Bom dia,

Hoje quarta-feira (21.07). A notícia pegou todos de surpresa. No meio da tarde de ontem (terça-feira) começa a circular o boato de que o ex-deputado federal Aírton Cascavel sairia do comando da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), cargo que ocupava faz muito pouco tempo. No começo da noite veio a notícia de que o boato era verdadeiro, e de que por motivo de problemas relativos à sua saúde -fora testado positivo para a Covid19 pela segunda vez-, ele apresentara ao governador Antônio Denárium (sem partido) seu pedido de exoneração do cargo. É o oitavo secretário estadual de saúde do atual governo, o que dá um média de menos de quatro meses para cada administração da Sesau nesses poucos mais de 30 meses de governo Antônio Denárium.

Embora não se saiba a gravidade do estado de saúde de Airton Cascavel, o que não foi divulgado oficialmente, é pouco crível que sua saída do cargo se deva, exclusivamente, a este motivo. Ele pareia muito à vontade como dirigente da Sesau, bastante proativo, era um secretário que não fugia de suas responsabilidades e tocava novos projetos para melhorar o serviço público no setor de saúde estadual, inclusive, estudava a terceirização dos alguns setores e unidades daquela pasta. Parecia motivado, e sempre presente nas unidades de sua secretaria, não dava sinais de descontamento, ou incômodo, no exercício de seu cargo. E neste cenário, até por uma questão de respeito e consideração, o natural seria pedir afastamento temporário para cuidar da saúde pessoal.

Se a exoneração de Aírton Cascavel não se deu, exclusivamente, por motivo de saúde, parece quase certa a existência de forças, ainda não reveladas, dentro da administração de Antônio Denárium, que ainda não aceitaram as indicações para os vários dirigentes da Sesau nesses quase 2,5 anos de governo. Se isso for o caso para tantas mudanças, num setor tão estratégico diante do quadro de pandemia que se abate sobre o estado, é inaceitável. O melhor seria que a próxima escolha do dirigentes da Sesau estivesse identificada com as forças políticas que querem ter o setor sob sua influência. Haveria pelo menos continuidade de ação, afinal, com média de quatro meses para cada gestor até agora escolhido para a Sesau, resta improvável que o setor seja melhorado.

PRÓXIMO 1

A Secretaria de Comunicação Social do governo estadual anunciou que o ex-secretário de Saúde, Airton Cascavel, vai ser substituído, interinamente, pelo médico Alexandre Salomão, que é atual secretário-adjunto do órgão. Salomão foi secretário da Sesau na administração de José de Anchieta, já falecido. Desde o anúncio da saída de Cascavel, o que se diz nos bastidores da política local é que o nome mais forte para o substituir no comando da Sesau é o da advogada Cecília Smith Lorenzom, atual presidente da Centrais Energética de Roraima (CERR), que se encontra em processo de extinção. Lorenzom já foi secretária da Secretaria Estadual de Saúde, na administração de Antônio Denárium.

PRÓXIMO 2

Fontes extraoficiais informam à Folha que  para substituir Airton Cascavel na titularidade da Secretaria de Estado Saúde (Sesau), outros dois nomes estão sendo cotados dentro do governo para assumir àquela pasta: Além da advogada Cecília Lorenzom, estariam no páreo, a administradora  Gerlane Baccarin, atual secretaria estadual da Representação do Estado de Roraima em Brasília (Serbras) e o secretário-adjunto de Administração, o advogado Leocádio Vasconcelos, que também já foi titular da Sesau..

IMPEACHMENT

Pois é, como são frágeis os mecanismos de estabilidade da República federativa do Brasil. O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) entrou em rota de colisão com o vice-presidente da Câmara federal, o deputado federal amazonense Marcelo Ramos (PL), a quem chamou de inexpressivo, depois de responsabilizá-lo diretamente pela aprovação do aumento cavalar do Fundo Eleitoral para 2022. Ramos presidiu a sessão da Câmara dos Deputados (CD) que aprovou, à toque de caixa, a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) da União para o próximo ano. Agora, se Arthur Lira (PP-AL) viajar para o exterior e Ramos assumir interinamente, por um dia, a presidência da CD poderá aceitar um, das centenas de pedidos de impeachment contra Bolsonaro, que tramitam lá. É molhe?

VACINAS

Sobre as vacinas contra a Covid-19, que supostamente foram retiradas da Operação Acolhida e levadas para serem aplicadas em servidores do Tribunal de Justiça de Roraima (TJ-RR), o senador Telmário Mota (Pros), que fez a denúncia nesta terça-feira (20), informou que acionou o coordenador da Acolhida em Roraima, general Antônio Manoel de Barros, para que se posicione sobre a questão. E que vai encaminhar a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que tomem as medidas cabíveis.

SEM ÔNUS

A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) publicou, no Diário Oficial do Estado (DOE) da semana passada, o termo de reconhecimento e ratificação do Processo N° 22101.002771/2021.79, com a dispensa de licitação para contratação Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), com sede em Brasília, que será responsável pela organização e realização do concurso público para o provimento de 30 cargos efetivos de Auditor Fiscal de Tributos da pasta. No DOE, de ontem (20.07), foi publicado o Extrato de Contrato Nº 18/2021, que estabelecendo que as despesas oriundas da execução dos serviços, serão custeadas pelo valor cobrado a título de inscrição no concurso público, não havendo ônus para o estado.

 

NOVO ADJUNTO

E a Controladoria-Geral do Estado de Roraima (CGE-RR) tem novo adjunto, conforme o Decreto Nº 980-P, de 19 de julho de 2021, assinado pelo governador Antônio Denárium, conforme publicação no DOE desta terça-feira (20). Trata-se de José Carlos dos Prazeres Melo, que era diretor do Departamento de Análise Contábil, Gestão e Ajuste Fiscal da própria instituição. Ele assume o cargo no lugar de Jonas Guilherme Nogueira de Carvalho.