A crescente busca por produtos de origem animal e vegetal para consumo tem ampliado a atenção do lado da oferta de toda uma cadeia de produção de alimentos. O chamado “from farm to fork” nunca foi tão idealizado como nos dias atuais, abarcando geração de renda e empregos em todo o segmento.
Entretanto, a realidade (na maioria das vezes) inviabiliza a concretização de um projeto de indústria de alimentos, seja por causa dos custos tributários e econômicos, seja por causa da rigorosa legislação vigente que exige cada vez mais a atenção aos pormenores técnicos, não só microbiológicos e físico-químicos, mas, conjugado com fator burocrático tributário e administrativo, invalidam a oferta reprimida.
O resultado, infelizmente, é o aumento do quantitativo de pequenas empresas que funcionam à margem da legislação e do Estado, pois o excesso de burocracia joga por terra qualquer expectativa de margem de lucro ou de cumprimento de exigências em demasia.
A carência de estudos e projetos de políticas públicas nos mais diferentes segmentos vão aprofundando, cada vez mais, o fosso entre a legalidade e a ilegalidade. É necessário que os atores e agentes políticos e econômicos possam se debruçar, junto com o setor produtivo e toda a cadeia envolvida, para determinar pontos em comum e a flexibilização, seja normativa, tributária ou administrativa, para trazer essa oferta reprimida de uma cadeia complexa de produção de alimentos, seja na área animal ou vegetal, que permite gerar riqueza e renda dentro de uma região.
