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CLÁSSICO CARIOCA 

Enquanto Cano não marca há seis jogos (quatro pelo Brasileiro), Pedro marcou seis vezes nas últimas cinco partidas. O centroavante do Flamengo começou a competição como opção no banco de reservas, mas aproveitou bem as chances e se firmou, principalmente diante da ausência de Gabigol por lesão. Na temporada inteira, Pedro disputou 28 jogos (13 como titular) e marcou 14 gols. Uma ótima média de um gol a cada 87 minutos em campo.Vasco e Flamengo se enfrentam neste sábado, em São Januário, e os rivais têm bem claro quem são as principais esperança de gol de cada lado: Germán Cano e Pedro. Depois de um ótimo início no Brasileiro, com sete gols, o argentino vive uma fase difícil. Os papéis se inverteram. Os números mostram que o Vasco tem uma maior dependência de Cano, que marcou 7 dos 17 gols da equipe no Brasileiro. Nestes seis jogos de jejum do argentino, o time do agora ex-técnico cruz-maltino Ramon Menezes não venceu. A instabilidade do time refletiu no camisa 9: na derrota por 3 a 0 para o Bahia, finalizou apenas uma vez. O Vasco é o décimo colocado do Brasileiro com 18 pontos. O Flamengo ocupa a segunda posição com 24 pontos.

Cano e Pedro fazem o duelo dos centroavantes no Vasco x Flamengo — Foto: ge

Cano e Pedro fazem o duelo dos centroavantes no Vasco x Flamengo — Foto: ge

CLÁSSICO PAULISTA

Com o ano perto do fim e o Brasileirão se aproximando do término do primeiro turno, Palmeiras e São Paulo ocupam a parte de cima da tabela de classificação: o Tricolor tem 23 pontos e está na terceira posição, um ponto a mais do que o Verdão, hoje na quinta colocação. Mas há cobrança por evolução nas duas equipes.

Números de Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras em 2020

36 jogos 18 vitórias 15 empates 3 derrotas 53 gols marcados 23 gols sofridos 63,9% de aproveitamento

Números de Fernando Diniz no São Paulo em 2020

31 jogos 13 vitórias 9 empates 9 derrotas 48 gols marcados 37 gols sofridos 51,6% de aproveitamento

Os palmeirenses conquistaram o Torneio da Flórida e tentavam encaixar o time titular com quatro atacantes – ainda com Dudu – quando o calendário foi suspenso por causa da pandemia do coronavírus, em março. Já havia na época cobrança por um melhor desempenho, principalmente contra os rivais, mas isso virou rotina nesta segunda parte da temporada.

Depois de reestrear em 2020 com derrota no Dérbi, em julho, o Verdão viu seu meio de campo se consolidar para a reta final do Campeonato Paulista com mais espaço para Patrick de Paula e Gabriel Menino, mas com menos criatividade.

Sem vencer um clássico, o Palmeiras conquistou o Campeonato Paulista após um jejum de 12 anos, em uma final contra o Corinthians. Mas toda a expectativa de sequência mais tranquila não se concretizou. Nem a tal evolução do time virou realidade.

Vanderlei Luxemburgo tem respaldo da diretoria do Palmeiras — Foto: Anderson Lira/Estadão Conteúdo

Vanderlei Luxemburgo tem respaldo da diretoria do Palmeiras — Foto: Anderson Lira/Estadão Conteúdo

Diniz: vitória em casa alivia pressão

Há alguns dias era possível apostar, com alguma margem de segurança, que Fernando Diniz nem estaria no banco do São Paulo no clássico contra o Palmeiras. A contestação ao treinador é uma regra na passagem de Diniz pelo Morumbi. Foram poucos os períodos de calmaria desde setembro do ano passado, quando foi contratado. O principal deles foi no início do Campeonato Paulista deste ano, quando o time fez boas apresentações e se classificou para o mata-mata com antecedência. Antes de a pandemia paralisar o torneio. O início de Brasileiro, com bons resultados, arrefeceu as críticas, mas as más atuações e a eliminação precoce na Libertadores fizeram com que a pressão chegasse ao limite. Após empate com o Coritiba, no fim de semana, Diniz recebeu um ultimato: só a vitória sobre o Atlético-GO, na rodada seguinte, o seguraria no banco. Com mudanças que reforçaram o sistema defensivo da equipe, Diniz ajudou o São Paulo a vencer os goianos por 3 a 0 e ganhou sobrevida na função. Um revés contra o Palmeiras, neste sábado, porém, deve dar nova força aos críticos do treinador.

