Falando de Negócios

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OS CONFLITOS ÉTICOS DAS 48 LEIS DO PODER

ATRAIA A ATENÇÃO A TODO CUSTO

As pessoas que gostam de aparecer, em medir ou avaliar os cenários carregam consigo uma autoestima invejável. Sua imagem e sua oratória podem representar sua marca e levá-lo ao sucesso, porém quando isso não passa apenas de uma “casca”, pois assim o fracasso é uma questão de tempo (muito ou pouco tempo, mas o fracasso chegará).

No nosso artigo da semana vamos tratar de uma das leis que merece muito cuidado em sua análise, pois nela se evidencia a necessidade do “APARECER”, do “SER NOTADO”, DO “SER OUVIDO” e muitas vezes as pessoas esquecem que uma embalagem deve ter no conteúdo a confirmação dos atributos, caso contrário não passará de um produto de boa embalagem com um péssimo conteúdo.

Hoje vamos tratar da sexta lei do poder e avaliar os impactos nos princípios éticos e morais de nossa sociedade.

Lei 6: Atraia atenção a todo custo

Julga-se tudo pelas aparências; o que não se vê, não conta. Não fique perdido no meio da multidão, portanto, mergulhado no esquecimento. Destaque-se. Fique visível, a qualquer preço. Atraia as atenções parecendo maior, mais colorido, mais misterioso do que as massas tímidas e amenas.

Essa é uma das leis do poder que merece atenção especial. Aparecer pura e simplesmente não significa ser visto, isso mesmo, as aparições que você deve fazer tem que ser tratadas como um espetáculo e não apenas como uma entrada de um papagaio de pirata, correndo atrás de holofotes ou flashs e ser vista apenas como um elemento de paisagem.

Tem pessoas que fazem tudo para serem percebidas e beiram o ridículo.

A imagem na percepção das pessoas se assimila muito as mensagens passadas em discursos, conversas, apresentação ou em simples bate-papo. Tem gente que fala muito e não consegue ser escutado, é apenas ouvido e não se processa nada da mensagem, portanto, não existe processo comunicacional. Enquanto tem gente que é assertiva, identifica o público e fala, às vezes menos, e é muito mais escutado, escutado até mesmo em silêncio por meio da linguagem corporal, afinal de contas o corpo fala.

Lembre-se que a melhor coisa na vida é ser lembrado pela excelência, pela boa reputação e não pelo ridículo ou mesmo pela vergonha. Essa frase sempre uso para mostrar que nem toda hora é o momento certo de se fazer presente, de falar ou de silenciar. Precisamos saber a hora de entrar e sair de cena.

Temos pessoas que conhecem muita gente e se sentem solitárias, pessoas que conhecem pouca gente e se sentem acolhidas. Querem um exemplo? Um ator ou atriz de novela quando é encontrado pelas ruas recebe o tratamento de quase um Deus, mesmo que aquela abordagem, na maioria das vezes, não faça muita diferença (e o pior que segundos depois ele nem lembrará a cor do seu cabelo), mas para você ele vende a imagem da excelência, do sucesso e muitas vezes, quando você tem oportunidade, descobre que ele não é o conteúdo estampado naquela embalagem. Esse exemplo serve para que possamos entender a “lógica do artista”, ou seja, desempenhar a tarefa de forma tão excepcional que, às vezes, mesmo que erremos seremos aplaudidos. Porém com o artista,  o erro leva mais fácil a frustração do público, porque a percepção dele está ligada a perfeição e não ao erro.  

Enquanto do outro lado as pessoas mais reservadas, tem uma preocupação muito grande com a percepção do outro. Isso leva alguns ao medo e a total retração. Esse perfil estuda a hora certa de aparecer, de falar e até mesmo de silenciar, se preocupam com sua reputação e ensaiam suas aparições, sempre tentando surpreender, mas não enganar. Claro que as pessoas que têm facilidade em se comunicar, tanto verbalmente como com o seu corpo levam vantagem em relação aos retraídos, porém o processo comunicacional pode ser apreendido.

