Minha Rua Fala

MINHA RUA FALA 14379

RUA SINDÔ BARBOSA

Patrono da Augusta e Respeitável Loja Maçônica

“Francisco Barbosa Monteiro” nº 6 – Oriente de Pacaraima.

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O apelido “Sindô” foi-lhe dado por sua mãe, à senhora Maria Pereira da Silva (irmã de Severino Mineiro – fundador do Município de Uiramutã), e por seu pai o senhor Alexandre Barbosa Monteiro.

O Senhor Sindô, cujo nome verdadeiro era Francisco Barbosa Monteiro, nasceu em 1917 na cidade de Ingá na Paraíba. Era casado com a senhora Lídia Gomes Barbosa. Esta veio a falecer e Sindô Barbosa se fechou em luto.

Tempos depois, e até para ajudar a criar os filhos (Felinto Barbosa Monteiro e Alexandre Barbosa Monteiro, e as filhas Maria Coelho e Iracema – casada com o senhor Edson Castro – nome de Rua no Bairro Buritis), Sindô resolveu casar-se novamente, desta vez com a senhora Maria Josefa (Dona Zefinha), e com ela e os filhos veio para Boa Vista, ficando na Paraíba a pequena Maria Coelho. O ano era 1936.

O convite para vir à Boa Vista partiu do seu tio o senhor Severino Pereira da Silva (Severino Mineiro) que era garimpeiro de Ouro e Diamante no Uiramutã.

Aqui em Boa Vista, o Sindô com sua família, morava em uma pequena casa, onde tempos depois funcionou a Escola Estadual Princesa Isabel, na Avenida Jaime Brasil, no Centro da cidade. Ao lado há uma grande árvore Sumaúma.

Sindô e os filhos Felinto e Alexandre, foram para o garimpo viajando na lancha “Tetê”, do senhor Adolfo Brasil. Passaram pela fazenda “Casa Branca” do Tenente Cícero, alugaram três cavalos e partiram para o garimpo do Uiramutã, onde encontraram o tio Severino Mineiro. Depois foram para a região do Urucá, ainda no Uiramutã, onde passaram seis meses trabalhando na extração de Ouro. O resultado é que foi o suficiente para comprar uma casa em Boa Vista e uma fazenda, a qual deu o nome de: “Fazenda Monteiro”, no Surumú. E, o Sindô ainda fez uma viagem à sua terra natal Ingá, na Paraíba, para buscar a filha Maria Coelho.

Na volta, Sindô passou por Manaus e comprou um caminhão, o primeiro de Boa Vista. Este caminhão permitiu que Sindô transportasse mercadorias e trabalhadores para o garimpo até às margens do rio Uraricoera, numa viagem que durava um dia, devido, à época, não haver estrada de acesso.

Na sua labuta profissional, Sindô Barbosa foi também comerciante, dono da Loja “Rei das Redes”, na Rua Sebastião Diniz, Centro. Em sua vida familiar, foi um pai exemplar e muito dedicado à mulher (Lídia Gomes Barbosa) e aos filhos: Alexandre e Felinto, e as filhas Maria Coelho e Iracema Barbosa Monteiro Castro.

O filho Alexandre Barbosa Monteiro (27/07/1922 – 15/11/2010), foi Delegado de Polícia do Interior, Administrador do Município de Mucajaí e, posteriormente Oficial de Justiça. Era casado com Maria Dea Duarte, e pai da senhora Sivilda Duarte (casada com Aquilino da Mota Duarte, ambos já falecidos), e da senhora Geílda – esposa do ex-senador Mozarildo Cavalcanti, tendo um casal de filhos: a Juíza de Direito Geilza Cavalcanti e o filho Mozarildo Monteiro Cavalcanti – que é Desembargador e ex-presidente do Tribunal de Justiça de Roraima.

Em 1970, Alexandre Monteiro divorciou-se da senhora Maria Dea Duarte, e casou-se com a senhora Cléa Socorro Leite Monteiro, técnica em laboratório. Deste casamento nasceram os filhos: Widmark Josibias Leite Monteiro, Williams Jesus Nazareno Leite Monteiro, e Alessandra Jerusa Leite Monteiro.

Alexandre Monteiro foi homenageado pela Câmara Municipal de Boa Vista, com o Título de “Cidadão Boa-Vistense” (conforme Decreto Legislativo de nº 307, de 14/09/2004), e com o seu nome numa rua no Distrito Industrial de Roraima. A antiga Rua DI-L, foi redenominada para “Rua Alexandre Barbosa Monteiro”, conforme Lei Municipal de nº 1.320, de 19 de abril de 2011, publicada no Diário Oficial de nº 2930, de 28/04/2011.

