GALVÃO SOARES Personagem Vivo da História das Comunicações em Roraima
Francisco Galvão Soares é um dos maiores conhecedores das Comunicações, principalmente do Rádio em Roraima. Todo este cabedal deve-se ao talento despertado desde adolescente, quando começou lendo as páginas da “Revista do Rádio” (Esta Revista circulou entre 1948 e 1970, e retratou o período de ouro das emissoras de Rádio brasileiras). Galvão Soares, também chamado de “Franco” (devido o “Francisco”), nasceu em Rondônia no dia 17/09/1944. Sua paixão sempre foi a Comunicação, de tal forma que iniciou como locutor de Serviço de Alto-Falante “A voz trabalhista do Bairro Raiz”, em Manaus; bem como noutro serviço “A voz das Serranias do Garimpo do Tepequém”, já em Boa Vista.
Na comunicação impressa, trabalhou no Jornal “A Tarde de Manaus”, aqui em Boa Vista, também no Jornal Boa Vista – como editor Esportivo; e no Jornal Folha Esportiva.
Em 1962 ingressou no quadro de locutores da Rádio Roraima (quando esta funcionava numa das salas da antiga Secretaria da Educação, no Centro Cívico), onde exerceu as funções de discotecário, diretor de programação e diretor comercial. E, em 1964 passou no concurso do Banco do Brasil, onde trabalhou durante 15 anos. Ainda assim, conciliando o trabalho bancário com a comunicação esportiva e comercial na Rádio Roraima, onde se tornou o gerente geral em 1975.
Em 12/09/1977, com a encampação da Rádio Roraima, pela Empresa Brasileira de Radiodifusão-Radiobrás-, o Galvão assumiu a gerência da Rádio Nacional de Boa Vista (novo nome, à época, da Rádio Roraima), até outubro de 1981.
Após sua passagem pela emissora (onde realizou excelente serviço, estruturando toda a Rádio, inclusive adequando os profissionais em suas respectivas funções), o Galvão foi convidado para gerenciar outra emissora, a Rádio Equatorial – FM (em 1983). E, em 1986, assumiu a direção da Editora Rio Branco /que deu origem, posteriormente, ao Jornal Folha de Boa Vista. Em 1992, passou a dirigir o núcleo de programação da TVE-Macuxi (hoje a TV e Rádio Universitária), e, em 1994, assumiu a Assessoria de Comunicação do Sebrae/RR.
Sempre voltado à área de comunicação e publicidades, Galvão Soares também esteve muito tempo na iniciativa privada, com a instalação de sua empresa “G.S. Publicidade, Produções e Promoções Ltda”, bem como outra empresa a “Close – Serviços, Indústrias e Comércio Ltda”-. Também foi criado o “Espaço Cultura, Divulgação e Comunicação “Marrêta”, destinado às pesquisas sobre Rádio & Comunicação e exposição de livros”.
Em 06/11/1997, Galvão retornou à Direção da Rádio Difusora de Roraima, e deu novo direcionamento à área administrativa e com à volta das transmissões ao vivo das partidas de Futebol, diretamente do Estádio Canarinho (Estádio Flamarion Vasconcelos), com locutores e narradores esportivos. E, quanto à programação, com novos quadros, inclusive o “Minha Rua Fala” – criado pela Jacy Cruz-, com pesquisas e apresentação do jornalista e radialista Francisco Cândido (tornou-se publicação no Jornal Folha de Boa Vista, às quartas-feiras).
A Rádio Roraima, sob sua gestão, dinamizou as transmissões externas e as reportagens ao vivo dos fatos e ocorrências nas ruas de Boa Vista, com locutores transmitindo de onde o fato estivesse ocorrendo. Além disto, promoveu shows e gincanas, com transmissão ao vivo, no pátio da emissora. Na área social, a Rádio Roraima passou a ser parceira na ajuda humanitária ao Hospital João Lindoso (Hospital espírita da Irmã Noêmia Bastos Amazonas), e da “Casa do Vovô”- à época dirigida pela Irmã católica, madre Camila..
Para o interior de Roraima, a programação continuou diversificada, com ênfase no programa de recados radiofônicos, o “Mensageiro do Ar” – o mais antigo da emissora, hoje já extinto – devido, em parte, à proibição de recados para área de garimpo.
Galvão Soares, neste seu último trabalho na Rádio Roraima, a dirigiu no período de 1997 ao ano 2004. Sendo que, neste interim (de 2000 a 2002), foi convidado para assumir a Secretaria Estadual de Comunicação Social do Governo de Roraima, conciliando as duas funções, com participação em palestras sobre Rádio e Radiojornalismo, na UFRR.
E, por fim, como atividade laboral, ministrou aulas, pelo Senac, em 2003, no Curso de Formação de Radialista, de iniciativa do Sindicato dos Radialista de Roraima.
Francisco Galvão Soares é filho do casal Raimundo Corrêa Soares (1918-1989), comerciante e músico, conhecido como “Marrêta”, e que tem seu nome homenageado no Corêto da Praça do Centro Cívico, e nome em uma rua no Bairro Calungá; e da senhora Deolinda Galvão Soares (1926-1999), que tem seu nome na antiga Rua S-16, nos Bairros Pintolândia e Santa Luzia, aqui em Boa Vista. Este casal, além do Francisco Galvão Soares, teve os filhos: Jeanne Soares Xavier, Joyce Galvão Soares (falecida), Francivaldo Galvão Soares, Francimar Galvão Soares, eFrancival Galvão Soares.
Galvão Soares, além de Radialista, é jornalista profissional, formado em Comunicação Social, pela Universidade Federal de Roraima –UFRR, em 2001.Casado com a jornalista Jacy de Souza Cruz Soares, tem os filhos: Franco de Souza Cruz Soarese Jules Rimet de Souza Cruz Soares. Assim como o filho, já falecido, Marcelo de Souza Cruz Soares.
Deles descendem os netos: Yuri Araujo Soares e Caio Franco Rodrigues Soares (filhos do Franco Soares com a jornalista Sinaida Carmo Rodrigues); Marcelo Rodrigues Soares (filho do Marcelo Soares); e Jéssica Raphaela de Souza Cruz Soares e Naharyme de Souza Cruz Soares (filhos do Jules Rimet com a senhora Meire Maria de Souza Cruz Soares).