Afonso Rodrigues

Caminhos da Educação

Caminhos da Educação

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Nosso sistema educacional concentra-se no desenvolvimento mental e deixa de oferecer qualquer compreensão na maneira como os hábitos emotivos e os hábitos de personalidade são adquiridos ou corrigidos”. (Dr. Henry C. Link)

Não sou um educador nem atuo na área. Mas não precisa ser para entender a arenga que sempre existiu entre o ensino e a educação. O sistema educacional realmente luta pelo desenvolvimento intelectual do aluno. Mas ainda não houve tentativa para cuidar do desenvolvimento mental e racional. E a advertência, em forma de alerta, vem se arrastando há séculos. Faz mais de setenta anos que li esse aviso na capa do meu caderno, na escola: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. Eu ainda era criança, e por isso não me atentei para o autor da frase. Mas o que importa mesmo é que ele já chamava a atenção para a falta de atenção da Educação Pública, para a importância de observar o grau de desenvolvimento emotivo e de personalidade, do aluno. Será que um dia isso será realmente observado? Vamos pensar no assunto.

Muitos dos grandes pensadores, mundo a fora, já nos chamaram a atenção para o problema. E imagino que ainda demoraremos muito para entender o assunto. E só então a educação começará no lar. Porque se as crianças fossem educadas no lar, não iriam mal-educadas para as escolas. Simples pra dedéu. Os crimes sempre existirão. Mas podem ser moderados desde que sejamos educados o suficiente para controlar nossos ímpetos e não nos deixarmos levar pela ignorância. E esta está no sentimento de poder, no ciúme, e em tantos os outros sonhos que só nos levam ao descontrole mental. E é só isso.

As guerras sempre existirão enquanto continuarmos messe patamar de racionais em busca da racionalidade. O que indica que ainda não somos racionais, mas apenas de origem racional, numa caminhada para o retorno à racionalidade. Então vamos ser, pelo menos, maduros na caminhada, pulando por cima da árvore tombada. Alphonse Daudet já disse: “Os homens sempre envelhecem, mas raramente amadurecem”. Se amadurecêssemos não haveria guerras, preconceitos, racismo, e tantas outras barbáries e tolices irracionais que nos atormentam.

Vamos cuidar dos nossos filhos para que eles possam viver um mundo melhor do que o nosso. Mas ainda temos muito a fazer, já que são poucos os que levam em consideração fatos e assuntos que não batem com sua cabeça de mente ainda na caminhada inicial para o retorno ao nosso mundo de origem. Nos milênios que ainda viveremos nesta Terra em desenvolvimento, vamos viver uma vida digna de ser vivida. Pense nisso.

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