As pessoas que sabem a importância de serem percebidas, tem cuidado com cada passo a ser dado, cientes de que podem não ter uma segunda chance e colocar todo um projeto ladeira abaixo.

Pode parecer que estou sendo contra os extrovertidos e comunicativos, mas não é nada disso, apenas acredito que a prudência evita acidentes de percurso e aliviam a inveja, tensão e estratégias do inimigo.

O falar deve ser uma habilidade de comunicação, como o ouvir também. Nem falar e nem silenciar demais, ser pontual, convincente, assertivo e atento ao cenário em que você está, as pessoas com quem você está, o ambiente e tudo que está ao alcance de sua percepção.

O mundo, julga tudo pelas aparências; o que não se vê não conta. Logo, não fique perdido no meio da multidão ou mergulhado no esquecimento. Você precisa ser
visto, mas, mais do que isso, você precisa gerar com sua aparição uma experiência, em o que você fala, a forma como você ouve, suas reações e seus posicionamentos devem marcar as pessoas positivamente.

Um exemplo interessante da aplicação desta lei

O cientista Thomas Edison sabia que, para arrecadar dinheiro, precisava estar vivo na percepção das pessoas. Quase tão importante quanto as invenções dele, foi a forma como as apresentou ao público e atraia a atenção. O cientista apresentava as descobertas de eletricidade como um grande espetáculo. Grava expectativa com as futuras invenções que pareciam inalcançáveis para a época – robôs e máquinas que podiam fotografar pensamentos, e que não tinha qualquer intenção de desenvolver, mas isto fez o público falar sobre ele. Fez tudo que pode para garantir mais atenção do que o seu grande rival, Nikola Tesla, que pode ter sido mais brilhante do que Edison, mas cujo nome era muito menos conhecido. Em 1915, havia boatos de que Edison e Tesla iriam ganhar em conjunto o prémio Nobel da física. O prémio acabou por ser entregue a um casal de físicos ingleses; só mais tarde se descobriu que o comitê do Nobel havia comunicado a Edison, mas ele recusou, recusando-se a dividir o Nobel com Tesla. Naquela época, a sua fama era maior que a de Tesla, e achou conveniente recusar a honra do Nobel do que permitir ao seu rival a atenção que teria, mesmo compartilhando o prémio.

Conhecido ou Famoso

Chamar mais a atenção do que aqueles ao seu redor é uma capacidade com a qual ninguém nasce, podemos aprender para atrair a atenção. Deixando claro que precisamos entender que atrair a atenção é muito mais do que simplesmente chamar a atenção. Quando começamos nossos desafios profissionais, buscamos associar o nosso nome e reputação a atributos de qualidade, uma imagem, que o diferencia de outras pessoas e uma marca pessoa que acenda mais do que as demais. Essa imagem pode ser algo como um estilo característico de roupas, gesticular ou uma peculiaridade de personalidade que diverte as pessoas e passa a ser comentada. Quando você estabelece um poder de permanência para a sua marca pessoal(imagem) é estabelecida uma conexão entre você e o seu público, algo muito parecido com as grandes marcas das organizações. Você terá conseguido um lugar de destaque no cosmo para a sua estrela.

Por isso é interessante que você consiga unir duas características que um leve a consolidação da outra. Tornar-se conhecido, dependendo da forma como você construiu sua imagem, o levará a fama e a consolidação da sua marca pessoal.

Fechando esse nosso sexto artigo sobre as 48 LEIS DO PODER faria apenas algumas adaptações, baseada nos argumentos acima apresentados:

Atraia atenção mantendo os limites da comprovação das suas habilidades e competências: As aparências definem a percepção inicial do público que buscará a sua conformação com o passar do tempo; o que não se vê não conta, o que não existe não se confirma. Não fique perdido no meio da multidão, portanto, destaque-se pelos seus diferenciais positivos. Atraia as atenções encantando e não enganando as pessoas. Haja com inteligência e não seja uma bela embalagem sem nenhum conteúdo.

Por: Weber Negreiros