Jessé Souza

JESSE SOUZA 11575

Um lamento da linha de frente da Educação que precisa ser ouvido

Jessé Souza*

O momento da pandemia é crítico, e todos sabemos disso. Por isso, hoje abro espaço para um leitor que enviou uma mensagem falando de seu problema dentro da educação estadual.

Ele comentou que é supervisor escolar efetivo do Governo do Estado de Roraima e que está enfrentando uma situação difícil dentro desse quadro de pandemia, quando os servidores da linha de frente da educação estão reivindicando um tratamento especial.

Conforme denúncia formalizada por ele, na Ouvidoria do Estado, existe um decreto estadual que estabelece que os servidores da Educação, por conta da idade e comorbidades, devem trabalhar em home office, mas que muitos gestores das escolas estão exigindo a presença física desses profissionais.

De fato, se há um decreto neste sentido, então é necessário que ele seja seguido para o bem não apenas destes profissionais, mas também pela coletividade que pode ser atingida por qualquer falha nessas medidas de distanciamento social.

Porém, esse profissional relata que, por conta de seu posicionamento, foi mandado embora de duas escolas públicas estaduais em Boa Vista,apenas pelo fato de cobrar o cumprimento legal estipulado pelo decreto estadual que ampara todos os profissionais nas condições relatadas por ele.

“Na última escola, a gestora, depois que eu postei no grupo da escola uma orientação para os professores, me ligou e avisou que meu memorando já estava na Secretaria de Educação e que eu deveria ir ao RH para saber pra onde iriam me mandar agora”, relatou

De fato, uma preocupação consistente em se tratando de uma regulamentação legal e de um número de profissionais considerável que estão protegidos por um decreto. Já não basta o negacionismo praticado pelo líder da nação e o número de profissionais de Educação que morreram por coronavírus.

Esta coluna sente-se no dever de comentar sobre este assunto, pois o momento em Roraima é crítico em relação à pandemia e qualquer fato que atenta contra as normas legais precisa ser levado a pública, diante de um país dominado pelas fake news e pela lavagem cerebral de quem quer negar os riscos desse vírus terrível.

Os profissionais de Educação também estão na linha de frente e precisam estar sob proteção, seja com prioridade na vacinação como também atendendo às determinações legais impostas pelas medidas de prevenção e combate ao coronavírus, conforme determina o decreto estadual.

Com a palavra, as autoridades responsáveis, especialmente a Ouvidoria da Educação, que normalmente é um dos setores não funciona e que só serve como cabide de emprego, na maioria dos casos.

*Colunista