Bom dia,

Hoje é segunda-feira (18.04). É lamentável, mas necessário dizer. O tormento dos roraimenses com a má qualidade da internet não tem solução no curto prazo. O problema reside na capacidade do sinal que chega a Roraima, hoje fornecida por um cabo de fibra ótica que vem desde Manaus (AM) e outra precaríssima que vem desde a Venezuela. As duas fornecem uma oferta de sinal muito abaixo da demanda local cada dia maior, pela popularização do uso de celular pela população e da internet no mundo dos negócios. Ainda não foi feito o cálculo do prejuízo que essa inconstância da internet traz para o desenvolvimento do estado, mas seguramente é muito grande. Nos últimos dias, até mesmo a abertura de um arquivo em aplicativo simples como u Whatsapp tem restado um tormento, e muitas vezes não se consegue fazê-lo.

E por que dizemos que não há solução de curto prazo à vista? Há duas alternativas para trazer outros cabos de fibra ótica para Roraima; uma vinda de Barcelos, no Amazonas, que viria através de cabo subfluvial pelos leitos dos rios Negro e Branco, desde aquela cidade amazonense até Caracaraí, de onde chegaria a Boa Vista por via terrestre margeando a BR-174. Seria parte integrante do programa Amazônia Interconectada, do governo federal, que está sendo construída pelo Exército brasileiro. O custo da obra está avaliado, em números redondos, em R$ 80 milhões, recursos que não existem no programa do governo federal, e cujo aporte depende da decisão dos parlamentares federais roraimenses de apresentarem uma emenda de bancada ao orçamento da União. E se eles decidiram assim, somente para 2023 tais recursos poderiam estar disponíveis.

Outra possibilidade para trazer cabo de fibra ótica até Roraima é desde Georgetown, a Capital da República Cooperativista da Guiana. Seriam cerca de 600 km de extensão cortados por uma estrada que liga o litoral guianense à cidade Lethen, fronteira com Bonfim, no Brasil. De lá, margeando a BR-401 o cabo seria trazido até Boa Vista. O trajeto é por tanto, feito quase integralmente por via terrestre, com a necessidade de atravessar um único rio de médio porte, quando a utilização do cabo subaquático seria necessária. Embora de construção mais fácil do ponto de vista tecnológico, a construção desse cabo de fibra ótica desde Georgetown até Boa Vista requer acordo internacional entre os dois países, o que demora por conta de negociações, que têm ritmo próprio.

SEM CONTROLE

O alerta vem do deputado federal Renato Queiroz (PSD) que assumiu a vaga na Câmara Federal deixada pelo deputado federal Haroldo Cathedral (PSD) que pediu licença por quatro meses: o governo federal abandonou Pacaraima, a cidade fronteiriça do Brasil com a Venezuela. Em entrevista a Rádio Folha FM 100.3, ontem (domingo), Queiroz disse que visitou aquela cidade e pode constatar a situação caótica criada pela imigração descontrolada, e não fiscalizada de venezuelanos. Os venezuelanos entram e saem do território brasileiro sem a menos fiscalização e controle, segundo ele, só os que desejam passam pelo Posto de Triagem da Polícia Federal e do Exército Brasileiro. O resto pode chegar facilmente a Boa Vista e outros municípios roraimenses até mesmo sem qualquer documento. Renato Queiroz também criticou a falta de liberação de recursos do governo federal para a Prefeitura Municipal de Pacaraima.

PRAZO

Termina hoje, 18.04, o prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que os partidos políticos encaminhem ao Tribunal Regional Federal a listagem final de filiados. À princípio, termina a possibilidade de políticos mudarem de partido, ou mesmo, assinarem a ficha de filiação caso não estejam filiados nalguma sigla. Assim, é possível que alguns dirigentes partidários parem de esconder o jogo revelando os nomes de pré-candidatos que irão disputar o pleito. Como disse um pré-candidato ao Senado Federal: “É preciso ter cautela na divulgação da candidatura. Tem gente comprando tudo que é possível para evitar competição”. De outro lado, já tem gente divulgando até possíveis eleitos, mesmo que ainda não se saiba na totalidade o rol de pré-candidatos.

RECORDE

A área plantada com grãos; especialmente de soja milho e arroz, em Roraima na presente safra pode atingir 200.000ha. A projeção do feita pelo economista Emerson Baú, que é secretário estadual de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação, em entrevista, ontem, ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3. O secretário informou que muitos agricultores locais compraram adubos e corretivos ainda no ano passado, por isso escaparam do cavalar reajuste de preços por conta das escaramuças causadas pela invasão russa ao território ucraniano. Ainda bem. Emerson Baú também disse que um pouco mais de 10% da soja produzida nesta safra no estado será beneficiada aqui mesmo.