Bom dia,

Hoje é quarta-feira (04.11). O Congresso Nacional deve votar hoje o veto de presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à prorrogação de desoneração de encargos previdenciários a um grupo de empresas -todas geradoras de milhões de empregos-, que terminará em dezembro deste corrente ano de 2020. A apreciação do veto vem desde julho último e ainda não foi apreciado pelos congressistas porque o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (Democratas-AP), que é candidato à reeleição, vem postergando colocar a matéria para votação a pedido do governo. Até ontem, terça-feira (03.11) a equipe econômica resistia ao iminente veto -faz tempo que se formou uma maioria entre deputados federais e senadores pela derrubada-, mas negociações com os líderes governistas parecem indicar que, finalmente, as empresas saberão como se planejar para 2021.

As empresas beneficiárias da prorrogação de desoneração -sem ela a contribuição previdenciária é de 20% da folha salarial, e com ela a base de contribuição é o faturamento das empresas com alíquota entre 2% a 4,5%-, geram mais de sete milhões de empregos. Sem à derrubada do veto, a expectativa é de que mais de um milhão de trabalhadores e trabalhadoras perderão o emprego, num país em que o desemprego já ultrapassa 14% da força de trabalho. Na verdade, esses números são mais dramáticos quando se leva em conta gente que não procura mais emprego -os chamados desalentados-; os subempregados e os que trabalham sem carteira assinada, o que eleva para mais de 40 milhões de brasileiros e brasileiras, pais e mães de familiar, que não têm de onde tirar o sustento nossa de cada dia.

Estamos registrando esses números para mostrar o quanto o Brasil é uma nação refém de interesses menores, capazes de inviabilizar a resolução de nossos graves problemas. Foram quase cinco meses de protelação para a votação do veto presidencial porque o presidente do Congresso Nacional decidiu agradar apenas o interesse da equipe econômica para não perder o apoio do governo à sua reeleição, que entre outras coisas, é aparentemente ilegal. Tudo ao custo da iminente demissão de milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Pobre país.

ASFALTAMENTO

O governador Antônio Denárium (sem partido) faz publicar por redes sociais a expedição da ordem de serviço para o início da recuperação asfáltica da rodovia estadual que serve a cidade de Tepequém, hoje o ponto turístico preferido dos roraimenses. É sempre bom saber de obras de infraestruturas, mas o ideal é que ela esteja dentro de um conjunto de políticas públicas capazes de promover o desenvolvimento econômico, no caso, a criação de um conjuntos de medidas para tornar aquele polo turístico um fator de geração de emprego e lazer para a população do estado. 

VELHOS TEMPOS

Faz algum tempo, um vereador de Boa Vista perdeu o mandato e ficou inelegível a pedido do Ministério Público, que o processou por improbidade. O crime cometido pelo parlamentar? Ele contratara um servidor para seu gabinete que não aparecia na Câmara de Vereadores porquanto desempenha as atividades de pedreiro na residência do parlamentar. Hoje o que mais existe no estado é gente paga com o dinheiro público para trabalhar para políticos, especialmente nas redes sociais para cantar loas a quem lhe paga, ou espalhar notícias falsas contra adversário. E ninguém faz nada, apesar de ser um crime facilmente provável. Alô, Ministério Público, o que dizes sobre isso.

SEMPRE ELES

Em documento encaminhado à Justiça cerca de três meses antes da nova fase da Operação Descarte, a ‘Silício’, deflagrada na ultima quinta-feira, 29, o delegado federal Fabrício de Souza Costa, responsável pelos desdobramentos da investigação, detalhou a existência de um suposto esquema usado por dirigentes do banco BMG para repassar propinas a políticos do MDB. A suspeita é que os beneficiários tenham sido o ex-senador Romero Jucá e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. No relatório de 86 páginas, a Polícia Federal afirma que a operação movimentou R$ 2,3 milhões e foi dividida em duas etapas supostamente articuladas por Milton de Oliveira Lyra Filho, apontado como operador financeiro do partido.

GARIMPO ILEGAL

O líder Yanomami Dário Kopenawa, denunciou em rede social a situação do garimpo no Rio Herou, na região da Maloca Papiu na Terra Indígena Yanomami. Com um vídeo mostrando a destruição da mata e a contaminação do rio, Dario relata que além da destruição, os garimpeiros trazem doenças que já contaminaram 1.200 índios. Esta semana, representantes da Associação Hutukara foram a em Brasília para entregar a denúncia nas mãos do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão PRTB), que garantiu que resolverá o problema. 

VISITA

E por falar em Mourão, está previsto que o vice-presidente, na companhia de diplomatas, fará um sobrevoo de avião pela Amazônia na semana que vem para verificar o desmatamento da região. Também está prevista, para dezembro, a visita do general vice-presidente da República à Roraima.  Ele deve participar do lançamento do Roraima 2030, o novo plano de desenvolvimento do estado, e terá uma agenda intensa com o governador Antônio Denárium (sem partido).

AGRICULTURA FAMILIAR

Mais de 400 famílias de pequenos agricultores de Roraima receberão apoio para vender cerca de 2,3 mil toneladas de produtos, entre frutas e hortaliças. A ação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverá contar com recursos na ordem de R$ 2,56 milhões do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os produtos adquiridos pela modalidade Compra com Doação Simultânea poderão beneficiar aproximadamente 53,5 mil pessoas em situação de insegurança alimentar atendidas pelos equipamentos da rede socioassistencial do estado. Os projetos aprovados em Roraima abrangem seis municípios.