Minha Rua Fala

MINHA RUA FALA 15141

ANTÔNIO CABRAL DE MACEDO E A PROFESSORA ANA LIBÓRIA ——————————————————-

Antônio Cabral De Macedo foi soldado no Forte São Joaquim, fazendeiro e gerente-geral da firma J.G. de Araújo, administrando as fazendas dessa empresa nas regiões dos rios Uraricoera, Parimé e Surumú. Ele nasceu no Rio Grande do Norte em 1885 e era filho de Jerônimo Cabral de Macedo e da senhora Ana Ramos Cabral de Macedo.      

Em busca de melhoras na vida, Antonio Cabral aos 17 anos de idade, deixou o nordeste e seguiu para Belém/PA. De lá foi para Manaus onde conheceu e trabalhou por dois para o coronel Pinto (Joaquim Pereira Pinto, que era guarda-livro, espécie de contabilista de firmas), que o convidou para vir para Boa Vista.    

 Antonio Cabral veio de Manaus em setembro de 1902, não mais como funcionário do coronel Pinto, mas como soldado da Guarda Nacional para servir no Forte São Joaquim.    

 Em 1909, ao deixar a vida militar e passar a trabalhar em fazendas no interior casou-se com a senhora Laura Moraes, com a qual teve 08 filhos: Isac, Epaminondas, Antonio Cabral Filho, Lauro, Maria Ana, Idelvídia, Francisco e Rubem Cabral.      Em 1924, faleceu a senhora Laura Moraes, e Antonio Cabral casou-se com a senhora Suzete Moraes (prima de Laura), com a qual teve 10 filhos: Alcinda (viúva de Olavo Brasil); Sebastiana (Caboquinha, viúva de Benjamin Melo); Jerônimo (dono do restaurante Quarto de Bode – a 100 quilômetros de Boa Vista, em direção a Pacaraima); Aldeides, Francisco, Hugo Cabral, Dílson, Olga, Carlos e Olga (repetiu o nome nessa filha, em virtude do falecimento da primeira Olga).   

 Ao ficar novamente viúvo, Antonio Cabral casou-se com a Professora Ana Libória Thury.     A professora Ana Libória veio para Boa Vista acompanhando o marido Joaquim Epifânio, que foi o segundo farmacêutico a pisar em Boa Vista. O primeiro foi o senhor Rocha Leal (nome de Rua). A farmácia de Epifânio era onde hoje está à entrada do Colégio São José, na Rua Bento Brasil. Tempos depois, faleceu o senhor Epifânio. E, para o sustento, Ana Libória e sua irmã Martinha Thury, instalaram a primeira escola de Boa Vista. A professora Ana Libória foi a pioneira no ensino em Boa Vista, mas não teve filhos, ainda que vivendo por mais de trinta anos com Antônio Cabral de Macedo.

 

 Antonio Cabral em 1932, após trabalhar em fazendas particulares na região do alto Cauamé, situou a sua própria a “Fazenda Pitombeira”, uma das mais bonitas daquela região. Posteriormente, Antonio Augusto Martins, que era o gerente da firma J.G. Araújo, com escritório central na Loja Filial situada na esquina da Rua Floriano Peixoto com a Avenida Jaime Brasil (aquela loja recebeu outros nomes: Casa Bandeirante e Esquina do Rio) convidou Antonio Cabral para ser o novo administrador das fazendas daquela firma situadas nas regiões do Uraricoera, Parimé e Surumú. Antonio Cabral se mudou para a “Nova Fazenda”, de onde administrava as demais. 

E, em 1936  fundou outra fazenda, a “Itaipu”, aonde viveu por muitos anos. A fazenda Itaipú foi reclamada pela Funai com alegação de que ela hoje está em terras indígenas. Em 1960 ele retornou para Boa Vista, deixando naquela fazenda o seu filho Edílson Cabral de Macedo. O senhor Antonio Cabral de Macedo faleceu no dia 19/03/1973, aos 88 anos de idade. 

A Prefeitura de Boa Vista o homenageou, pondo seu nome numa rua no Bairro 13 de Setembro. A Rua Antônio Cabral nasce próxima às margens do rio Branco, no lado direito da Ponte dos Macuxis (Boa Vista – Cantá); atravessa todo o Bairro 13 de Setembro e finda na Avenida General Sampaio – em direção à 1ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército.  

Quanto à Professora Ana Libória Thury, foi homenageada com seu nome numa escola. A Escola Ana Libória está situada na Avenida Venezuela, no Bairro Mecejana.