25 DE AGOSTO – DIA DO SOLDADO. _______________ “SIGA-ME OS QUE FOREM BRASILEIROS”!
Este foi o brado de guerra do Marechal-de-Exército Luiz Alves de Lima e Silva – o Duque de Caxias – na vitoriosa batalha de Itororó, no Paraguai, em 1868. Em homenagem ao aniversário do Duque de Caxias, 25 de Agosto de 1803, esta data é comemorada como o “Dia do Soldado brasileiro”. Hoje homenageio o “Soldado”, aqui representando todo aquele que serve militarmente à Nação Brasileira, seja ele soldado-recruta, tenente ou general. Todos são Soldados – Guerreiros do Brasil.
Ao ingressar nas Forças Armadas, o jovem rompe o conforto do lar e se transforma em militar combatente-3R: Rude, Rústico e Resistente. Supera a fadiga; sublima a dor e supera a inclemência.
No dia 23 de maio de 1969, através do Decreto nº 64.497, foi criado o Comando de Fronteira de Roraima (CFR), com sede em Boa Vista. E, no mesmo ano a 9ª Companhia de Fronteira foi transformada no 2º Batalhão Especial de Fronteira-BEF-, através do Decreto nº 65.133. No dia 31/03/1976 o Comando de Fronteira de Roraima/2º Batalhão Especial de Fronteira, ocupou suas atuais instalações (ao lado da 1ª Brigada de Infantaria de Selva) no Bairro Marechal Rondon. O antigo 2º BEF, hoje é o 7º Batalhão de Infantaria de Selva – 7º BIS.
Em Roraima, o Exército mantém um efetivo de mais de 6.000 homens, estando presente com a 1ª Brigada se Infantaria de Selva (“Brigada Lobo D`Almada”) e, mais: o 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7° BIS), o 12° Esquadrão de Cavalaria Mecanizada (12º ECM), o 6° Batalhão de Engenharia de Construção (6° BEC)-, o 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva–(10º GAC)-, a 1ª Brigada Logística de Selva (1ª BALOG), o 32º Pelotão de Polícia do Exército, a Companhia de Comando da 1º Brigada, a 6ª Delegacia do Serviço Militar, o 3º Pelotão Especial de Fronteira (em Pacaraima), e mais os quartéis nas localidades de Uiramutã, Uauris, Surucucu, Bonfim e Normandia.
Além de unidades militares do Exército, há também a Base Aérea de Boa Vista, a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Operação Ágata Conjunta – No dia 27/03/2022, ocorreu no Estado de Roraima a Operação militar “Ágata Conjunta”, com a participação das três Forças Armadas. Cerca de 1,5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estiveram envolvidos na missão, realizando ações preventivas e repressivas contra crimes de contrabando, descaminho e narcotráfico, além do combate à exploração mineral e garimpo ilegais, praticados na faixa de fronteira. Também, reforçaram o controle aduaneiro e apoiaram a população mais necessitada com Assistência Social aos indígenas e demais residentes na faixa de fronteira.
Para isso, utilizaram um Navio de Assistência Hospitalar, onde foi prestado atendimento médico e odontológico à população ribeirinha.
Também participaram da Operação Ágata, a Polícia Federal, Ibama, Instituto Chico Mendes (meio-ambiente) e Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. A iniciativa fortaleceu a presença do Estado, principalmente em áreas mais remotas.
Soldado! Certamente haverá um dia em que alguém te dirá em tom irônico, que o Brasil não vai à guerra desde as batalhas no Paraguai e nos campos da Europa por ocasião da 2a Guerra Mundial e, portanto, Soldado, no presente tu não tens serventia, e és um estorvo para teu País. Não ligues, Soldado. Não deixe tais comentários, lançados em teu rosto como cusparada vil, te roubarem a calma ou te perturbarem o coração. Antes de te sentires magoado, responda serenamente:
“Meu amigo, assim falas porque não me viu amparar os sofridos sertanejos nas matas nordestinas; a curar os enfermos nos grotões da Amazônia, a socorrer os flagelados pelas enchentes no Sul e Sudeste; a agasalhar as vítimas do frio no Rio Grande do Sul; a levar socorro médico aos ribeirinhos do alto e baixo rio Branco em Roraima, entre outras ações humanitárias, que não vem ao caso aqui mencionar, porque não propalamos os benefícios que fazemos, nem o trabalho que realizamos para bem servir à Pátria e ao povo brasileiro.
Você que me ofende assim falas, porque jamais sentistes a dor da saudade dos teus amores a aumentar a cada instante, sob o peso das longas jornadas e das imensas distâncias, pelos confins deste País de Meu Deus! Assim falas porque jamais pesou sobre teus ombros a responsabilidade de transformar no Quartel meninos em homens, forjando-lhes o caráter e dando-lhes maturidade para tomar as rédeas de suas vidas nas próprias mãos.
Jamais soubestes o que é passar dias e noites caminhando sob a chuva e frio, sentindo o vento minuano nos pampas gaúchos ou a castigar-te o corpo o vento frio da “Cruviana” nos lavrados de Roraima. Nunca tivestes que enfrentar a imensidão verde e abafada da floresta, dias a fio, sobrevivendo apenas do que a mata te oferece. Em tempo algum transpusestes sob o Sol escaldante as caatingas de espinhos no Centro-Oeste, ou jamais vadeaste a peito nu um rio na Amazônia em noite de agosto. Enquanto isto, você dormia, calma e profundamente, enquanto eu, nas fronteiras, velava por tua guarda e segurança. Falas assim amigo, porque não estava ao meu lado ajudando a mitigar o sofrimento do povo de Angola e do Timor Leste, de Honduras e da Nicarágua, do Peru, da Bósnia e do Haiti.
Ah! Meu amigo, se tu me visses abrindo dois mil quilômetros de estrada, de Cuiabá a Rio Branco, ou cortando 800 quilômetros de floresta abrindo caminhos na mata para construir a BR-174, de Manaus a Boa Vista para que descobrisses um novo Brasil, certamente não falarias assim. Ah! Se tu tivesses chorado comigo os companheiro mortos cumprindo seu dever em outros países, e também aqui nos recantos do interior da nossa Pátria, entenderias porque existo.
Mas, amigo, não te sinta constrangido. Apague do rosto essa expressão envergonhada, pois não tens obrigação de saber disso tudo, assim como não é meu papel alardear o que faço, mas sim, trabalhar simplesmente, pois a obediência, a renúncia e a humildade, que em outros seriam apontadas como grandes virtudes, para nós Soldados espelham apenas o dever de toda uma vida. Saiba, porém, que onde estiveres, estarei sempre guardando teu sono, silencioso e anonimamente, como convém a todos os SOLDADOS deste nosso rincão. E, saiba ainda que: mesmo os que estão na Reserva militar, ainda que não enverguem mais a farda, estes continuam tendo em si a pele camuflada pelo
amor pátrio.
Apura agora teus ouvidos no som que sai do meu ufano peito e ouvirás, emanado do meu coração, o meu grito de guerra: SELVA! BRASIL!!!.
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