvimento por causa dos remédios que tomava para combater uma doença que nunca tinha se curado, diagnosticada um ano antes de sua morte. Ou seja, erro médico. Sua morte ocorreu no dia 1º de fevereiro de 1988, poucos dias após o lançamento de “Poltergeist 3 – O Capitulo Final”. O que seria um Poltergeist?
É um fenômeno sobrenatural cujo nome, de origem alemã, significa “espírito que causa ruídos”. Envolvem situações físicas, como chuvas de pedras, movimentação de objetos, aparecimento e desaparecimento de objetos, aparecimento de sons, água e luzes. Desde o século XVII, investiga-se tais fenômenos. Acreditavam que o poltergeist era feito de bruxaria ou possessão diabólica. Já no século XIX, quando tais crenças declinaram. Acreditavam que tais fatos eram provocados com atos bem pensados e trabalhados ou que eram obras de espíritos desencarnados. Hoje, os parapsicólogos acreditam que tais fatos acontecem por pessoas vivas com grande faculdade psicogenética que se exaltaria por causa de traumas emocionais e usaria suas forças em objetos. Normalmente, o epicentro ou a pessoa que provoca o fenômeno é adolescente, de maioria do sexo feminino, que vive em atrito com outra pessoa, onde passa por períodos de instabilidade emocional. Geralmente, o poltergeist tem duração limitada e gera dificuldade de apontar o epicentro. Diferencia-se de assombrações pelo fato de o poltergeist ocorrer quando o epicentro está com outras pessoas com o objetivo de perturbar onde permanece por minutos, podendo chegar a alguns anos. A assombração, em contrapartida, ocorre em casas, prédios, de forma automática, sem ter objetivo focado e sem intervenção humana, podendo durar séculos.