FOLHABV AGRO

Entenda mais sobre o caso de encefalite equina ocorrida em Roraima

Entenda mais sobre o caso de encefalite equina ocorrida em Roraima

Primeiramente, temos que informar a diferença entre encefalite e encefalomielite. Segundo Diego Costa, Diretor Substituto de Defesa e Inspeção Animal da ADERR e participante do podcast FolhaBV Agro, o termo encefalite refere-se à inflamação do cérebro. A encefalite pode ser causada por infecções virais, bacterianas, fúngicas ou parasitárias, bem como por reações autoimunes. Enquanto isso, a encefalomielite refere-se a um grupo de doenças virais que afetam cavalos, causando lesões no cérebro e na medula espinhal. Existem três tipos principais de encefalomielite equina, todos transmitidos por mosquitos: Encefalomielite Equina do Leste (EEE), Encefalomielite Equina do Oeste (WEE) e Encefalomielite Equina Venezuelana (VEE).

O meio de transmissão da encefalomielite ocorre inicialmente através de um hospedeiro, que são as aves migratórias. Essas aves são hospedeiras do patógeno (vírus) e, ao serem picadas por mosquitos que posteriormente picarão os equinos, a doença pode ser transmitida. Devemos salientar que nem todas as aves migratórias carregam esse patógeno. Mesmo assim, existe a vacinação, que é um método para imunizar os animais contra essa doença.

O também convidado do podcast FolhaBV Agro, Marcelo Parisi, presidente da ADERR, destacou que criadores, cuidadores e mesmo os médicos veterinários autônomos que são chamados para tratar enfermidades nos animais, ao encontrar equinos com sintomas de encefalite, devem informar a ADERR, em seus diversos escritórios localizados pelo estado, para que possam realizar a coleta de amostras e enviá-las aos laboratórios para investigação da causa da morte.

Diego Costa informou ainda que o equino deverá estar vivo ou recém-morto para que possa ser realizada a necropsia e, então, a coleta dos órgãos ou tecidos necessários.

Até a data de fechamento da matéria as variações de encefalomielite já tinham sido descartadas para o animal que houve a primeira investigação aberta. O fato de não haver confirmação laboratorial, para as suspeitas iniciais, faz com que seja necessário a continuação das investigações, precisando assim de mais notificações por parte dos produtores junto aos escritórios da ADERR.