Em Baixa* Vários indígenas vindos da Venezuela têm sido vistos constantemente na Avenida Jaime Brasil e adjacências (Centro Comercial de Boa Vista) pedindo esmolas. A maioria é mulheres que estão sempre acompanhadas de crianças, de diferentes idades, inclusive bebês de colo. Muitas se prostram nas calçadas com uma canequinha na mão e não falam uma única palavra, nem em português nem em espanhol. Em Alta* O Doce Café & Bistrô (Av. Getúlio Vargas – São Pedro), além de refeições caseiras e saudáveis, salgados integrais e tradicionais, bolos e tortas sem lactose, possui também uma linha especial de tortas e doces zero açúcar. O aconchegante point oferece almoço e está aberto para happy hour com variados tipos de mini porções e caldinho de feijão. Encomendas e informações: 98123-6737.
Kethlem Braga, com o marido Francisco Braga e a filha Greice Kelly
É Hoje * A tradicional confraternização do Grupo Parima acontecerá neste sábado, na sede da Parima Distribuidora, a partir das 21h, com a celebração de uma missa, seguida de sorteio de brindes.* Show musical será aberto às 23h pelo sertanejo Wagner Luther, em seguida haverá apresentação de Edilson Marques e encerramento com a Banda Rabo de Vaca.Hawaí* Neste sábado, no Espaço D’Rosi Eventos (Rua Penha Brasil esquina com Lobo D’Almada, São Francisco), acontece o Baile do Hawai com a Banda “Com Estilo”, Grupo Ousadia na Pegada, Márcio Alexandre & Banda e Orquestra Carnavalesca Confete & Serpentina, com produção de Samir Assem.* Restam poucas mesas e os interessados poderão entrar em contato pelo telefone: 99962-8763. Qualquer pessoa poderá levar sua bebida pagando a “rolha” de cinquenta reais. Festejos Xeu* Logo mais à noite, estará acontecendo mais um Festejo da Fazenda Xeu, com sorteio de uma novilha e várias atrações. O evento terá dois ambientes, um deles com som ao vivo, com as bandas Remela de Gato e Forró Du Gavião. * Haverá também tenda eletrônica com Djs da Agência e Web Rádio 3 Elementos: Diogo C, Two Works e V-Lound. Informações: 99113-8744 No Pátio* O Pátio Roraima Shopping funcionará em horário especial durante o período carnavalesco, que vai de 08 a 10 de fevereiro. Na segunda-feira, lojas e praça de alimentação abrirão das 10h às 22h.* Na terça de Carnaval, a praça de alimentação funcionará das 12h às 22h e as lojas das 14h às 22h. Na quarta, restaurantes e lojas abrirão das 12h às 22h. Durante todo o período, o cinema funcionará conforme programação, todos os dias.
O casal Silvia Cavalcante e Junior “Goiana” Saraiva, dividindo clic com o filho caçula, José Saraiva Neto
No Pátio II* A partir de hoje até o dia 8 de fevereiro, no primeiro piso do Pátio Roraima Shopping (em frente à Mr Tour), vai funcionar a Central do Carnaval.* O local funcionará das 10h às 22h com compra e troca de abadás para dez blocos carnavalescos da cidade. Trânsito livre* Inaugurando idade nova hoje Mônica Correa Mota, Felipe Reis e Hipólito Almeida.* Domingo quem troca de data são Adriane Fassi, Alexandre Dantas, Ana Clícia Chaves e Keitiane Cândido.* Também de aniversário amanhã Isabel Barbosa, Mercia Ayres, Elis Regina Baima e Hewerton Mesquita. *O restaurante Bambulago, no Parque Anauá, oferece aquela deliciosa feijoada a partir das 11h30 deste sábado, dia 30.
