COLUNA PARABÓLICA

Deputados da comissão do impeachment ensaiaram o que decidiriam ao vivo

Coluna desta terça-feira (3) repercute a discussão do pedido para cassar o governador Antonio Denarium na Assembleia Legislativa de Roraima

Bom dia,

É claro, como brasileiros e brasileiras, gostaríamos de ser um País soberano, capaz de traçar os caminhos que atendessem aos maiores interesses pátrios. Assim, nos incomoda que Elon Musk diga que não obedecerá às determinações judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF) do País, mesmo que elas vêm sendo tomadas por um polêmico ministro, com apoio do corporativismo de seus pares. O cabo-de-guerra entre o bilionário e genial sul-africano que mora nos Estados Unidos da América (EUA) e o ministro Alexandre de Moraes pode ter maiores desdobramentos, afinal, a questão pode ter intervenção da justiça de outros países, e quem sabe de cortes internacionais.

Em vez de discutirmos essa questão base do “sou contra” ou “a favor”, é preciso refletir as razões que levaram a esse imbróglio indesejável. Não é preciso encontrar a raiz fora da exacerbação das funções do STF, que além de decidir fora das quatro linhas da Constituição Federal, demonstra clara politização de seus principais ministros sob a conivência de um Congresso Nacional. Enfraquecido, o parlamento deixa a sociedade brasileira refém de dúvida e insegurança de decisões que atentam contra a ordem democrática e sem grau de recursos contra eventuais abusos.

Esse quadro institucional – as principais instituições nacionais estão longe de garantir as liberdades democráticas -, é o principal combustível a animar um empresário bilionário a enfrentar as decisões com conteúdo político-ideológico que atentam contra a liberdade de todos nós, o que vem acontecendo reiteradamente nos últimos tempos aqui no Brasil. O resto é decorrente até mesmo da admiração que o Brasil, através de seu presidente e de sua diplomacia vêm demonstrando de simpatia e apoio a regimes ditatoriais, como é o caso da Venezuela, cuja justiça, depois de roubar a eleição, manda agora prender o vencedor do pleito Edmundo González Urrutia.

Impeachment 1

Ontem pela manhã, aconteceu a primeira reunião da comissão especial que analisa a denúncia de crime de responsabilidade contra o governador Antonio Denarium (Progressistas), na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). O deputado Armando Neto (PL) ficou com a presidência, depois de uma disputa nem tão acirrada assim, com o líder do Governo naquela Casa, o deputado Coronel Chagas (PRTB).

Impeachment 2

Já Renato Silva (Podemos), que todos esperavam que fosse concorrer à relatoria do caso, foi o único candidato a vice-presidente e levou por WO. Neto Loureiro (PMB) foi eleito relator, depois de disputar com a deputada Aurelina Medeiros (Progressistas). Aliás, a estratégia governista de indicar seu próprio líder para a presidência da comissão e uma parlamentar do partido do governador, é indicativo de que a base governista está empenhada em evitar o pior.

Impeachment 3

Ainda assim, com os deputados ensaiando antes o que seria decidido durante a transmissão ao vivo, diz que teve bate-boca e desentendimentos para se chegar ao “consenso”. Agora, o deputado Armando Neto deve enviar ofício ao governador, informando a instalação da comissão e abrindo prazo de dez sessões para defesa. Mas, ainda ontem, já havia analista político adiantando argumentos do voto do relator.

Carbono

Na pauta de hoje da Assembleia Legislativa, consta projeto de Decreto Legislativo, de autoria do presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio e da deputada Aurelina Medeiros, determinando a sustação de contratos para comercialização de créditos de carbono no Baixo Rio Branco entre a Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) e a empresa Biosphere Projetos Ambientais. Será a hora de analisar a postura de cada deputado sobre o tema.

Cestas

A Secretaria Estadual de Licitação e Contratação (SELC) publicou aviso de licitação para aquisição de cestas básicas de alimentos, com abertura já no próximo dia 13, a partir das 9h30. O pregão será eletrônico, para atendimento da Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), que é responsável pelo programa social Cesta da Família, alvo de investigação eleitoral no pleito passado.

Recentemente, foi realizada uma das maiores apreensões de cocaína da história da Guiana, País que faz fronteira com Roraima. Foram 4,4 toneladas de pó escondidas justamente na floresta que fica próximo da fronteira com a Venezuela. A DEA (Agência de Combate às Drogas dos Estados Unidos) pintou por lá e revelou uma rede de tráfico para exportar a droga para a Europa. Tudo isso bem no quintal de Roraima.