AFONSO RODRIGUES

Cuidado com o que você fala

“A verdade é que sob nomes diversos, nunca fomos governados senão por oligarquias de interesses, pintadas de ideologias. Em dois mil anos, desde de Atenas, nada mudo” (Georges Clemenceau)

Não temos nenhum objetivo de criticar a política, mas apenas alertar o eleitor para que ele dê mais atenção à sua importância em manter a política com políticos de verdade. E uma das as mais interessantes é não cair na esparrela das falas. O eleitor ainda julga o político tanto pelo que ele diz quanto pelo que ele fez. Ainda não entendeu que tudo que um administrador público faz, é apenas parte do que ele deve fazer. Porque ele está ali para fazer. E servir é uma tarefa ilimitada. Então vamos fazer nossa parte, sendo mais cautelosos em nossas decisões no voto. Mas não nos esqueçamos de que anda não temos liberdade no voto. Ainda somos obrigados a votar. E enquanto formos obrigados, não teremos liberdade na escolha. Mas comecemos a buscar a liberdade não, nos entregando ao falatório.

Vamos, sem brincar, analisando algumas falas que mostram o quando o político é político, ou apenas está na política, enriquecendo nela. Já conhecemos a do Abraham Lincoln, em resposta ao insulto de um Senador, na reunião. O Senador afobado apontou o dedo para o Lincoln e falou:

– O senhor é um político de duas caras!

Sem nenhuma reação explosiva, e com muita calma, Lincoln virou-se para os presentes e falou:

– A resposta fica por conta dos senhores. Os senhores acham que se eu tivesse outra cara iria sair por aí com esta?

Todos os presentes riram, o insulto foi para o brejo e o Lincoln aplaudido. Um exemplo de como se deve valorizar a política, mesmo na simplicidade da ação.

Quando Costa e Silva assumiu a Presidência da República, no regime militar, o Vinícius de Moraes era Embaixador do Brasil. Logo que o Costa e Silva assumiu a presidência, enviou uma nota para o Itamarati, dizendo sobre Vinícius:

– Demita-se esse vagabundo!

Um verdadeiro exemplo da política apenas fantasiada de política. Vamos prestar mais atenção aos prejuízos que a política traz para o cidadão, não lhe dando o direito de ser realmente cidadão. Acabei de me lembrar que o grande jornalista aposentado, e um dos maiores amigos que tenho, Plínio Vicente, leu há época, essa no mínimo grosseria, do Costa e Silva, referindo-se ao Vinícius de Moraes. Um abração, Plínio. Vamos continuar com o papo, porque estou assistindo, todos os dias, à euforia nas demonstrações de “benefícios” que já foram dados aos eleitores que irão eleger, sabe-se lá quem. Mas não deixemos de pensar na liberdade que ainda não temos. Pense nisso.

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