Jessé Souza

JESSE SOUZA 11792

Há tempos que quiosques municipais esperam por melhorias

Jessé Souza*

A Prefeitura de Boa Vista poderia fazer muito mais pelos donos de quiosques, além de isentar o pagamento da taxa mensal pela ocupação do espaço público, dentro das medidas adotadas em virtude da pandemia de coronavírus. Há tempos que vários desses locais não passam por uma obra de manutenção, muito menos de reforma do espaço físico.

Nos últimos anos, as revitalizações pelo município só ocorreram nas praças, a exemplo do Complexo Poliesportivo Ayrton Senna, que não só foram reformadas como também ganharam nova estrutura, mais moderna. Houve local por lá que já passaram por duas reformas seguidas, a exemplo do espaço em frente ao cinema.

Mas existem outros quiosques que há tempos precisam de melhorias em sua estrutura. No Mercado Municipal Sabá da Floresta, no bairro São Vicente, há cinco anos a estrutura com 26 quiosques precisa de reparos. As chuvas que começaram a cair revelam um telhado cheio de goteiras, provocando transtornos aos consumidores e prejuízos aos vendedores.

Nem adianta dizer que os administradores do local desconhecem a realidade, pois o mercado dispõe de um serviço de monitoramento por câmeras instaladas nos corredores. A chuva que caiu na manhã de ontem foi bem propícia para mostrar que há pontos no telhado que se tornaram verdadeiras “cachoeiras” caindo do teto.

Por ter um público de classe social menos abastada, o mercado do São Vicente acaba sendo esquecido, apesar de por lá existir um quiosque por onde circula a classe média, no café da manhã, cujos permissionários acabam tendo que tirar do próprio bolso para manter a estrutura física em condições adequadas.

Nos demais, especialmente nos que vendem refeição na hora do almoço, a precariedade na estrutura pode ser notada por quem frequenta o local, cuja situação piora em dias de chuva. Esses permissionários mal conseguem ganhar para manter seus negócios e não têm condições de arcar com os reparos necessários na estrutura física.

Até agora, a prioridade máxima foram o complexo Ayton Senna e o Parque do Rio Branco, que se tornaram o “bibelô político” da administração anterior. Agora, com uma nova administração, quem sabe chegará a vez daqueles espaços que não chamam atenção política.

É o mínimo que a Prefeitura pode fazer com quem está sofrendo as duras consequências das medidas restritivas por causa da pandemia, cujos permissionários ainda são submetidos a prejuízos financeiros e constrangimentos por causa da estrutura física que não suporta uma chuva de inverno.

Então, fica o questionamento: quando chegará a vez dos pequenos depois de uma administração que deu prioridade a áreas centrais, a exemplo do que vem ocorrendo com o asfaltamento de avenidas de bairros nobres já asfaltadas?

*Colunista