Afonso Rodrigues

Cuidado com as emoções

Desmotivação acompanha os mesmos quadros de melancolia, choro, pessimismo, mas é algo momentâneo (Foto: Arquivo Pessoal)
Desmotivação acompanha os mesmos quadros de melancolia, choro, pessimismo, mas é algo momentâneo (Foto: Arquivo Pessoal)


Afonso Rodrigues de Oliveira

“Não viva emoções mornas ou vazias. Cultive seu interior, extraia o máximo de
pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você as estima, e
precisa delas. Repense seus valores e dê a si mesmo a chance de crescer e ser mais
feliz”. (Aristóteles Onassis)

Somos humanos. Ainda não encontramos caminhos, nem mesmo veredas, do progresso.
Continuamos, sem nem mesmo percebermos, dirigidos quando deveríamos ser
orientados. Você pode até achar que sou um pessimista engessado. Sou não. O hábito
adquirido ainda na minha infância fez de mim um observador. E, por incrível que
pareça, estou encontrando dificuldade em não dar muita importância aos desvios da
cultura. Porque é o que está acontecendo, sei lá há quantos milênios ou eternidades.
Quantos dilúvios já vivemos, não sei. Nem eu nem você. Mas pelo que vemos, estamos
caminhando para mais um dilúvio. E se ele vier, quando chegar vai nos encontrar no
mesmo estágio em que estávamos, humanos do último dilúvio: despreparados e
incapazes. Mas tudo que devemos fazer é nos prepararmos para o futuro. O que não
estamos fazendo.


Ainda não conseguimos acreditar que “O reino de Deus está dentro de nós”. E por que
será que não conseguimos acreditar nisso? Porque ainda não amadurecemos
racionalmente. Quando nos conhecemos dentro da racionalidade sabemos que cada um
de nós está no seu nível de evolução racional. E o mais indicado é procurar ir em frente,
buscando a racionalidade. Que é quando entendermos que estamos num progresso a
regresso. Que precisamos progredir para podermos voltar ao nosso mundo de origem. E
enquanto não alcançarmos essa evolução continuaremos na caminhada do ir e vir. Então
vamos viver nossa estada por aqui, da melhor maneira que pudermos viver. E não nos
enganemos, porque a escolha é de cada um. E você nunca evoluirá enquanto continuar
esperando que os outros digam o que você é, o que você deve ser, e como será.
Quando educamos nossos filhos devemos ter em mente que o mais importante é que os
orientemos para o futuro, mas nunca o dirijamos para um futuro que não conhecemos. E
o racional é que devemos orientar e não dirigir. Todos nós somos timoneiros de nós
mesmos. O que indica que não devemos permitir que quem quer que seja, seja
timoneiro do barco da nossa vida. Todo poder de que necessitamos para a racionalidade
está em nós mesmo, dentro de cada um, no poder de sua mente. Vamos dar menos valor
às emoções vazias, e dar o devido valor ao que realmente somos, como de origem
racional. Não esquecendo que somos todos iguais nas diferenças, respeitando as
diferenças. Pense nisso.

[email protected]
99121-1460