Afonso Rodrigues de Oliveira
“A educação não é uma questão de falar e ouvir, mas um processo ativo e construtivo”. (John D Wey)
Há um montão de pessoas que nos enganam com o falar, e muitas vezes com as atenções. Mas precisamos ser espertos. Precisamos estar atentos para não sermos enganados. E tudo faz parte da educação. Porque ela, a educação, é um processo construtivo. E somos nós os construtores. Então vamos fazer nossa parte em nós mesmos. Semana passada vivi um momento exemplar de como podemos ser felizes com acontecimentos que nos parecem preocupantes. Tudo é possível quando estamos preparados para tudo.
Não suporto o sedentarismo. Mas estou numa idade em que não vamos a lugar nenhum. Os filhos é que nos levam. E me levaram e lá fui eu para a festinha de aniversário de uma garotinha que adoro. O pai dela é uma pessoa que mora aqui do lado esquerdo do peito. Lá fomos nós. A festinha era num ambiente apropriado para tais eventos. E nessas horas me sinto feliz porque fui levado para a festinha. Porque se não me levassem eu não iria. E só quando você tiver minha idade é que vai entender o engodo de que estou falando. Mesmo porque você já terá vivido as muitas festinhas como aquela.
O que tínhamos de crianças correndo e gritando pelos corredores do salão não está no gibi. Estávamos degustando os petiscos para o apetite na hora do bolo, quando alguém falou:
– Ei… pessoal. Vamos cantar os parabéns!
Levantamo-nos e saímos para as palmas. Já estávamos todos em posições, quando aguém perguntou?
– Cadê a velinha?
O pai da garotinha tinha esquecido de levar a velinha do bolo. Rimos muito e voltamos para as mesas enquanto o paizinho ia buscar a velinha, em casa. Mas ele foi acompanhado de um dos filhos, comprar a velinha em um shopping. Não demorou e chegaram com muita alegria. E alguém perguntou:
– Cadê a vela?
– Ihhh… pai, ficou lá dentro do carro.
– Então vá pegar, filho! E rápido, rápido…
Dentro de poucos minutos estávamos batendo palmas, cantando parabéns e com muita alegria. Porque é assim. Nada de aborrecimentos nem críticas por acontecimentos que podem nos alegrar e nos tornar felizes. Vamos levar na brincadeira os tropeços que, na verdade não são tropeços. Os tropeços estão na falta de educação dos que não sabem viver, em vez de suportar, o que deve ser vivido. Tenho certeza que sempre que o pai da minha netinha chegar por aqui, alguém vai perguntar e rir:
– Oihh… trouxe a velinha?!
E com certeza, ele não vai se sentir ofendido. Sei o quanto ele é educado o suficiente para entender o bom da vida no que fazemos com amor. O Almir Mesquita sabe de quem estou falando. Pense nisso.
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