Bom dia,
Aonde isso vai parar? É o que se perguntam os transeuntes que trafegam ali nas imediações da Rodoviária Internacional de Boa Vista, Hospital Infantil Santo Antônio, Praça Simon Bolívar e adjacências. É cada dia maior o número de famílias inteiras de migrantes venezuelanos que se espalham nos canteiros centrais, vivendo miseravelmente em situação de rua. São centenas de crianças, de todas as idades submetidas ao calor e ao sol, que nesses tempos de efeito El Niño tornam suas vidas ainda pior. Eles já avançam em direção ao Centro da capital roraimense, ocupando também canteiros centrais da avenida Ville Roy.
É também crescente o número de migrantes pedintes, alguns disfarçados de pequenos vendedores de bugigangas ou de limpadores de para-brisas dos veículos que param para obedecer à sinalização. Também nesses lugares há enorme número de crianças, usadas para amolecer os corações menos ternos. E parece que estamos absolutamente anestesiados, incapazes de protestar – como a sociedade brasileira parece estar órfã de instituições capazes de vocalizar nossas insatisfações-, e vamos deixando aquela gente sofrendo, sem que ninguém lhes mostre um caminho para sair dessa enrascada feita por um ditador e sua gangue.
É claro, a responsabilidade mais direta por esse cenário dantesco, uma tragédia humana sem precedente na história de Roraima, são os governos centrais da Venezuela e do Brasil, ambos os países governados por gente que se identifica ideologicamente, e que se chamam mutuamente de companheiros. Não se viu até agora uma única palavra de Lula da Silva (PT) ou do ditador Nicolás Maduro sobre o que pretendem fazer para acolher esses milhares de migrantes, de todas as idades, apontando-lhes uma saída para essa crise, que decididamente não foi criada por eles. Na verdade, são vítimas de um governo cruel e mantido pela força do narcotráfico internacional de drogas e armas. Até quando?
Rorainópolis 1
Em vídeo publicado nessa segunda-feira (9) nas redes sociais, o deputado Duda Ramos (MDB) afirma que o ex-prefeito de Rorainópolis, Leandro Pereira (Republicanos), estaria passando por problemas emocionais e psicológicos causados pelo processo político que culminou com sua renúncia ao cargo, na semana passada. Sem apontar nomes, o parlamentar diz que Pereira foi “usado” e “descartado”, e classificou os atos como desumanos.
Rorainópolis 2
O relato de Duda Ramos, conforme o próprio, feito após contato com Leandro Pereira, contém críticas diretas ao grupo do senador Mecias de Jesus (Republicanos), segundo ele, no poder naquele município há sete anos, e ainda ao Governo do Estado, ao qual acusa de não haver ajudado o gestor antes da situação ter se agravado. O deputado federal diz que vai fiscalizar com lupa todos os próximos passos por lá.
Posição
No início da noite, no entanto, Duda Ramos enviou à Folha, por meio de sua assessoria, um esclarecimento sobre o vídeo, afirmando não concordar com a gestão de Leandro Pereira e seu vice, Pinto do Equador (Republicanos). E apontou que o atual prefeito de Rorainópolis “tinha participação na gestão desastrosa da cidade”. Está registrado!
Multa
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima julgou procedente, por unanimidade, mais uma representação de autoria do MDB, por conduta vedada contra o governador Antonio Denarium (Progressistas), durante sessão presencial na manhã dessa segunda. Dessa vez, foi aplicada multa de pouco mais de R$ 100 mil. A primeira-dama, Simone Souza, também terá que pagar pouco mais de R$ 30 mil e o deputado federal Stélio Dener, R$ 5 mil.
Rejeitada
O caso trata da distribuição de cestas básicas, cadeiras de rodas, dentre outros, em fevereiro do ano passado, em uma escola pública no bairro Caranã, em Boa Vista, com farta divulgação em redes sociais. Os autos do processo serão encaminhados ao Ministério Público do Estado para análise de possível improbidade administrativa. A denúncia de abuso de poder político foi rejeitada pelos juízes eleitorais.
Dicas 1
Analisando a votação da representação pelos juízes eleitorais, pinçamos dicas de posturas de gestores públicos que estão, digamos, no radar da Justiça Eleitoral e que prometem ser combatidas nos próximos pleitos: realização de eventos apoteóticos para a entrega de benefícios que, em tese, são direito da população, e o uso indevido de servidores, veículos e redes sociais, na realização e divulgação dessas ações.
Dicas 2
Outra situação que parece estar cada vez mais recorrente nas discussões entre os magistrados, e isso não apenas nessa ação específica, é o suposto uso de servidores públicos para fins pessoais, como a produção e disseminação de conteúdo para redes sociais privadas, entre outras funções que deveriam se manter no campo institucional. O tema não é atual, mas o olhar da Justiça parece estar mais atento à questão.