Ontem prometi pra você que iria falar, hoje, sobre um acontecimento tão simples que estou sem saber o que fazer, mas mais difícil é não cumprir com o prometido. E iniciei falando sobre a Hellen, a quem sempre adorei pelo seu exemplo de vida, nas dificuldades de sua vida. E sobretudo pelos exemplos que ela nos deu. Mas vamos ao nosso papo simples, mas compromisso. Falei sobre o comportamento daquele garotão e da moça na portaria do supermercado. Antes de entrar para as compras, passei pela farmácia, em frente do mercado, e comprei um remedinho bem pequenininho. Quando entramos no supermercado, coloquei a sacolinha do remédio, na cestinha. Estávamos eu, Salete e Alexandre. Feitas as compras, coloquei a mercadoria sobre o balcão do caixa, para o pagamento. Paguei e saímos. Só já na rua foi que me lembrei do remédio que não estava com as compras pagas.
Voltamos ao supermercado e foi aí que se criou o rebu. Acho que metade dos funcionários entraram na luta da procura pelo remédio perdido. Já constrangido por estar preocupando, e ocupando, o pessoal, decidi, a meu modo: vamos fazer o seguinte: esqueçam e me desculpem. Fiquem tranquilos. Mas tarde eu voltarei aqui, já que moro bem pertinho de vocês, e se vocês tiverem encontrado a fortuna, tudo bem, se não, não faz mal. Saímos e já caminhando pela rua encontramos um garotão com um carrinho que havia feito uma entrega por ali. Parei o garotão e contei pra ele o que acontecera e lhe pedi que se ele encontrasse o remédio, o entregasse à gerente, e muito obrigado.
Continuamos a caminhada para casa. Já bem distante, ouvimos o grito do garotão correndo em nossa direção: Ei… pessoal, encontrei! Viramo-nos e ele vinha com a sacolinha do remédio vibrando no ar. Ficamos muito felizes e perguntei se ele já tinha falado com a gerente. Ele disse que não. Votamos ao mercado para avisar que o assunto estava resolvido. No dia seguinte, compramos novo remedinho. Quando entramos no supermercado, na entrada uma garota sorriu pra mim e falou bem simpática: Cuidado com esse remédio dentro da cesta. Sorrimos bastante e prometi para ela que iria ser mais cauteloso. Ela sorriu bastante. Isso parece ser insignificante, mas não é. O comportamento no ambiente comercial, entre o cliente e o fornecedor requer bom relacionamento nas relações humanas. Normalmente vemos e ouvimos comportamentos abomináveis que não indicam a convivência dentro da racionalidade. Os problemas podem, muito bem, virarem a moeda. Pense nisso.
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