FOLHA SPORTS
TROPEÇO EM CASA
Santos e Ceará ficaram no empate por 0 a 0 na tarde desta quarta-feira, na Vila Belmiro, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil – foi a estreia do Peixe na competição, enquanto o Vozão já vinha disputando as fases anteriores. A expulsão do zagueiro Lucas Veríssimo, no fim do primeiro tempo, decidiu o andamento da partida: na segunda etapa, o Ceará pressionou em busca da vitória, criou chances e não chegou ao gol, enquanto o Peixe explorou contra-ataques e também não conseguiu abrir o placar. A vaga nas quartas de final será decidida em Fortaleza, semana que vem.
Santos e Ceará jogam na próxima quarta-feira, às 19h (de Brasília), na Arena Castelão, pelo jogo de volta das oitavas. Qualquer empate leva a decisão para os pênaltis. Um eventual vencedor no tempo normal, claro, fica com a vaga.
Soteldo em ação contra o Ceará — Foto: Ivan Storti / Santos FC
COMPLICOU
O América-MG largou na frente do Corinthians na briga por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Na noite desta quarta-feira, na Neo Química Arena, no jogo de ida das oitavas de final, o Coelho venceu o Timão por 1 a 0, com gol de Marcelo Toscano, na reta final do segundo tempo. No primeiro tempo, os donos da casa até tentaram se impor como mandante, mas na etapa final as chances de gol foram raras, e o time mineiro soube aproveitar falha na saída de bola de Cássio para construir importante vitória na capital paulista. É a primeira vez na história que o América-MG vence o Timão como visitante. Antes, eram seis derrotas e um empate.
Na partida de volta, na próxima quarta-feira, às 21h30, em Belo Horizonte, o América-MG joga pelo empate para avançar às quartas de final. O Corinthians precisa vencer por dois gols de diferença. Vitória por um gol leva a decisão aos pênaltis.
Gil em Corinthians x América-MG (Foto: Marcos Ribolli)
RESERVAS RESOLVERAM
Eduardo Coudet assumiu o risco de escalar um time com apenas três titulares para o jogo de ida fora de casa em um duelo de mata-mata. E se deu tão bem que o descanso aos principais jogadores veio acompanhado de uma vitória dos reservas que coloca a equipe em vantagem pela vaga às quartas de final da Copa do Brasil. As preservações foram definidas após uma análise de vários fatores. Desgaste após o 2 a 2 com o Flamengo no último domingo, calendário com sete jogos em três semanas, o fato de poder decidir no Beira-Rio.
Na noite de quarta-feira, o Inter venceu o Atlético-GO por 2 a 1 no Estádio Olímpico, em Goiânia, pelo primeiro confronto das oitavas da competição. Jogará por um empate no Beira-Rio na próxima terça e terá o time titular com energias recarregadas para tentar vencer o Corinthians, neste sábado, pela manutenção da liderança do Brasileirão.
Além da vitória, a atuação colorada no Estádio Olímpico serve de amostra da consistência do trabalho de Coudet. O Inter passou longe de ser brilhante. Mas apresentou em campo as ideias do treinador mesmo com time reserva.
Marcos Guilherme, um dos poucos titulares, abraça o reserva Leandro Fernández após gol — Foto: Ricardo Duarte / Internacional
ALGUÉM SEGURA?
O Flamengo venceu o Athletico-PR nesta quarta-feira, na Arena da Baixada, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O gol da partida foi marcado por Bruno Henrique, aos 19 minutos de jogo. O time visitante jogou melhor na primeira etapa, chegou ao gol e conseguiu controlar a partida até o intervalo. No segundo tempo, o Athletico foi para cima e conseguiu pressionar, mas parou na boa marcação adversária e principalmente no jovem goleiro Hugo Souza, que entre outras boas defesas, pegou um pênalti cobrado por Walter.
Com a vitória por 1 a 0, o Flamengo pode se classificar com um empate no jogo de volta, na próxima quarta-feira, no Maracanã. Em caso de qualquer vitória por um gol de diferença do Athletico-PR no Rio, a decisão será nos pênaltis. O gol fora de casa, assim como nas últimas duas temporadas, não é mais critério de desempate na Copa do Brasil. O Athletico volta a campo no próximo domingo, contra o Sport na Ilha do Retiro pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. No mesmo dia, o Flamengo recebe o São Paulo no Maracanã.
Bruno Henrique comemora gol de número 50 pelo Flamengo — Foto: Staff Images
DERROTA NA ARGENTINA
O São Paulo mostrou mais uma vez, na última quarta-feira, toda a sua fragilidade em lidar com situações adversas em jogos que requerem certo grau de experiência, concentração e até mesmo a “malandragem” do futebol.
Diante do Lanús, da Argentina, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana, a equipe comandada por Fernando Diniz sofreu praticamente o jogo inteiro contra um time que não disputava uma partida oficial há 226 dias – o último jogo havia sido no dia 16 de março, na derrota para o Argentino Juniors.
O resultado foi uma derrota por 3 a 2 com mais um gol nos acréscimos, praticamente um replay do segundo gol sofrido contra o Fortaleza, nas oitavas de final Copa do Brasil, e que levou o jogo para os pênaltis: bola alçada na área e gol de cabeça do adversário.
Os dois gols sofridos no finalzinho na mesma semana escancaram a falta de experiência e concentração da equipe em determinadas situações.
Sand em Lanús x São Paulo — Foto: Staff Images / CONMEBOL
VITÓRIA NO SUFOCO
Quando um time ganha a identidade do seu comandante costuma-se dizer que virou a cara do treinador. O Vasco está longe de ser o espelho de Ricardo Sá Pinto em termos técnicos e táticos, mas contra o Caracas deu pequenas mostras de que pode pulsar como o “coração de leão” do português.
A vitória por 1 a 0 no confronto de ida entre os times pela segunda fase da Sul-Americana, disputado na quarta-feira, em São Januário, não foi acompanhada por boa de atuação. O Vasco oscilou negativamente, na comparação com a derrota para o Corinthians, há uma semana pelo Brasileiro, especialmente na produção ofensiva.
Foi um time pobre que sucumbiu à proposta defensiva do rival venezuelano, enfraquecido por cinco desfalques. Além do go
l, criou apenas outras duas chances: pênalti perdido por Carlinhos e cabeçada para fora de Ribamar. Só que ganhou alternativas até então esquecidas, como Guilherme Parede e Tiago Reis, dada a irregularidade de Ribamar e Vinícius.
Carlinhos lamenta perda de pênalti contra o Caracas — Foto: Staff Images / CONMEBOL