Escolha seu amigo
Afonso Rodrigues de Oliveira
“É o destino que nos dá a nossa família, mas somos nós que escolhemos os amigos. Isto mostra que a amizade vale mais que os laços de sangue”. (Aristóteles)
Quando você for traído por um amigo, é porque não soube escolher o amigo. Reflita, olhe-se no seu espelho interior, e veja se ele enganou você ou você se enganou com ele. Com certeza, foi você o tolo. Então fique na sua e procure ser mais esperto na sua próxima escolha. Simples pra dedéu. Nem sempre sabemos escolher a amizade. E por isso, vez por outra caímos na esparrela. E quase sempre somos inclinados a não crer mais nas amizades. Nunca faça isso.
Construa, mantenha e fortifique sempre as amizades. Elas nos edificam na construção da racionalidade. É nos amigos que sempre podemos confiar. E se confiamos amamos. E o amor é o esteio da amizade. Mantenha seus amigos sempre do lado esquerdo do peito. Construa sempre novas amizades. Mas seja e esteja seguro nas escolhas. E quando errar nunca se esqueça de que o erro foi seu. E por isso aprenda com ele para nunca mais cometê-lo. É assim que construímos a vida, vida a fora.
Nunca perca seu precioso tempo, mantendo na memória os transtornos causados pelo falso amigo. Afinal foi você que errou, escolhendo-o como amigo. Mas só há um caminho que pode levar à felicidade na amizade, é ser amigo. Ser sincero nas amizades para poder ser respeitado como amigo. Estamos iniciando um novo mês de um novo ano. O que iremos viver nos próximos dias do novo mês? Tudo vai depender de cada um de nós. Ou viveremos o melhor ou o pior, depende de como vivermos. Vamos nos preparar para o melhor. E nunca construiremos o melhor, com pensamentos negativos.
A vida é um pandeiro sem fundo. E você faz parte da orquestra. Então cante, dance, divirta-se, independentemente dos maus acontecimentos que estão tentando martirizar você. Sorria, mas sem fingir. Porque você nunca irá enganar você mesmo. O problema é que você se engana. Viva sua vida como ela deve ser vivida. Com amor, amizades, sinceridade, e respeito ao próximo. Não se esqueça de dar um bom-dia ao seu dia, pela manhã. E não pense que isso é tolice. O dia vai sempre responder ao seu bom-dia.
A todos os amigos que tenho, mando um abração do tamanho do mundo, com desejo de uma amizade eterna. Que não desperdicem seu tempo nem seu amor, deixando de lado o que mais convém: a amizade. Olhe sempre nos seus olhos para poder saber olhar nos olhos dos que deseja como amigo. A escolha é sempre sua e de mais ninguém. “Ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz ou infeliz, se você não estiver a fim”. Pense nisso.
99121-1460
Desenhos e filmes perigosos
Marlene de Andrade
“O mandamento é lâmpada, a instrução é luz e as advertências da disciplina são o caminho que conduz à vida” (Provérbios 19:18)
Os filhos estão assistindo desenhos animados perigosos e, por vezes, os pais não conseguem monitorar o que eles estão aprendendo através das mensagens subliminares. Muitos deles estão sendo criadas tendo uma visão destorcida dos valores éticos e morais, os quais vão pouco a pouco modelando seus conhecimentos de forma não educativa. E tem mais, alguns desenhos e filmes podem despertá-los de forma precoce sexualmente e condicioná-los à promiscuidade sexual para o resto da vida.
Desenhos animados e filmes violentos e sensuais fazem muito mal à educação das crianças e adolescentes, pois eles vão se contaminando dia pós dia e passam a viver numa realidade perversa, a qual acaba os levando a uma vida distorcida dos valores da honra e da ética, segundo as regras morais, as quais devem nortear os costumes de todos os cidadãos de bem.
Nos anos 80, Xuxa animava programas infantis, usando roupas sensuais, botas, minissaias e decotes extravagantes. Tal postura deixou os pedófilos e fetichistas em êxtase, pois as meninas passaram usar batom, botas, roupas sensuais, unhas pintadas, tornando-se “moças” precocemente. Algumas passaram a se engravidar aos doze anos e hoje a Maternidade Estadual de Boa Vista-Roraima que o diga.