Já o outro filho do Sindô (Francisco Barbosa Monteiro), o senhor Felinto Barbosa Monteiro, nasceu na cidade de Lagoa Grande, na Paraíba (27/12/1917 – 07/09/1998), e casou-se em Boa Vista com a Professora Maria Eugênia de Melo Monteiro (15/09/1918 – 20/02/1998). Ela tinha a “Escola de Datilografia Professor Diomedes Pinto Souto Maio”, no Centro da cidade. Maria Eugênia era filha do comerciante e fazendeiro paraibano João Pereira de Melo (Janjão) e da senhora Júlia Barbosa de Melo (a Vovó Júlia).

 O casal Felinto e Maria Eugênia, teve os filhos: Ivonete (já falecida), Benjamin Monteiro (o mais antigo Radialista na Rádio Roraima), Augusto Monteiro (aposentado pelo Tribunal de Justiça e Diácono da Igreja Católica), Tereza, Lydia, Oneide, Nazir (faleceu no dia 17/07/2021), e Sara Monteiro (trabalha na Assembleia Legislativa).

Ao separar-se da Professora Maria Eugênia, Felinto Barbosa casou-se com a senhora Ivanete Rangel Monteiro (“Baré”) – ela é Enfermeira na Maternidade de Boa Vista -, e tiveram os filhos: Regiane, Isnael e Francisco Felinto. Em homenagem ao senhor Felinto, a Câmara Municipal de Boa Vista aprovou um Projeto de Lei denominando uma avenida com o seu  nome. A antiga Avenida S-24, nos Bairros Santa Luzia e Senador Hélio Campos, passou a ter nova denominação: “Avenida Felinto Barbosa Monteiro”, conforme Lei municipal de nº 780/05, de 12/05/2005, publicada no Diário Oficial do Município de Boa Vista, de nº 1379 de 15/12/2005.

Quanto ao patriarca da Família Barbosa Monteiro, e personagem central desta reportagem, Sindô Barbosa (Francisco Barbosa Monteiro), este foi um dos fundadores da Igreja Batista e da Igreja Presbiteriana em Boa Vista.

Ele era Evangélico, mas também era Maçom.

Na Maçonaria, Sindô Barbosa (Francisco Barbosa Monteiro, Iniciado na Loja Maçônica Branca Dias, na Paraíba); foi um dos fundadores da Augusta, Grande Benemérita e Respeitável Loja Simbólica “Liberdade e Progresso nº 1”, situada na Rua Coronel Pinto, Centro de Boa Vista.

Inclusive, no dia 09/01/1940, em sua residência (onde hoje é a Escola Princesa Isabel, na Avenida Jaime Brasil), se reuniram os primeiros maçons de Boa Vista, dentre eles o coronel Pinto (o português Manuel Pereira Pinto, 31/08/1864 – 05/05/1965); Severino Pereira da Silva (iniciado em 11/08/1831, na Loja “Conciliação Amazonense”); Adolfo Brasil, Homero de Souza Cruz, Antônio Luitgards Moura; Antônio Pinheiro da Silva (iniciado em 15/11/1931 na Loja “Luz do Juruá”, no Amazonas); Manoel Afonso dos Santos Júnior (iniciado em 20/01/1933, na “Loja Coariense”, em Coari, no Amazonas); Hermínio Barronca (iniciado em 26/04/1938, na Loja 21 de Março); Antônio José de Vinhais (iniciado em 09/10/1938, na Loja “Firmeza e Humildade”), para deliberar, nesta reunião, a construção do primeiro prédio próprio para a primeira Loja Maçônica em Boa Vista, com o nome de “Liberdade e Progresso Nº 1”, cujo nome homenageava a extinta Loja Paz e Progresso do Rio Branco.

Sindô Barbosa (Francisco Barbosa Monteiro) foi também fundador de várias lojas maçônicas na Venezuela e também participou da fundação da “Loja 20 de Agosto” – do Grande Oriente do Brasil (situada na Rua Barão do Rio Branco esquina com a Rua Major Manuel Correia), ao lado da antiga Secretaria de Segurança.

Por sua dedicação à Maçonaria e pelo seu alto grau de conhecimento da Sublime Instituição, os maçons da Grande  Loja de Roraima, reunidos em Assembleia Geral, lhe consagraram uma Loja maçônica no Município de Pacaraima: a Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Francisco Barbosa Monteiro nº 6”, situada na Avenida Brasil, cujo atual Venerável Mestre é o digníssimo Irmão Cleber Alves Nogueira, através do qual homenageio todos os Irmãos maçônicos que compõem aquela excelsa Loja, fundada no dia 23/02/1991.

Aqui em Boa Vista, capital, também lhe foi prestada uma homenagem com o seu nome numa rua da cidade. Pena que na Placa erraram o nome do “Sindô Barbosa”. Escreveram: “Rua Sindeaux Barbosa”. Esta rua, no Bairro Mecejana, passa ao lado do Cinema Super-K. Ela nasce na Avenida capitão Ene Garcez e finda na Rua Pedro Rodrigues.