AFONSO RODRIGUES

Lembrar o bom sempre faz bem

“A alegria é o fogo que mantém aceso o nosso objetivo, e acesa a nossa inteligência”. (Helen Keller)

Já prestou atenção a como você se sente feliz quando se lembra de algo que o fez feliz no passado? E normalmente a felicidade chega com as coisas mais simples já vividas. Ontem pela manhã aconteceu comigo. Estávamos à mesa do café da manhã quando a televisão falou sobre o Sérgio Reis. Comecei a desenhar, na minha cara feia, lembranças de décadas passadas, com relação a Sérgio Reis a que assisti. Saí do café e vim para o computador, não pensando no Sérgio, mas procurando assunto para o papo de hoje. De repente li o título de uma matéria do genial Walber Aguiar. Novamente senti saudade de velhos, não tão velhos, tempos. E foi o que me fez feliz o dia todo. Lembranças que continuarão me fazendo feliz, navegando em mares calmos e saudosos.

Do Sérgio Reis lembrei-me de apresentações a que assisti, dele, na época da jovem guarda, no Rio de Janeiro. Não estou fazendo nem contando histórias, mas lembrando de momentos que me fizeram feliz, mas sem detalhes. À época o Sérgio usava um carro da época, todo aberto. E quando ele saía do espetáculo entrava no carro sem abrir a porta. Ele pulava e caía sentado, na cadeira do carro. Sempre ri quando via aquilo. Algumas décadas depois, eu estava na Serra da Cantareira, em São Paulo, na casa de minha sobrinha, Lucinha, que era diretora do colégio local. À tarde saímos para um passeio. Quando passamos em frente a uma casa, sua vizinha, ela a Lucinha falou:

– Sabia, tio, que essa é a casa do Sérgio Reis? Ele mora aí.

Sorri e seguimos. Sempre que eu visitava a Lucinha, sorria quando passávamos pela casa do Sérgio Reis. E o sorriso vinha porque eu pensava se eu fosse um admirador fanático, o quanto o teria aborrecido, em ir sempre cumprimentá-lo. Mas nunca fui nem iria. E ele nunca imaginou que isso aconteceu. E vai daqui um abração para o Sérgio Reis.

Meu dia, ontem foi muito legal. Passei o dia todo pensando em pessoas que eu gostaria de encontrar, hoje, para um abraço quebra-costelas. E um dos amigos desejados é exatamente o Walber Aguiar. Há uma lista de grandes personagens da cultura roraimense que faz parte de minha vida. E nunca apagarei um só nome dessa lista que nunca enferrujará. São pessoas que sempre farão de mim um recordista de amizades construtoras. Se eu fosse mencionar os nomes não haveria espaço suficiente por aqui. Walber Aguiar, um abração bem forte de um dos seus admiradores que mais estima-o e respeita. E a todos os que fazem parte desse grupo que sempre me orgulhou e me fez feliz. Pense nisso.

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