COLUNA PARABÓLICA

Em 41 anos de Folha, o que não mudou foi o compromisso com o melhor jornalismo

Coluna desta segunda-feira (21) ainda repercute as entrevistas concedidas por candidatos à presidência da OAB-RR no Agenda da Semana

Bom dia,

São quatro décadas e mais um ano. Isso mesmo, a Folha de Boa Vista completa hoje 41 anos de existência com circulação física e digital ininterrupta de uma história sem paralelo na imprensa de Roraima. Quando começamos o jornal, era impresso em gráfica de Manaus; depois, começou a ser feito numa velha e ultrapassada impressora plana da marca Collormetal, unicolor, fabricada em 1938. De tão velha, a valente impressora danificava uma página a cada uma impressa. Na época, nossos repórteres saiam às ruas portando um bloco de notas; voltavam à redação para datilografarem as matérias em máquinas manuais, que depois de devidamente “cortadas”, eram montadas em folhas de cartolinas para filmagem, os famosos fotolitos, para transferir textos e fotografias às chapas de alumínio de onde seriam transferidas para o papel. Ah! Sim, as fotografias chegavam à redação em filmes analógicos que exigia a revelação dos “negativos” que depois viravam imagens para ser colocadas nas cartolinas.

Depois de alguns anos utilizando a velha Collormetal, a Folha passou a ser impressa numa impressora também plana e unicolor da marca Solna, mais nova – fabricada em 1973 -, e moderna com menos desperdício de papel. Com este “avanço” tecnológico, o jornal ousou e introduziu o azul em seu título, característica mantida até hoje. Ainda nesse tempo, os títulos (manchetes) das matérias eram compostos em linotipos feitos com chumbo derretido. Por vários anos, a excelente Solna continuou a ser utilizada na impressão da Folha. Só para ter uma ideia da operação, a primeira página do jornal era impressa duas vezes, só para colocar o azul da marca.

Ainda no campo da impressão, anos depois a empresa adquiriu a primeira impressora rotativa de Roraima, uma máquina da marca Web Leader, já utilizada na impressão de um jornal na Venezuela, cuja direção resolvera atualizar seu parque impressor. Devido a falta de mão-de-obra especializada local, foi preciso contratar um impressor de nacionalidade colombiana para treinar os profissionais da empresa a operar a nova máquina. Depois da Web Leader, a Editora Boa Vista adquiriu uma moderna impressora rotativa, comprada na Índia, da marca Citty Line, quadricolor, nossa primeira máquina nova. Quando deixou de circular fisicamente, a Folha era impressa nessa rotativa com qualidade que rivalizava com os demais jornais diários do Brasil.

Idêntica trajetória de modernização poderíamos contar hoje sobre a forma da captação e veiculação da notícia. Da utilização das máquinas de fax, com notícias produzidas por agências, até a chegada da internet e nossa transformação em provedores dela. Amanhã contaremos mais de nossa trajetória. Lembrando que o que nunca mudou foi a postura da Folha de Boa Vista, um jornal comprometido com o melhor jornalismo.

OAB 1

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) – Seccional Roraima, Ednaldo Vidal, foi entrevistado pelo programa Agenda da Semana, da rádio Folha FM 100.3, para falar sobre as eleições gerais da Seccional, que acontecem dia 18 de novembro. O candidato à reeleição tem como principal proposta a construção do Clube da Advocacia e afirmou que vai incentivar iniciativas de valorização e capacitação da categoria.

OAB 2

Sobre a existência de um processo investigatório onde é acusado de ter recebido durante mais de 20 anos salários como servidor administrativo da Secretaria Estadual de Justiça da Paraíba, mesmo morando em Roraima, o advogado Ednaldo Vidal não negou o fato. Disse, no entanto, que vai provar sua inocência durante o processo na via judicial, e citou como exemplo o fato do atual presidente do Brasil, Lula da Silva, ter saído da prisão para conquistar o Palácio do Planalto.

OAB 3

A advogada Maise França, que também concorre às eleições da Seccional Roraima da OAB, defendeu a ampliação do atendimento às prerrogativas dos advogados, que segundo ela, tem sido seletiva. Ela também adiantou um projeto piloto em parceria com o Sebrae para apoio à jovem advocacia, e destacou a implantação de um curso de mestrado em parceria com a Universidade Estadual de Roraima (Uerr) como metas.

Custas

A advogada Maise França comentou ainda sobre um assunto que é de interesse amplo de toda a população, mas que tem tido sua discussão negligenciada: o aumento das custas processuais. Ela disse, por exemplo, que algumas delas que até março deste ano era de R$ 1.800,00 atualmente custam acima de R$ 18 mil, ou seja, na prática, inviabiliza o acesso à justiça não apenas para os advogados – que ficam com menos clientes -, mas para a população mais humilde.

Tombamento

O deputado Lucas Souza (Podemos) não compareceu à entrevista ao programa Agenda da Semana, agendada para ontem, dia 20, quando seria tratada a revogação da Lei nº 734/2009, que regulamenta o tombamento de prédios e bens culturais. Ele propôs a revogação devido a uma insegurança jurídica gerada pelo tombamento dos 508 prédios que deveriam acontecer em um prazo de 6 meses, estabelecido pelo Ministério Público.

Adiamento

A Secretaria Estadual de Licitação e Contratação (Selc) publicou, na quinta-feira (17), o comunicado de adiamento do pregão eletrônico para a eventual prestação de serviços de locação de estruturas diversas para a realização de eventos como grupos geradores, equipamentos de som, iluminação, projeção, painéis de LED, kits multimídia e banheiros químicos, para 11 pastas do Estado e valor estimado de R$ 195.638.470,91. O motivo seria a reanálise do Termo de Referência e eventual adequação.

Expoferr 1

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR), Cilene Salomão, determinou a realização de uma auditoria de conformidade – utilizada para análise contábil, financeira, de planejamento e execução, na Secretaria Estadual de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi), para analisar, preliminarmente, as despesas da Expoferr (Exposição-Feira Agropecuária de Roraima) 2024. A execução da auditoria tem início já nesta segunda-feira (21).

Expoferr 2

A organização da Expoferr do ano passado rendeu demandas para o TCE por quase um ano com auditorias e tomada de contas em torno da aplicação de R$ 17 milhões do Governo do Estado, para organizar o evento, além do formato de contratação via institutos, como feito no ano passado e que, ao menos em tese, não deve seguir a mesma lógica do processo com uma empresa.

Esportivo

A Secretaria de Educação e Cultura de Boa Vista publicou extrato de adesão à ata de registro de preços, referente a um pregão eletrônico de um Consórcio Intermunicipal Multifinalitários de municípios do Extremo Sul de Minas, para aquisição de materiais esportivos de consumo e permanente para atender escolas da rede municipal de ensino da capital, pelo valor total de R$ 6.710.272,00. A empresa vencedora é de São Paulo.