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O CIGS E A SELVA

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O CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva) foi criado pelo Decreto Presidencial nº 53.649 – de 02/03/1964, e está instalado em Manaus, no Bairro São Jorge. Tem como principais missões: especializar oficiais, subtenentes e sargentos em operações na selva; – orientar e adestrar forças da área da Amazônia, além de instruir os participantes dos Cursos de Operações na Selva sobre o correto uso dos recursos da floresta para os mais diversos fins.

O CIGS é reconhecido como a melhor escola de guerra na selva do mundo, sendo referência para mais de 28 países que já enviaram seus militares para aprendizagem de técnicas de guerra na selva. O atual comandante do CIGS é o Coronel Coronel Fábio Pinheiro Lustosa. E, no Comando Militar da Amazônia está o General-de-Exército Geraldo Antonio Miotto.

Como surgiu o CIGS:

O então major de artilharia Jorge Teixeira de Oliveira, conhecido como Teixeirão, servia no Núcleo de Divisão Paraquedista, foi mandado ao exterior e, ao voltar, criou o CIGS. Ele foi o seu primeiro comandante e o patrono da escola.

Jorge Teixeira também criou a expressão “Selva!!!”, que é usada pelos soldados do Exército em todos os quartéis na Amazônia. Esta palavra, dita firmemente, ecoa como um grito de guerra, bem como é pronunciada para saudação e prontidão na tropa.

Jorge Teixeira de Oliveira (“Teixeirão”) nasceu em General Câmara/RS, no dia 01/06/1921. Ingressou na carreira militar em 1942 e, após estudar na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), tornou-se aspirante-a-Oficial em 1947, e posteriormente, após várias promoções na carreira militar, chegou ao posto de Coronel.

Jorge Teixeira era paraquedista e especialista em guerra na selva, e dentre suas várias realizações, destaca-se: a criação do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), em Manaus, que comandou até 1971, e neste mesmo ano fundou o Colégio Militar de Manaus, onde ficou até 1973, passando para a reserva com a patente de coronel do Exército.

Em 1974 foi nomeado pelo presidente da República Ernesto Geisel, para o cargo de Prefeito de Manaus, permanecendo até março de 1979. E, no mês seguinte, foi nomeado pelo presidente João Figueiredo para governar o então Território Federal de Rondônia, com a missão de transformá-lo em estado, o que de fato aconteceu: Rondônia se tornou Estado no dia 22/12/1981, e o coronel Jorge Teixeira foi empossado como governador de Rondônia no dia 30/12/1981.

Como governador de Rondônia, realizou o asfaltamento da rodovia BR-364; a construção da usina hidrelétrica de Samuel, o Porto do rio Madeira, a criação do Banco do Estado de Rondônia (Beron), a Companhia de Mineração de Rondônia;

E, também a indicação da primeira mulher secretária estadual de Planejamento do país, que interinamente assumiu o governo do estado durante o mês de janeiro de 1984, devido ao afastamento de Jorge Teixeira para tratamento médico.

Jorge Teixeira governou Rondônia até abril de 1985, sendo substituído por Ângelo Angelim, indicado pelo presidente José Sarney.

Jorge Teixeira de Oliveira (“Teixeirão”) faleceu no Rio de Janeiro, no dia 28/01/1987. Era casado com Aida Fibiger de Oliveira, com quem teve um filho: Rui Guilherme Fibiger Teixeira de Oliveira.

FRONTEIRA – Roraima tem a terceira maior linha de fronteira do País, em um total de 1.922 quilômetros, atrás apenas do Amazonas e Acre. O “Teixeirão” comandou as tropas brasileiras em Roraima, nas localidades de Bonfim, Normandia, Surumu e Marco BV 8 para fazer face aos problemas advindos da revolução ocorrida em Rupumuni, em 1969 na Guiana.

INFANTARIA (das Armas, a rainha): no dia 23 de maio de 1969, através do Decreto nº 64.497, foi criado o Comando de Fronteira de Roraima (CFR), com sede em Boa Vista. E, no mesmo ano a 9ª Companhia de Fronteira foi transformada no 2º Batalhão Especial de Fronteira, através do Decreto nº 65.133.

Tempos depois, o Batalhão Especial ampliou o seu efetivo militar e hoje é o 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º BIS), instalado em seu quartel no Bairro Marechal Rondon. O Comandante do 7º BIS é o Tenente-Coronel de Infantaria Luis Antonio de Almeida Junior.

Em Roraima, o Exército mantém um efetivo de mais de 3.000 militares (em suas diversas Unidades), tanto na capital Boa Vista quanto no interior do Estado, inclusive nas principais localidades fronteiriças com outros países.

As unidades militares que compõem o Exército brasileiro em Roraima, são:

– A 1ª Brigada se Infantaria de Selva (“Brigada Lobo D`Almada”), tendo como comandante o General-de-Brigada Adriano Fructuoso da Costa;

– O 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7° BIS);

– O 12° Esquadrão de Cavalaria Mecanizada (12º ECM);

– O 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva–(10º GAC);

– O 1ª Batalhão Logístico de Selva (1° B Log Sl);

– O 32º Pelotão de Polícia do Exército;

– A Companhia de Comando da 1º Brigada;

– O 3º Pelotão Especial de Fronteira (em Pacaraima), e mais os Pelotões sediados nas localidades de Uiramutã, Uauris, Surucucu, Bonfim e Normandia;

– A 6ª Delegacia do Serviço Militar;

– E, o 6° Batalhão de Engenharia de Construção (6° BEC).

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No dia 25 de Agosto comemora-se o “Dia do Soldado” brasileiro.

O atual Comandante do Exército Brasileiro é o general-de-Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Foi empossado pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, no dia 20/04/2021.

O ministro da Defesa é o general-de-Exército Walter Braga Netto.

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“Se defendendo essa brasileira Amazônia, tivermos de perecer, ó Deus, que o façamos com dignidade e mereçamos a vitória”. Selva!!! (Trecho da “Oração do Soldado da Amazônia”).