Ramon Barbozza e Maria do Céu Oliveira: Estilo e elegância
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Perfil
Frase: “Eu queria conquistar a minha maloca, não imaginei que poderia atingir vários países”
* O artista plástico Amazoner Okaba é roraimense, indígena da etnia Wapixana (Região da Malacacheta), formado em Antropologia pela UFRR, Mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor universitário e consultor da Unesco junto ao Iphan-RR e, além de ser artista plástico, com mais de duzentas exposições entre coletivas e individuais, atua também como marchand, produtor cultural e curador. Tem trabalhos em vários estados do Brasil e no exterior (França, Holanda, Espanha, Inglaterra, Itália, Portugal, Estados Unidos e Canadá) e prepara-se para expor na França e Alemanha ainda este ano. Atualmente, além das artes plásticas, Okaba (como é mais conhecido) está desenvolvendo outro tipo de arte que está fazendo o maior sucesso. Trata-se de design mobiliário com Pallet, que é a produção de móveis e objetos de decoração com restos de madeira que se tornariam lixo.* Quando você soube que tinha talento para as artes? Comecei a desenhar muito cedo, despertei o interesse pela beleza, estética, formas, cores e pelos cânones clássicos das belas artes. Ainda nos anos 80, frequentava as exposições e vernissages dos grandes artistas plásticos, como os mestres: Cardoso, Edinel Pereira, Luiz Canará, Barto e Zodeon. A partir desse momento, soube que a arte e a nossa cultura caribenha poderiam ter mais um artista para somar com a produção das artes plásticas de Roraima. * Como surgiu sua primeira exposição? A primeira exposição foi convite de uma amiga holandesa Sterr Harvkampt do Medicins Sens Frontiére, que atuava em Roraima nos anos 90. Foi um sucesso a exposição na sede do MSF-RR. Foi a primeira produção profissional de óleo sobre tela e acrílico com uma temática bem eclética. Essa exposição seguiu para a Galeria Anita Malfatti, do renomado Marchand e Curador Marlon Prado, no Tropical Hotel Manaus, onde havia uma grande exposição coletiva com vários artistas da Amazônia. * Quando você começou a pintar, tinha noção de que seu trabalho ganharia o mundo? Eu queria conquistar a minha maloca, não imaginei que poderia atingir vários países devido aos megachains de marchands, um mercado exclusivo e consolidado. O Vaticano comprou uma coleção exclusiva, depois colecionadores, aquisitores e curadores nacionais e internacionais. O presidente Luís Inácio Lula possui uma escultura minha e a presidenta Dilma Rousseff, uma obra em acrílico. * Com relação à expectativa de suas exposições no exterior? Nos últimos anos, através dos amigos que moram no exterior, construí os arranjos necessários para duas exposições: uma em Paris, convite de um curador brasileiro, A. Motta, e outra na Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Meus trabalhos já foram expostos nos EUA e na França nos últimos anos.* E quanto à produção de Arte Pallet? Comecei a trabalhar com o pallet porque tem um potencial imenso associado à arte, sustentabilidade e à função utilitária. Quando se intensificaram a produção e visibilidade promovida por diversos designers, pensei que Roraima não poderia ficar de fora. O pallet é uma tendência mundial, fica bem em diversos ambientes desde um loft, um espaço sofisticado ao espaço alternativo, pode ser projetado de acordo com o espaço e a demanda do cliente.* Como se faz pra ter uma peça pallet assinada por Amazoner Okaba? Pode entrar em contato direto, agendar uma visita para conhecer as peças. Nas redes sociais com o meu nome existe uma mostra do trabalho, em breve nas exposições agendadas nas galerias e no shopping. * Você pretende industrializar a arte pallet? Tenho uma pequena equipe que me auxilia em todo processo com materiais profissionais e tecnologia adequada. Se houver uma grande demanda, a ideia é ampliar, potencializar e aumentar a produção para atender ao público, sempre primando pela qualidade do trabalho e da arte. * Você entrou na Universidade pelo sistema de cotas? Não, entrei pelo sistema tradicional. Tive mais acesso, estudei em escolas públicas e depois no antigo Cefet-RR e, posterior, na UFRR onde cursei a graduação e pós-graduação em Etnodesenvolvimento. Depois fiz o mestrado em antropologia social na UFPE sem acessar cotas e bolsa. Banquei todo meu mestrado com recursos próprios. Embora existisse uma bolsa da Fundação Ford em dólar – quem acessou essa bolsa foi um amigo de mestrado, Tukano do Alto Rio Negro. Sem essa bolsa ele dificilmente conseguira fazer o mestrado. A consciência social sempre fala em primeiro lugar. Eu não tiraria a vaga e a oportunidade de uma pessoa com menos acesso que eu. * Que sugestão você daria para garantir o acesso dos indígenas que moram nas comunidades à universidade pelo sistema de cotas?Deve-se intensificar o diálogo entre as instituições no nível informativo, organizacional e investigativo. Sabemos que, após a desintrusão da Terra indígena Raposa Serra do Sol, inúmeras pessoas sem nenhuma ligação sociocultural, territorial, identitária, hereditária ou de ethos correram para tirar o Rani [Registro de Nascimento Indígena] buscando a possibilidade de acessar uma vaga nas universidades e atrás das bolsas. Refiro-me aos não índios (brancos karaiwa), muitos deles anti-indígenas, que agora acham interessante, senão oportuno, serem índios para acessar um ethos, status étnico que não é seu. * Mensagem:Maloca, Makunaima, serras, lavrado, parixara, damurida, taren, Kanaime, caxiri, buriti, lendas, mitos, rituais tudo representa nossa cultura milenar, nossa civilização das fibras de nosso povo, Aruak e Karib, nossa identidade amazônida caribenha roraimense.