A CRIANÇA E O PROFESSOR – CADA UM APRENDE À SUA MANEIRA
Existem crianças altas e baixas, loiras e morenas, gordas e magras. Algumas nasceram em lares com pai, mãe e irmãos, todos alfabetizados e leitores. Outras nem conhecem os pais, moram com os avós, os tios, um parente distante. Muitas viajam nas férias. Conhecem o mar, o mato e gente de lugares variados. Há quem nunca tenha saído do bairro em que nasceu. Ninguém é igual a ninguém. Cada pessoa tem uma história particular e única, formada por sua estrutura biológica, psicológica, social e cultural. As crianças são o resultado de suas experiências. E é assim na vida, é assim na escola. E, o bom professor é aquele que ensina o que sabe e aprende com quem ensina.
Ao longo da história da Educação em Roraima, as escolas têm sido o vetor das transformações. Nesta cronologia histórica, registramos a “Escola São José”, inicialmente como “Grupo Escolar”, na Rua Floriano Peixoto, no Centro, a primeira escola construída em Boa Vista, em 1924, sob a direção dos padres da Ordem dos Beneditinos.
Outra que merece registro é a primeira escola pública, o Grupo Escolar Lobo D’Almada – conforme o Órgão Oficial (Diário Oficial da época) nº 039, datado de 22/03/1945 -, situado à época na Avenida Jaime Brasil, esquina com a avenida Getúlio Vargas. Hoje o prédio está situado na rua Benjamin Constant, próximo ao Centro Cívico. Foram matriculas inicialmente 129 alunos e contratadas as primeiras professoras: Jacobede Oliveira (professora, diretora e esposa do Diretor da Divisão de Ensino, o professor João Chrisóstomos), Maria C. Matos, Lindalva Liberato e Isnal Andrade. As contratações das professoras foram divulgadas no Órgão Oficial n.º 48 de 20/04/1945.
Na década de 1950, havia outras escolas que davam suporte à Educação, como o Grupo Escolar Professor Diomedes Pinto Souto Maior e o “Jardim de Infância Princesa Isabel”, situado na Avenida Jaime Brasil, diante da Praça Capitão Clóvis. Antes de se tornar Escola Princesa Isabel, o seu primeiro nome era “Escola Darcy Vargas” – em homenagem à esposa do presidente da República, Getúlio Vargas. A Escola Princesa Isabel foi tombada como Patrimônio Histórico de Boa Vista, através da Lei nº 418, de 19/05/1997, publicada no Diário Oficial do Município, sob o nº 052, de 12/06/1997.
Há de se registrar, também, o Ginásio Euclides da Cunha (GEC) – hoje Escola -, fundado em 1949 pelo professor Aloísio Neves, instalado oficialmente no dia 6 de setembro de 1950 e, no ano seguinte, foi cedido para a Prelazia do Rio Branco. Em 1997, foi denominada Escola Estadual Euclides da Cunha, e em 2000, foi adquirida pelo Governo do Estado.
Tantas e tantas outras escolas estão registradas na História da Educação em Roraima. E, neste tabuleiro de questões está a figura do Professor. É ele o abnegado que abraçou a profissão do magistério, imbuído dos melhores propósitos e predestinado a servir à causa educativa. Na sala, no campus ou na pesquisa, ambos moldam-se no mesmo processo de formação pessoal. Professor e aluno, no constante jogo de ensinar e aprender, acabam se conhecendo tão bem que se consubstanciam na argamassa da qual são feitos.
Assim é que, a 15 de outubro de 1827, quando o Imperador Dom Pedro I decretava a criação das primeiras escolas primárias no Brasil, criava-se também a figura da professorinha – ente que sempre povoou nossos sonhos de infância. Surgia também o mestre, o professor, o “Pioneiro do Saber”, “o Apóstolo da Educação”. Aqui chamado de “Apóstolo” por força de expressão, mas que muito justo e lícito seria reconhecê-lo como tal (enquanto profissional e enquanto agente do processo de democratização do saber) .
Quando se trata de Educação com qualidade, há de se registrar o Colégio Militar Estadual de Roraima.
O Colégio Militar Estadual Coronel PM Derly Luiz Vieira Borges funciona na Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago, na Avenida Getúlio Vargas (ao lado da Escola Gonçalves Dias), no bairro Canarinho. A instituição de Ensino Fundamental e Médio foi criada em 2011 e tem por finalidade a realização de atividades socioeducativas que visam ao crescimento intelectual e moral, além do desenvolvimento de valores culturais, sociais e de cidadania em seus discentes.
Destaca-se entre os deveres de seus alunos, o uso do uniforme, a apresentação pessoal, entrada diária em forma, correção de atitudes, a colaboração espontânea, consciência das responsabilidades, observância das prescrições regulamentares, o culto aos símbolos nacionais, cumprimento fiel dos horários, a participação nos compromissos da escola e a hierarquia e disciplina.
O Colégio Militar integra a estrutura organizacional da Polícia Militar do Estado de Roraima, faz parte da rede estadual de ensino e destina, no máximo, 50% das vagas existentes para preenchimento por candidatos aprovados, de ambos os sexos, dependentes de militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Roraima, sendo as demais vagas para a comunidade.
A boina foi instituída em 2012 e simboliza a aproximação aos valores cultuados pelo Colégio Militar, bem como, a proteção e segurança propiciada pela instituição ao acolher o novo aluno. Tem como finalidade marcar o ingresso no ensino militar, já que a boina simboliza a união, a amizade, o respeito, a camaradagem e o civismo durante a vida escolar.
Neste mês de outubro, temos duas datas significativas: o dia 12, dedicado às crianças (alunos); e o dia 15, dedicado ao professor. Um necessita aprender. E, o outro, se realiza quando ensina. Ambos se completam, no jogo de ensinar e aprender.
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