Bom dia,
Hoje é quarta-feira (06.01). Os brasileiros e as brasileiras, a exceção dos seus seguidores, dormiram surpresos e assustados com a declaração do presidente da República de que o Brasil está quebrado e que ele não pode fazer nada. E para variar, Bolsonaro culpou a imprensa pelo que ele chama de potencialização dos efeitos da pandemia da Covid19. Antes de mais nada, é preciso indagar qual o objetivo que pretende atingir o presidente ao fazer tão catastrófica afirmação? De outro lado, que indicadores tem o chefe do executivo federal para chegar a tal desanimadora constatação?
O discurso de Bolsonaro vai de encontro ao otimismo de seu poderoso ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem repetido à exaustão que as perspectivas econômicas do Brasil para 2021 são muito boas, com previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 3%, o que vem sendo confirmado pelas previsões feitas pela Organização de Comércio e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma entidade que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, e que o Brasil sonha participar. As afirmações de Bolsonaro, feitas a apoiadores postados em frente ao Palácio do Alvorada, na terça-feira (05.01), também contrasta com os números divulgados na semana passada que apontam para um saldo do Balanço de Pagamentos em Contas correntes (exportação menos importação) em 2020, de quase 51 bilhões de dólares norte-americanos. Um saldo recorde.
Diante de tais números e projeções sobre a atividade econômica para o Brasil, a primeira conclusão que se tira das afirmações do presidente Bolsonaro é ade que ele confunde a situação do Estado brasileiro com a situação da economia brasileiro. De fato, do ponto de vista fiscal, o Estado brasileiro em seus três níveis, está em situação de penúria com endividamento elevado e sem recursos para manter o enorme custeio, e quase nada para investimento. Só a administração federal, acumula hoje uma dívida pública de R$ 5 trilhões, que se nada for feito levará o governo brasileiro a dar calote nos investidores. E, de fato, sob essas condições quase nada se pode fazer em termos de gastos públicos mais elevados.
Sob esse ângulo, parece que o presidente ao dizer que o Brasil está quebrado e que não pode fazer nada, quis fazer um reclamação pública a seu ministro da Economia, que não abre mão da manutenção do teto de gasto, fixado por norma constitucional. É pública a divergência entre a equipe de Paulo Guedes e boa parte do ministério em relação ao controle dos gastos públicos. Ora, mas se o presidente não concorda com a política econômica de seu governo, o caminho mais simples é o de demitir o ministro, em vez de fazer reclamações públicas, que só tem como consequência, entre outras coisas, com o afugentamento de eventuais investidores nacionais, e especialmente, internacionais. Seria simples assim.
RÁPIDAS
Dá pena ver as instalações do Matadouro Frigorífico (Mafir), da Codesaima, em completo abandono. À noite, não há uma única lâmpada acessa para afugentar eventuais depredadores. Parece que também não existe vigilância no local. ### O Mafir custou milhões de reais aos cofres públicos, sendo inaceitável que tamanho patrimônio seja destruído pela omissão dos administradores públicos do estado. ### Quem passa pela Avenida Brasil, tem a nítida impressão de que a Área de Proteção e Cuidado (APC) da Operação Acolhida, está sendo lentamente desmontada. A promessa dando conta de que o governo estadual assumiria aquelas instalações parece que não vai ser cumprida. ### E, afinal, quando a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) vai iniciar a discussão e aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) do estado para 2021? ### E o novos vereadores, quando discutirão e aprovarão a LOA/2021 para o município? ### As condições da BR-174 continuam sendo progressivamente ruins. Aqui pertinho da entrada da cidade da cidade tem um buraco tão grande, que foi necessário colocar cones de borracha para evitar acidentes mais sérios. ###. Até amanhã.