CPI das Terras terá nova reunião na próxima semana

Bom dia,

CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Terras da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) realizará uma nova reunião na próxima segunda-feira (10), a partir das 9h. O encontro, convocado pelo presidente da CPI, deputado Jorge Everton (União Brasil), terá como pauta a análise do andamento das investigações, a deliberação sobre procedimentos administrativos e a oitiva das cinco primeiras testemunhas intimadas.

ILEGALIDADES

Em recente entrevista à Rádio Folha, o presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio (Republicanos), defendeu a investigação, afirmando que há “indícios claros” de ilegalidades, e que a comissão busca evitar a evolução de conflitos já registrados no Estado, como ocorre, por exemplo, no sul do Pará, onde disputas de terras constantemente resultam em violência. Ele nega que a CPI esteja sendo utilizada como instrumento político para desestabilizar a gestão estadual.

DESCONSTRUÇÃO

O governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), por sua vez, afirmou, na última sexta-feira (28), que “tem pessoas tentando desconstruir o trabalho do governo do Estado”. Ele negou qualquer irregularidade, afirmando que não existem denúncias relacionadas ao Iteraima, que áreas com questões judiciais não estão sendo regularizadas, e que o processo de destinação das terras da Gleba Baliza só ocorrerá após a conclusão de um relatório técnico, garantindo que as ações do governo são todas legais.

SEM CLIMA

As investigações da CPI tiveram seu embrião na discussão de um projeto de lei sobre política fundiária e regularização rural no estado, enviado pelo governo do estado no início de 2024. Durante uma audiência pública realizada pelos deputados para debater o assunto, surgiram os primeiros alertas sobre possíveis irregularidades. A proposição está parada na Casa, e segundo Soldado Sampaio, não há clima político para esta análise antes da conclusão dos trabalhos da CPI.

HABEAS CORPUS

O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima julga, nesta sexta-feira (7), o Habeas Corpus do empresário Renildo Evangelista Lima, preso em flagrante com R$ 500 mil durante uma operação da Polícia Federal. Ele é investigado por suspeita de corrupção eleitoral, e foi solto logo após a prisão, mas o HC precisa ser analisado pelo tribunal para decidir sobre a legalidade da sua concessão. O julgamento será virtual e tem como relator o desembargador Jésus Nascimento.

CONTRATAÇÕES

Em Rorainópolis, a prefeitura divulgou o resultado do pregão presencial para a contratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva de equipamentos destinados à Secretaria Municipal de Saúde, da ordem de R$ 5,3 milhões. Já em São Luiz do Anauá, a gestão concluiu a contratação de uma empresa pela mesma modalidade, para restaurar as vicinais da região por R$ 6,3 milhões.

DIREITA

Pesquisas sobre a popularidade de líderes na América Latina apontam para um cenário desfavorável para a Esquerda. Levantamento da CB Consultoria Opinión Pública aponta que os presidentes mais bem avaliados de fevereiro foram Luís Lacalle Pou (Uruguai) e Javier Milei (Argentina). O presidebte brasileiro Lula da Silva aparece em quarto lugar. Aqui No Brasil, outros institutos também indicam queda na aprovação de seu governo.

IMPOPULAR

Especialistas atribuem a queda de popularidade de Lula a diversos fatores, sendo o principal deles o aumento do custo de vida, especialmente dos alimentos, que impacta diretamente a população de baixa renda – tradicionalmente sua base de apoio. Analistas políticos avaliam que será difícil recuperar a aprovação do presidente.

MUDANÇAS

De qualquer forma não deve ignorar a experiência política do atual presidente brasileiro. Ele tem experiência política, é populista e venceu seis eleições presidenciais. É tinhoso e vem anunciando mudanças na equipe de governo, mas, até agora parece que errou na medida. Colocou no Ministério da Saúde, Alexandre Padilha (PT) -que não deu certo no Ministério das Relações Institucionais-, e para seu lugar levou Gleisi Hofman (PT) que é crítica da política monetária do Banco Central e econômica de Fernando Haddad (PT).

SUCESSÃO

O fortalecimento de Gleisi Hofman no governo de Lula da Silva parece sinalizar que ele não tem qualquer dúvida de que será candidato à reeleição. Como sempre, o petista continua a única opção no espectro da esquerda para tentar vencer um candidato da direita. Se por qualquer razão, inclusive motivada por questão de saúde, a possibilidade de vitória de um candidato de esquerda parece muito distante. Lula não tem mais popularidade para eleger outra Dilma Roussef.