FALANDO DE NEGÓCIOS

É ilegal, mas não é crime? A difícil tarefa de entender um Brasil sem rumo

É ilegal, mas não é crime? A difícil tarefa de entender um Brasil sem rumo

É impressionante como o mundo, em especial o Brasil, está criando cada vez mais obstáculos para ele mesmo. Estudo que põe em questionamento ou melhor em confronto velado maioria e minorias que nunca tiveram problemas de conviver. E hoje, graças a uma corrente desenfreada de que precisamos criar fatos, segregar grupos, vitimizar pessoas e dividir cada vez mais a sociedade, vemos passando em nossa frente ações, medidas, leis criadas na contra mão do que pensa a sociedade, do que pensa a maioria, mas claro, quando o direito a pensar voltar a ser ato democrático e não privilégio dos professores de Deus.

Estava assistindo os jornais na semana que passou, onde a grande pauta era um julgamento bastante contraditório e estranho que estava ocorrendo na mais alta corte brasileira e confesso que me deu um nó na cabeça, ou melhor um embrulho no estomago. Uma frase que jamais imaginaria ler ou ouvir, muito menos que meus filhos tivessem que ouvir, estava sendo a mais comentada do dia: “o porte de maconha é ilegal, mas não é crime”. Desculpem, mas acho que o nosso Brasil está em crise, não a econômica que demorará alguns meses a mais para todos sentirem o que foi amplamente previsto. Estamos vivendo uma crise da inutilidade, da imbecilidade e da total ignorância as vontades de quem tanto falam ser as fontes da democracia, que é a população. Uma crise que ignora valores, vontades, tendências e até mesmo a ciência, já que todos sabem que o acesso facilitado a drogas ilícitas, aumenta o consumo, cria zumbis (mortos vivos) e destroem famílias.

O Brasil precisa de um freio de arrumação. Estamos invertendo valores, confundindo nossa gente, incentivando o consumo do que destrói milhares de famílias e tudo isso feito por pessoas que não vivem o mundo real. A defesa desse tipo de comportamento, me desculpem é a prova de que o Brasil tem seus rumos traçados por quem conhece o Brasil e suas mazelas apenas por mapas ou grandes diagnósticos feitos por burocratas no fundo de suas luxuosas salas.

Todos nós sabemos que o mundo real é constituído de violência, ausência de bons serviços de saúde, educação, segurança, social, entre tantas outras demandas que afetam em cheio a população, sem que sejam dadas soluções plausíveis e tangíveis, tendo espaço apenas ao discurso vazio de uma esperança que nunca se concretiza.

Os professores de Deus que estão tomando para si os rumos do Brasil, acham que podem dimensionar, por exemplo, a quantidade de drogas a ser transportada para destruir vidas e famílias. Acredito que tenham esquecido em suas decisões de acrescer a responsabilidade às forças de segurança de comprarem balanças de precisão para controlar o que perderá o controle muito em breve. Deus sabe exatamente o que temos no mundo real, mas os professores de Deus, não. São pessoas cercados de seguranças, planos de saúde nacional e internacional, colégios particulares de alto valor, carros de luxo para levar e trazer, uma quantidade assessores que se prendem apenas ao TER e esquecem a necessidade de entender o que o SER precisa, enfim professores de Deus que, teoricamente, não precisam de apoio social, apesar de receber até auxílio moradia, não erram, o máximo que pode ocorrer é se enganarem.

Quando as leis não refletem a crença e valores da maioria da população, é inevitável que teremos resistência significativa. Isso pode se manifestar em forma de protestos, movimentos de oposição e campanhas públicas contra a legislação, mas contra professores de Deus o respeito foi substituído pelo medo.

Legislações impopulares podem exacerbar a polarização política e social, levando a conflitos entre diferentes grupos dentro da sociedade. A tensão entre conservadores e progressistas pode se intensificar, resultando em um ambiente político e social mais dividido e nocivo.

Algumas leis impopulares podem ter consequências econômicas e sociais negativas, afetando a estabilidade social e o desenvolvimento econômico. Por exemplo, leis que desagradam certos setores econômicos ou grupos de interesse podem levar à desconfiança do mercado ou à fuga de investimentos, mas no atual Brasil a calculadora foi aposentada, porque ela só multiplica a desgraça do povo e esse número não querem dar publicidade.

A aprovação de leis que não refletem os valores da maioria pode minar a confiança pública nas instituições governamentais e no sistema democrático como um todo. Isso pode levar ao aumento do cinismo político e da apatia entre os eleitores, resultando numa desistência do povo em pensar um Brasil melhor.

Não quero aqui entrar no mérito de qual é o papel dos poderes constituídos no Brasil, aliais será uma discussão sem fim e já sabemos que terá razão no final. Mas, no fundo, gostaria de saber se em algum momento o que eles pensam, legislam, planejam, decidem ou empurram goela abaixo levam em consideração os impactos que serão sentidos pela nossa sociedade, ou melhor, pelos pobres mortais.

Infelizmente já tenho a resposta e quero continuar acreditando que o Brasil está próximo a puxar seu freio de mão para que sua gente desça desse velho Brasil e quando voltar a subir encontre um país menos dividido, mas esse não é o ponto, já que quando falamos de divisão a polarização ridícula ganha as discussões. Espero que quando subamos no Barco do novo Brasil, possamos lembrar que somos gente, afeitos a desafios, mas um povo pacatos, humilde, respeitoso e temente e Deus e possamos deixar de uma vez por todas de querer brincar de Deus e definir o futuro nada brilhante de milhares de brasileiros.

Mas pra fechar, temos que ver mais uma brecha jurídica nas nossas vidas: A frase “é ilegal, mas não é crime” refere-se a situações em que uma ação pode ser contrária às normas e regulamentos (ilegal), mas não está codificada com uma infração criminal específica (crime). A distinção entre ilegalidade e criminalidade é importante no campo do direito. Ou seja, roubar a dignidade de uma família ao ver um morto vivo andando pela casa pode ser ilegal, mas não é crime para os homens cercados de certezas.

Por: Weber Negreiros

CEO da WN Treinamento, Consultoria e Planejamento

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