Os pais devem monitorar os programas de TV dos filhos sim, e deixá-los no celular por pouco tempo, pois certas mensagens podem levar a prole adquirir comportamentos violentos, deixando-os indolentes, indiferentes, e entre outros, apáticos.
Assistir TV e viver plugado no celular, horas seguidas, diminui a percepção do mundo real. Pessoas imaturas misturam realidade e fantasia, passando a entender que tudo é uma só coisa. Devido as consequências maléficas de certos desenhos e filmes, os pais devem estimulá-los lerem livros educativos com mensagens nobres e não obscenas, torpe e ignóbil. Lápis, papel e borracha nas mãos das crianças também é muito bom, pois estimula o raciocínio delas. Aos quatro anos as crianças já podem ter acesso a um abecedário e ir aprendendo as letras e formar palavras. As casas de brinquedos vendem abecedários e quebra-cabeças que também são ótimos para estimular o cérebro. Mensagens abjetas e desonrosas devem ser expurgadas da vida das crianças, adolescentes e até mesmo dos adultos.
Médica Especialista em Medicina do Trabalho- ANAMT/AMB/CFM
Técnica de Segurança do Trabalho- SENAI-IEL
CRM-RR/339 RQE- 341
Pautando a sociedade: Em defesa da Educação Escolar Indígena
Evandro Pereira
A Lei 11.645/2008 é uma conquista do movimento indígena no Brasil. Ela estabelece as diretrizes nacionais para o ensino da história das culturas afro-brasileiras e indígenas. O estado de Roraima, proporcionalmente, tem a maior demografia indígena do Brasil. Os povos originários vivem nas terras indígenas demarcadas e no contexto urbano, compondo um cenário multicultural importante para o país. Nossa beleza está na diversidade, que é nossa riqueza cultural. Por isso a referida Lei é tão importante.
As escolas localizadas nas áreas urbanas das cidades que recebem um enorme contingente de crianças indígenas precisam de apoio governamental para garantir a interculturalidade nestes espaços. É preciso também que o Poder Público fiscalize e qualifique o debate na arena educacional, realizando mais concursos públicos para professores e implementando a Lei, para que professores e alunos tenham a condição de refletir sobre os processos históricos da formação do povo brasileiro com outras ferramentas e outros olhares sobre a questão indígena. Um olhar que vá além da simples comemoração do dia 19 de abril – o famigerado dia do índio.
O que ocorre no ambiente escolar urbano, muitas vezes, é uma reprodução de estereótipos sobre os povos indígenas. Reproduz-se a ideia de um “índio” passivo ao branco, que é preguiçoso, imóvel no tempo e que não contribui economicamente para o crescimento do país. Equívocos resultantes do preconceito histórico, do ódio, e da falta de sintonia com a realidade concreta e a diversidade. Os povos indígenas do estado de Roraima, por exemplo, têm ocupado posições importantes do debate público. Sejam indígenas da floresta ou dos campos que s
ão protagonistas das lutas históricas.
Percebem-se os resultados práticos desta luta na dimensão da gestão territorial, considerando o empreendedorismo na área cultural, com as diversas manifestações e eventos indígenas que geram emprego e renda, com produtos, artesanatos e arte contemporânea conhecidos em várias partes do mundo; no etnoturismo que vem avançando em Roraima; na agricultura também com a produção em larga escala que alimenta as próprias escolas rurais; na pecuária, pois temos a maior produção de bovinos do estado e; mais recentemente, com o processo de melhoramento genético da bovinocultura na Terra indígena São Marcos, utilizando-se da inseminação artificial.
Assim, é preciso superar o preconceito instaurado pelo neocolonialismo e a ignorância promovida, sobretudo, pelas elites empresárias e políticas e promover a educação de base para que estas potencialidades sejam cada vez mais valorizadas e incentivadas. As secretarias estaduais e municipais têm obrigação de aplicar a Lei 11.645/2008. É preciso maior atenção para a implementação da Lei, que é uma conquista histórica! Uma conquista de toda a sociedade brasileira.
Sociólogo, ex-coordenador da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores indígenas de Roraima e membro do Comitê Pró-cultura de Roraima.