AFONSO RODRIGUES

Estamos num mundo moderno

Estamos num mundo moderno

“Em nosso mundo moderno, simplesmente não alcançaremos sucesso ou felicidade se não levarmos em consideração as outras pessoas.” (Les Giblin)

Sempre vivemos em um mundo moderno. O que nunca tivemos foi capacidade para entender e respeitar a modernidade. O respeito às outras pessoas sempre foi um problema da humanidade. Matar uns aos outros sempre foi algo natural no ser humano, desde os primórdios da humanidade. A diferença entre aqueles tempos e hoje está na evolução tecnológica e no crescimento da população mundo afora. Mas não podemos negar que, atualmente, temos todos os recursos que os de outros tempos não tiveram para corrigir falhas que ainda persistem. E a maior dificuldade está em não entendermos, sobretudo, que tudo está na educação. A maioria das pessoas ainda ri quando dizemos isso, porque não compreendeu a grandiosidade do pensamento: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira.”

É exatamente nesse princípio que devemos iniciar a educação. Quando conhecemos e reconhecemos a personalidade da criança, começamos sua educação respeitando-a, mas sem deixar de orientá-la no caminho do aprendizado, que pode muito bem influenciar o desenvolvimento da sua personalidade.

A educação no lar merece muito respeito, sobretudo por parte do educador. Temos exemplos notáveis de pais que, mesmo com pouca escolaridade, educaram filhos que sempre se orgulharam deles. E o que sustenta esse respeito é a educação. Já falei para você sobre crianças, jovens e adultos que foram exemplos de educação adquirida no lar, muitas vezes em condições humildes.

Lembro-me daquele operário que mudou sua vida para melhor, seguindo o conselho do pai, quase analfabeto. Do faxineiro que foi promovido pelo presidente da empresa devido ao seu comportamento exemplar. E daquela garotinha com quem estudávamos na Escola de Base, na Base Aérea de Natal. Ainda éramos crianças. Ela era muito pobre, mas respeitada por professores e colegas. Seu exemplo estava na forma de se comportar elegantemente, sem exageros nem preocupações com aparências. Destacava-se, sobretudo, pela elegância no vestir — mesmo com roupas simples, sempre apresentáveis e dignas de respeito e admiração.

Tudo isso pode parecer fútil e inútil, mas não é. Já sabemos que, onde quer que estejamos, sempre há alguém nos observando. E é nessa observação que somos avaliados, o que marca nossa imagem na mente do observador. Por isso, cuide de quem você é, porque é isso que você sempre será, mesmo que mude. Pense nisso.

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