Social
Coluna Social 04 10 2014 111
Em Baixa * O fuxico começou a truar na Macuxiland, já desde o mês de setembro, mas agora, na última semana, entornou o caldo de vez. Nas redes sociais, especialmente nos grupos do Whatsapp, tem rolado cada coisa, que até Deus duvida. São pesquisas falsas, decisões judiciais condenatórias inventadas, denúncias inverídicas, entre outras coisas do gênero. Isso sem contar as fotos com imagens distorcidas. Uó! Em Alta *Estreia logo mais, às 20h30, no Teatro Jaber Xaud, Sesc Mecejana, o espetáculo teatral “Sai de Mim Julie Andrews”, estrelado pelo talentoso Thiago Sardemberg, com produção de Estevão Souza e Nonato Chacon, e direção de Rubens Lima Junior. O espetáculo, que entra em cartaz hoje, será apresentado domingo no mesmo horário. Contatos: 9113 3628 e 8113 0961.
O repórter fotográfico da Folha, Raynere Ferreira, recebe homenagens neste sábado por conta da troca de idade. Na foto, ele divide click com o irmão, Kennedy Ferreira
Peça * Neste sábado, dia 04, no Centro de Cultura e Arte União Operária da UFRR (Universidade Federal de Roraima), tem a reapresentação da peça “A Santa Casa”, do grupo Teatral Criart, com direção de Adjalma Freitas. * Reconhecido com o prêmio Funarte de Teatro Myrian Muniz 2013, o projeto ficará em cartaz também nos dias 10, 11 e 12, no mesmo local.Em seguida sairá em turnê pelo Brasil. Indígena I * O Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da UFRR (Universidade Federal de Roraima) está com inscrições abertas para os cursos de extensão em Língua e Cultura Wapichana (níveis I e II) e Língua e Cultura Macuxi (níveis I, II e III), por meio do curso Gestão Territorial Indígena. * Para fazer a inscrição os interessados devem se dirigir à sala 1, bloco C do Insikiran, no período da manhã. As aulas começam dia 11 de outubro e vão até 13 de dezembro. Indígena II * O projeto Língua e Cultura Macuxi tem como objetivo contribuir na valorização do uso da língua e cultura Wapichana e Macuxi nas comunidades indígenas e na cidade, dentre outras metas. Os cursos são direcionados aos estudantes indígenas da UFRR e interessados. *Todas as aulas serão ministradas em língua indígena e está incluído no conteúdo programático pesquisas sobre as histórias desses povos, leitura e escrita nas línguas indígenas, entre outras atividades.
Rosanira Vieira, inaugurando idade nova neste sábado
Fuxicos * Entre os muitos fuxicos que rolaram na cidade, o da cassação do deputado Jalser Renier, foi um dos que causou maior alvoroço. * O desmentido, veio a público da forma mais convincente possível, por meio da sentença de ministra Maria Tereza de Assis Moura, no despacho de um recurso ordinário, datado do dia 1º de outubro, deferindo sua candidatura nas eleições 2014. Eleições *Domingo, 05 de outubro, dia do aniversário do nosso Estado, iremos às urnas eleger os 24 deputados estaduais, oito federais, um senador, o nosso governador e vice, e presidente da República. * Antes de votar, pense que estado você gostaria de ter nos próximos quatro anos e quem são realmente são as pessoas que podem fazer a mudança acontecer. A sorte está lançada!
Dra. Amanda Melgaço está na cidade fazendo atendimentos dermatológicos no consultório na Galeria Vida
Trânsitolivre * A página de hoje é dedicada a Chico Roberto do Nascimento, que neste sábado inaugura idade nova. * Também trocando de idade hoje, Valbert Souza e Anna Christina Paes de Freitas. * Domingo, quem fica um ano mais maravilhosa, é a Dra. Denise Cavalcanti Calil, Sander Salomão e a nossa querida colega jornalista, Oziele Ferreira. * O bicho vai pegar pelos lados da OAB local, ainda mais depois do texto que a entidade postou no site oficial, informando sobre denúncia de improbidade administrativa recebida, contra um familiar de um candidato. * Diante de muitos questionamentos, consultamos um jurista, que nos assegurou que, ao entrar com recurso, o deputado Chico Guerra, assegurou o direito de ser candidato, podendo desta forma ser votado normalmente no próximo domingo. Perfil Frase: “O que acontece em Roraima é explicado pela situação de dependência da população dos empregos públicos” * Dr. Rodrigo Cardoso Furlan é juiz de direito em Boa Vista e professor do Curso de Direito da Universidade Federal de Roraima (UFRR). É Especialista em Processo Civil, Direito Constitucional, Direito Tributário e Direito Bancário; Mestre em Economia e Doutor em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi juiz eleitoral nas eleições municipais de 2004 e 2012. Recentemente defendeu a tese de Doutorado intitulada: As Transferências de Domicilio Eleitoral em Roraima e a Probabilidade de Interferência nas Eleições Municipais de 2004, 2008 e 2012, fruto de criteriosa pesquisa feita com dados fornecidos pelo TRE-RR e com 1.150 entrevistas realizadas em Boa Vista, Alto Alegre, Amajari, Cantá e Pacaraima. Na véspera das eleições, ele concedeu entrevista exclusiva para o Perfil deste fim de semana. * Porque você se decidiu pela carreira jurídica? Trabalho na Justiça Estadual desde os 14 anos, quando iniciei como aprendiz na 16ª. Vara Cível da Comarca de Curitiba, no