AFONSO RODRIGUES

Elas são as deusas criadoras

“A deusa da minha rua

Tem os olhos onde a lua

Costuma se embriagar

Nos seus olhos eu suponho

Que o sol em dourados sonhos

Vai claridade buscar”.

(Jorge Faraj)

Vamos prestar mais atenção ao valor que elas realmente têm. Comecemos pensando que sem elas nem existiríamos. Viemos ao mundo através delas. Foram elas que nos deram à luz do mundo. Vamos respeitá-las, considerando-as e mantendo-as no nível de igualdade. Por que devemos ficar nos julgando superiores aos seres que nos trouxeram ao mundo em que chegamos, e o nível que alcançamos foi graças a elas? Elas nos trouxeram, onde estamos, baseadas na orientação e no amor. Vamos ser mais respeitosos com as Deusas que são nossas parceiras, como mulheres. Estamos perdendo terreno, obrigando as mulheres a lutarem pela igualdade dos seres que elas criaram com amor e dedicação. Na música “A deusa da minha rua”, o Jorge Faraj nos alerta para o descaso que temos pela mulher que é, na verdade, o motivo de nossa felicidade. Não há homem que não sinta felicidade ao ver a Deus passar pela sua rua. Elas são o elo da corrente da vida. Sem elas não seríamos nem mesmo homens.

A luta pela igualdade é uma tolice a que estamos levando a mulher, desde os primórdios da civilização, que na verdade ainda se arrasta. Vamos ser seres racionais e nos preocuparmos com o desenvolvimento da humanidade. Vamos parar de forçar a mulher a ficar a vida toda tentando nos mostrar o que ela realmente é. Só aí elas entenderão que quando lutamos pela igualdade é porque estamos nos sentindo inferiores. Nada de luta, mas de respeito a si mesmo. Independentemente do nosso sexo, somos todos da mesma origem, e viemos todos do mesmo universo racional. O que já nos coloca no mesmo nível cuja evolução depende do nosso desenvolvimento na caminhada de retorno ao nosso mundo de origem. E o passaporte não exige indicação do sexo.

Vamos ser o que somos no que somos. O amor nos indica o nosso grau de evolução racional. Por isso, ele, o amor, não deve ser confundido com desejos. Nem sempre amamos o que desejamos. Mas, quando desejamos o que realmente amamos, devemos buscar, mas com racionalidade. Vamos respeitar mais a mulher como um ser da nossa origem. “Afinal, somos todos iguais nas diferenças”. Nada de briguinhas comadrescas. Quando brigamos é porque não soubemos controlar a suposta desigualdade. O que nos coloca em um nível de desigualdade. Vamos pensar mais no nosso valor como seres humanos, sem a separação no sexo que é a razão de nossa existência. Afinal, somos produtos do encontro do mesmo sexo, em dois seres, corpos diferentes. Pense nisso.

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