Bom dia,

Hoje é terça-feira (16.08). No país do faz de conta, a campanha eleitoral começa hoje com direito a autorização da Justiça Eleitoral para que candidatos e candidatas possam pedir os votos dos eleitores e das eleitoras brasileiros. Como se não estivessem fazendo isso já faz algum tempo. Mas, só agora, depois dos pedidos de registros junto à justiça é que eles e elas podem apelar diretamente aos mais de 150 milhões de inscritos como eleitores no país. E apesar da exigência legal da apresentação de um programa de governo por parte dos postulantes à chefia dos poderes executivos da União Federal e dos estados, a campanha começa sem que essas propostas estejam no centro das discussões – tomara que venham para o debate com o desenvolvimento da campanha-, e apenas Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB/PSDB/Cidadania) já expuseram aos brasileiros as linhas gerais de seus respectivos governos caso vençam as eleições.

E será que os brasileiros e as brasileiras estão mesmo interessados em participar desse momento maior da democracia, que é o pleito eleitoral? As pesquisas de intenção de votos que vêm sendo divulgadas até agora parecem indicar que não. A polarização entre Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), aparentemente cristalizada, infelizmente apontam que a grande maioria dos eleitores e das eleitoras já caminha para a campanha sem estar preocupada em avaliar todas as propostas e tendências do próximo governo. Na verdade, os números apontam para o desejo dos eleitores e eleitoras pesquisados em dar continuidade ao governo liberal e de direita do atual presidente e a volta do ex-presidente Lula da Silva, com sua proposta estatizante e esquerdista com todas as suas práticas pouco republicanas, que afundou o Brasil na mais longa e persistente crise moral e econômica da sua história.

É uma pena. Deveriam existir alternativas, por exemplo, a uma política ambiental que não se mostrou clara durante os quase quatro anos do governo Bolsonaro e uma conduta vassala aos interesses internacionais como aquela praticada durante os governos de Lula da Silva. Existem também alternativas a uma política econômica liberal – que não leva em conta as diferenças sociais profundas existentes no país-, em relação a uma proposta estatizante com o consequente processo de corrupção endêmica já demonstrado historicamente. Há também alternativa a uma política social viciante – embora o tamanho do contingente de miseráveis existentes no Brasil justifique programas de transferência de renda -, e uma política pública inteligente e socialmente correta que não violente o necessário pilar da meritocracia, como exigência de uma convivência saudável entre os desiguais. Simples Assim.

BOMBA

E o primeiro dia da campanha autorizada em Roraima começa com uma bomba no meio político local. Ontem, segunda-feira, no meio da tarde, a redação dos órgãos de comunicação local foram informados da existência de um Relatório de Ocorrência Policial (ROP), feito pela Polícia Militar dando conta de uma denúncia de uma jovem de 17 anos, filha do senador Telmário Mota (PROS) sobre uma tentativa do pai de tentar estupra-la, no domingo, Dia dos Pais, durante um passeio de carro pela cidade. O senador, em nota distribuída à imprensa, nega os fatos e os atribui aos adversários políticos, que estão de aproveitando de momentos difíceis atravessados por sua filha. O caso ainda vai ter muita repercussão nos próximos dias.

RESULTADOS

Se Alexandre de Morais deixar, governo federal vai anunciar nos próximos dias uma redução de 32% na alíquota do Imposto de Produtos Industrializados (IPI). Isso deve se refletir na redução do preço desses produtos, inclusive, alguns importados, com reflexo no índice de inflação que apresenta tendência de desaceleração nas últimas semanas. E a estratégia dos marqueteiros de campanha à reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) parece muito clara: os bons resultados na economia – crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que pode chegar a 2% neste ano de 2022, enquanto a maioria dos países enfrenta recessão-; e os efeitos dos programas de benefícios que já começaram a ser pagos – Auxílio Brasil de 600 reais, ajuda aos camioneiros e taxistas e aumento do auxílio gás, entre outros-, são as principais armas do governo para reverter os resultados das pesquisas de intenção de voto que colocam Bolsonaro na segunda posição, ainda atrás de Lula da Silva.

RÁPIDAS

E o polêmico ministro Alexandre de Morais demonstra hoje que tem foça e prestígio. A sua posse, como presidente do Tribunal superior Eleitoral devem comparecer os principais candidatos a Presidência da República, inclusive Jair Bolsonaro, e vários ex-presidentes, inclusive Dilma Rousseff (PT) que vem sendo escondida pelos petistas nestas eleições. ### A população carcerária do Sistema Penitenciário Estadual, que tem pouco mais de 3.000 detentos, tem um terço, cerca de 1.000, migrantes venezuelanos. E não se fala mais na portaria ministerial assinada por Sérgio Moro, quando ministro da Justiça e Cidadania que permite a extradição desses meliantes, que ameaçam a população roraimense e seus patrícios de bem que vivem em Roraima. ### Até amanhã.