Fernando Diniz durante São Paulo x Atlético-GO — Foto: Mauricio Rummens/Estadão Conteúdo

Fernando Diniz durante São Paulo x Atlético-GO — Foto: Mauricio Rummens/Estadão Conteúdo

EM BUSCA DO TÍTULO

Alcançar e, principalmente, manter a liderança do Campeonato Brasileiro de pontos corridos é a missão do Atlético-MG ano após ano. Em 2020, se é cedo falar em título, uma meta o time de Jorge Sampaoli poderá conquistar se vencer os dois próximos confrontos: o de alcançar sete rodadas acumuladas na ponta, algo que só aconteceu no clube em apenas outras três temporadas. O Galo foi líder na 3ª rodada, depois viu o Internacional disparar. Mas, mesmo com um jogo a menos que o Colorado, chegou a 27 pontos em 13 jogos e é o líder do Brasileiro nas últimas quatro rodadas. São cinco no total. Vencer Goiás (sábado) e Fluminense (quarta) significará, naturalmente, a manutenção da ponta. Galo soma cinco rodadas na ponta da tabela (sendo quatro consecutivas), e só alcançou marca superior nos pontos corridos em apenas outras três edições: 2009, 2012 e 2015.

Em 2012, o Galo fez campanha de campeão e liderou o 1º turno. Mas o vice novamente esteve presente na vida alvinegra, e o Fluminense venceu aquela edição, com Ronaldinho Gaúcho, Cuca e Cia somando 15 rodadas no primeiro lugar.

Há cinco anos, o Atlético conseguiu ser líder por sete rodadas seguidas (da 11ª a 17ª). O time de Levir Culpi, entretanto, não teve fôlego para acompanhar o ritmo do Corinthians, que seria o campeão. Desde então, o presidente Sérgio Sette Câmara assumiu o clube em dezembro de 2017, quando o Galo não mais foi líder (zero rodada em 2016 e 2017). Nos dois primeiros anos do mandatário, apenas uma rodada na ponta em cada edição do Brasileiro. Agora, as esperanças se renovaram.

Em 2009, foram oito rodadas como líder, em dois momentos distintos do torneio, mas o Flamengo surpreendeu, teve campanha histórica na reta final e foi campeão estando no lugar nobre de tabela apenas na 37ª e 38ª rodada.

A missão do Atlético 2020 é justamente superar a sensação de frustração que norteia o clube na história do Brasileiro, desde 1972. São quase 50 anos perseguindo o título que não vem, e, vez ou outra, bate na trave. Sampaoli, assim como o próprio Galo, tem o mesmo sentimento de “quase”.

Após derrota para o Fortaleza, Galo volta a ter dois jogos seguidos no Mineirão — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Após derrota para o Fortaleza, Galo volta a ter dois jogos seguidos no Mineirão — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

ENFIM, REFORÇOS

Perto de um acordo com Hamburgo e, consequentemente, de “desbloquear” a punição da Fifa que impede o registro de novos jogadores, o Santos tem dois nomes engatilhados para começar a atender o pedido do técnico Cuca, que publicamente manifestou o desejo por reforços na última semana. São eles: o zagueiro Laércio, vice-campeão do Campeonato Gaúcho com o Caxias, e o volante Zé Welison, do Atlético-MG, que foi envolvido na negociação que levou o goleiro Everson ao Galo.