estado do Paraná. Aos 17 anos, por exercer minhas funções no Cartório Cível, decidi fazer o vestibular para o curso de Direito, tendo concluído o mesmo na PUC/PR em 1997. Me formei na Escola da Magistratura do Paraná, fui advogado por cinco anos e, por fim, consegui a aprovação no concurso em Roraima, tomando posse como juiz em 2001. * Se tivesse que optar entre ser juiz ou professor, qual carreira escolheria? Esta pergunta é difícil responder porque a Constituição Federal autoriza a acumulação dos cargos e sou juiz e professor, com uma ênfase maior à atividade jurisdicional. No ano de 2002 passei no concurso da UFRR (Universidade Federal de Roraima) para professor do Departamento de Direito Público e, ao lado da minha carreira como magistrado, passei a me dedicar à Academia, concluindo o Mestrado e agora o Doutorado pela UFRGS. * O fato de ter sido juiz eleitoral influenciou a escolha do tema da tese de Doutorado? Sim. Como juiz da 3ª. Zona Eleitoral observei que a grande quantidade de eleitores que se dirigiam de Boa Vista para o interior poderia estar influenciando no resultado das eleições. Atuei no processo que cassou os mandatos do prefeito e de um vereador no município do Amajari, que formaram “Currais Eleitorais” e, assim, conseguiram se eleger com votos provenientes de Boa Vista. * Durante as investigações para a tese de Doutorado, foram constatadas questões que relacionam as transferências eleitorais à compra de votos em Roraima? Sim. Segundo a pesquisa 27,39% dos entrevistados admitiu já ter votado em outro local fora do domicílio eleitoral a que pertence; 50,51% disse conhecer pessoas que votam em outros locais apesar de residirem em Boa Vista; e, 27,57% dos entrevistados confirmaram que têm disposição para trocar o voto por benefícios pessoais. * E com relação a “currais” eleitorais? São à base do sistema clientelista no interior e funcionam em fazendas onde políticos pagam pela comida, bebida, música e pelos votos dos eleitores. Ficam localizadas geralmente próximas às seções eleitorais e os votos de Boa Vista, ao final das eleições, se somam aos votos dos eleitores locais, em prejuízo à legitimidade das eleições e à democracia representativa no interior. * A que conclusão chegou a pesquisa sobre a consequência da transferência de domicílios eleitorais para as eleições municipais? A conclusão da pesquisa foi que em todos os períodos eleitorais de 2004, 2008 e 2012 houve interferência significativa de eleitores de Boa Vista no resultado das eleições em Alto Alegre, Amajari, Cantá e Pacaraima. Os motivos das transferências estão relacionados entre outros, ao descrédito nas instituições; a interferência do poder político e econômico de Boa Vista sobre o Interior; e, no baixo nível educacional, pobreza extrema e dependência dos empregos públicos (69%), que também foram considerados fatores de estímulo às transferências. * Não existe Lei que proíba eleitores que não residam em determinado município, transfira o titulo só para eleger um político, que muitas vezes, também não mora naquela localidade? Sim existem leis, mas são consideradas frágeis. Ao contrário do Código Civil que estabelece o domicílio da pessoa natural como o local onde reside e têm ocupações habituais, o domicílio eleitoral é uma opção do eleitor, ele pode escolher o local onde votar, bastando comprovar qualquer vínculo patrimonial, social ou apenas afetivo, o que dificulta o trabalho de fiscalização do TRE-RR e estimula a prática do ilícito. * Mesmo todo mundo sabendo que o voto é secreto e que se pode receber dinheiro de um e votar em outro sem que ninguém saiba, ainda muita gente vende seu voto por R$ 50. Em sua opinião, porque isso acontece? Segundo grandes nomes da Ciência Política e Social entre eles Amartya Sen e Peter Hall, o que acontece em Roraima é explicado pela situação de dependência da população dos empregos públicos (clientelismo) e o nível educacional aquém do necessário para a formação política do cidadão. Conforme Peter Hall (2003): “A fraca atuação institucional [leis frágeis] e as necessidades básicas [fome, educação, saúde etc.] levam a uma escolha racional do que é melhor individualmente para o eleitor”. * Que mensagem deixa á população nessa véspera de eleições? Sem liberdade econômica e sem liberdade educacional, não há liberdade política dos eleitores em Roraima (Amartya Sen). Porém se as instituições e a sociedade puderem se unir em torno da melhoria das condições de vida dos eleitores e no aumento do nível educacional, apoiados também em projetos de conscientização política, como fez o TRE-RR no caso do “Eleitor do Futuro, Voto Ético e Meu Primeiro Voto”, estaremos caminhando rumo a superação do sistema clientelista em Roraima, que desrespeita a maior conquista do povo brasileiro, a democracia!A forma mais efetiva de começarmos a mudar esse cenário é não vendendo o voto e depositando a nossa consciência nas urnas! A oportunidade está aí no domingo, dia 05, para que possamos escolher candidatos com propostas efetivas para a criação de mais empregos privados e de avanços na educação, saúde e bem estar da população.