Bom dia,
Denúncia 1
O deputado Jorge Everton (União Brasil) denunciou o uso de viaturas da Polícia Militar (PM) para a campanha eleitoral em Mucajaí. Ele responsabilizou diretamente o governador pelos atos supostamente praticados por membros da corporação e criticou a demora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julgar seu processo de cassação, o que, segundo ele, facilita a continuidade desse tipo de crime em Roraima.
Denúncia 2
Jorge Everton, com apoio de fotos, afirmou que a PM estaria sendo usada para “politicagem”, envolvendo dinheiro público para intimidar e propagar fake news. Denunciou também a coerção de uma liderança política em Iracema, cuja esposa foi exonerada por não apoiar o candidato preferido do governador. Afirmou, ainda, que o “recado” teria sido dado por um secretário de Estado.
Redes sociais
Everton criticou Denarium (Progressistas) por, conforme ele, confundir a “polícia de Estado” com a “polícia de Governo”. Ele relatou uma fala feita por Denarium durante uma formatura de delegados, quando o governador teria instruído os novos delegados a fazerem política de governo. “Delegado que passou no concurso, ele passou por mérito próprio. Não foi o senhor que deu emprego para ele não”, emendou.
Pressão
O presidente da Casa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), comentou a fala se dizendo preocupado com os rumos políticos da campanha eleitoral deste ano. De acordo com ele, as denúncias de perseguições e chantagens em razão de posicionamento eleitoral têm sido uma constante. “Não funciona assim. Quero me referir mais uma vez aqui ao Chefe do Poder Executivo, que tome as devidas providências”.
Lentidão 1
É claro, as reiteradas práticas de abuso de poder econômico e político praticadas por agentes públicos e políticos está na razão direta da impunidade. Vamos tomar como exemplo a eleição suplementar em Alto Alegre, quando, segundo denúncias da própria magistrada que presidiu o pleito, foram feitas compras escancaradas de votos e teve até mesmo a apreensão de dinheiro com cabos eleitorais supostamente para comprar eleitores. Pois bem, ninguém foi punido até agora; nem os autores dos crimes e muito menos os que deles se beneficiaram. O prefeito então eleito, é candidato à reeleição. Coisas da lentidão da Justiça.
Lentidão 2
E a lentidão da caríssima justiça brasileira – custa mais de R$ 120 bilhões ao ano, quase 2% do PIB e considerada a mais cara do mundo -, não se esgota na esfera eleitoral. Se quiser saber como anda a justiça neste País, vivencie, por exemplo, a expectativa de receber pagamento de precatórios. Juízes levam meses para dar um simples despacho de alvará, alimentando a suspeita de conivência com compradores de direitos creditórios do tipo agiotas e instituições financeiras já sobejamente denunciada no País.
Aumentado
Depois da roubalheira de votos na Venezuela e da perseguição da ditadura de Nicolás Maduro que prende, tortura e mata adversários, é visível que o fluxo de migrantes de venezuelanos para Roraima tem aumentado. Basta passar na Avenida Brasil, ali perto da Superintendência da Polícia Federal (PF), para ver a multidão de pessoas ali aglomerada. Também é visível o aumento de moradores em situação de rua nas imediações do Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), da Rodoviária Internacional e ao longo das avenidas próximas dali.
Vergonha
Mesmo com o agravamento das ações repressivas na Venezuela – o candidato vencedor da eleição presidencial Edmundo González Urrutia está com prisão decretada -, o governo de Lula da Silva (PT) continua sem reação ativa e altiva contra Maduro. Brasil e Colômbia, ambos países dominados pelo crime organizado, continuam apoiando a eleição fraudada pelo ditador.
Inverso
Em Roraima, a “ordem do inverso”, como na canção composta por Yussef Leitão, está tão instalada que os deputados estaduais aprovaram ontem comendas a uma magistrada e a um promotor de Justiça simplesmente por cumprirem seu papel e função e trabalharem no sentido de coibir a compra de voto durante a eleição suplementar de Alto Alegre, como se isso fosse algo extraordinário. Está registrado!
Ameaça
O deputado Dr. Claudio Cirurgião (União Brasil) afirmou ter sido ameaçado a ser tratado como oposição a partir de outubro, logo após o período eleitoral, supostamente por manter a decisão do União Brasil de indicar o deputado Jorge Everton para a comissão especial que apura a denúncia de crime de responsabilidade contra o governador Antonio Denarium. O episódio teria sido relatado por um assessor parlamentar.
Repúdio
Os deputados também aprovaram uma moção de repúdio à PM pela promoção de policiais com envolvimento em assassinato, crime de lesão corporal grave, racismo, entre outros. A iniciativa partiu do deputado Renato Silva (Podemos), que subiu à tribuna e demonstrou indignação com a situação. “Uma Polícia Militar que nunca teve escândalo de corrupção. Mas, infelizmente, tem alguns policiais que estão sujando o nome da Polícia Militar e ainda vão ganhar como prêmio uma promoção”.