Laércio já treina sob supervisão do Santos desde o mês passado, quando rescindiu com o Caxias, enquanto aguardava a liberação da sanção da Fifa. Zé Welison, por sua vez, seguiu trabalhando à parte no Atlético-MG e poderá se juntar ao elenco assim que a proibição for retirada.

Além dos dois, o Santos também havia se acertado com o volante Elias, que treinou no clube por um tempo, mas não quis esperar a liberação da punição e foi para o Bahia. Na semana passada, Cuca deixou claro que conta com a chegada de novos jogadores – o Santos, depois de se aproximar de um acordo com o Hamburgo, negocia a volta do Robinho.

Laércio, ex-Caxias, está acertado com o Santos desde o mês passado — Foto: FGF/Divulgação

Laércio, ex-Caxias, está acertado com o Santos desde o mês passado — Foto: FGF/Divulgação

GRAVE LESÃO

Autor do gol do Corinthians no empate por 1 a 1 com o Santos, na Neo Química Arena, na última quarta-feira, Danilo Avelar deixou o campo chorando nos minutos finais por conta de um problema no joelho direito. Nesta quinta-feira, após exames, a suspeita foi confirmada: o zagueiro sofreu uma ruptura no ligamento cruzado do joelho direito, o que tira o jogador do restante da temporada. Ele passará por cirurgia na próxima quarta-feira, dia 14. A previsão de volta é de até oito meses. Danilo Avelar se machucou ao disputar uma jogada com o jovem Lucas Lourenço, do Santos, já nos acréscimos da partida. O zagueiro fez o gol de empate do Timão no primeiro tempo.

Sem Avelar, o elenco conta apenas com Gil e Bruno Méndez para a defesa. A diretoria pediu o retorno de Marllon, que estava emprestado ao Cruzeiro.

Danilo Avelar sai com dores em Corinthians x Santos — Foto: Ana Canhedo

Danilo Avelar sai com dores em Corinthians x Santos — Foto: Ana Canhedo

RECUPERADOS

O Grêmio deve ter o retorno de Alisson para o duelo contra o Santos, no domingo, às 16h, na Vila Belmiro. O meia-atacante participou normalmente das atividades nesta quinta após ser preservado na . Geromel e Kannemann estão liberados para trabalhos físicos no CT Luiz Carvalho, embora isso não signifique ainda retorno ao time. 

Uma provável escalação do Grêmio para enfrentar o Peixe tem: Vanderlei; Orejuela, Paulo Miranda, David Braz e Diogo Barbosa; Lucas Silva, Darlan, Robinho (Maicon), Luiz Fernando e Pepê; Diego Souza.

Alisson volta a treinar no Grêmio — Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Alisson volta a treinar no Grêmio — Foto: Lucas Uebel/Grêmio

CLASSIFICAÇÃO

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ELIMINATÓRIAS SULAMERICANA

A busca por uma vaga na Copa do Mundo do Catar em 2022 começa na noite desta sexta-feira para Brasil e Bolívia. As seleções se enfrentam às 21h30, na Neo Química Arena, em São Paulo, em duelo válido pela primeira rodada das Eliminatórias. O jogo deveria ter acontecido em março, mas foi adiado por conta da pandemia do novo coronavírus. Também por esse motivo a partida será realizada sem público. Sem jogar desde novembro do ano passado, a seleção brasileira vai a campo com uma escalação inédita. A principal novidade é a entrada de Douglas Luiz no meio de campo. O volante do Aston Villa vai ocupar posição que vinha sendo de Arthur, que desta vez nem sequer foi convocado.

O time deve ir a campo com: Weverton, Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Casemiro, Douglas Luiz e Philippe Coutinho; Everton, Roberto Firmino e Neymar (Éverton Ribeiro).

A única dúvida fica justamente por conta do craque do time. Desde quarta-feira, Neymar sente dores na região lombar de faz sessões de fisioterapia. Se ele não puder atuar, Tite irá escalar Everton Ribeiro. Richarlison, que se apresentou com dores no tornozelo esquerdo, está recuperado e inicia o jogo no banco de reservas.