20 DE JANEIRO – DIA DE SÃO SEBASTIÃO –
Patrono de Boa Vista.
DIA DO FARMACÊUTICO – 20 DE JANEIRO.
Pedido feito, milagre acontecido, promessa paga.
A senhora Guilhermina de Holanda Bessa veio do Ceará para Boa Vista em 1883. Ela era casada com o senhor Aristides Bessa, e passaram a morar no Amajari onde tinham uma Fazenda. Tempos depois faleceu o marido e ela não conseguia tomar conta de todo o trabalho, além do mais, os animais começaram a morrer de uma doença bovina até então desconhecida, a “Aftosa”. Recorreu aos curandeiros que diziam “rezar nos rastros dos bois, marcados no terreno por onde passavam”, mas não deu resultado e o gado continuava morrendo. Foi então que ela fez uma Promessa com São Sebastião para que o gado parasse de morrer e, se fosse atendida nesta Promessa, ela construiria uma capela/Igreja para o Santo.
Resulta que cessou a morte dos animais. Então ela vendeu a Fazenda com os bois restantes e retornou para Boa Vista com as filhas: Francisca e Cecília, e iniciou a construção da Igreja de São Sebastião (num terreno a onde está até hoje ao lado do Teatro Carlos Gomes– que na época não existia). Todo dia 20 de Janeiro havia uma festa diante da construção da Igreja e, na ocasião, havia bingos e sorteios para ajudar na edificação do prédio.
A filha Cecília era casada com Raimundo Castelo Branco; e a filha Francisca (chamada de: “Sinhá”) era casada com o senhor Terêncio Antonio de Lima (hoje nome da rua que passa em frente ao Gressb).
Após o falecimento da senhora Guilhermina de Holanda Bessa, as suas filhas deram continuidade à construção da Igreja, com a realização das mesmas quermesses, bingos e sorteios. Assim, no dia 20 de janeiro (Dia de São Sebastião) de 1924, a Igrejinha foi inaugurada.
Em 1927 a Igreja de São Sebastião foi incorporada ao patrimônio da Prelazia do Rio Branco (hoje Prelazia de Roraima).
DIA DO FARMACÊUTICO – 20 DE JANEIRO.
O Farmacêutico é um profissional completo, sua formação abrange várias áreas, tais como: física, matemática, muita química, muita biologia e conhecimentos específicos da profissão; isso o habilita a atuar nas áreas de medicamentos, análises clínicas e toxicológicas e alimentos; e, ainda conhecer necessidades e determinar cuidados para promover a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.
Mário Homem de Mello, além de haver sido o primeiro Prefeito de Boa Vista, quando foi criado o Território Federal do Rio Branco, no dia 13 de Setembro de 1943 (ele chegou a Boa Vista, junto com o primeiro Governador, o capitão Ene Garcez dos Reis, no dia 20 de Junho de 1944). Tinha como formação profissional “Farmacêutico”.
FARMACÊUTICOS ALÍPIO FREIRE e CARLINHOS FREIRE.
Alípio Freire chegou a Boa Vista em 1930 e montou a sua própria Farmácia num prédio na Rua Bento Brasil (atrás da Igreja Matriz), trabalhando com manipulação de medicamentos, uma de suas especializações. A “Farmácia do Alípio Freire” era muito procurada, haja vista que, praticamente, era pioneira em manipulação de produtos químicos transformando-os em remédios.
Em 1932 Alípio Freire casou-se com a senhora Maria do Carmo Vasconcelos Lima – filha do Sr. Francisco Vasconcelos, e aqui nasceu a filha Maria Adelaide (+). Em 1934 Alípio levou a sua esposa para conhecer a cidade onde ele nasceu: Campo do Brito/SE, e lá nasceram os filhos: Carlinhos Freire (+ Carlos Augusto Vasconcelos Lima), Alípio Filho; José Carlos; Maria Alice e Antônio Luís (atual dono da Loja Freire, na Avenida Jaime Brasil).
Em 1945 Alípio Freire retornou com a família para Boa Vista, e aqui montou outra farmácia (na Avenida Jaime Brasil, ao lado da Casa da Cultura, com o nome de: “Farmácia Freire”), permanecendo até 1957 quando resolveu mudar-se de vez para Salvador, capital da Bahia. Em Boa Vista ficou apenas o filho Carlinhos Freire, que herdou a farmácia.
O senhor Alípio Freire faleceu em maio de 1991, em Salvador/Bahia, aos 97 anos de idade.
Quanto ao seu filho, o empresário Carlinhos Freire, nasceu na cidade de Campo do Brito/Sergipe, no dia 24 de janeiro de 1935. Veio para Boa Vista em 1945, depois foi estudar em Manaus, no Colégio D. Bosco. Em 1955, foi estudar no Rio de Janeiro, voltando dois anos depois para Boa Vista onde ficou definitivamente e começou a trabalhar com o pai (Alípio Freire de Lima) na Farmácia Freire. E, em 1957, com o retorno do pai para a Bahia, assumiu sozinho os negócios da família.
Em 1970 a farmácia do Carlinhos Freire foi transferida para um prédio na Avenida Jaime Brasil (ao lado da Casa Cultura) e, em 1980 inovou o mercado comercial de Boa Vista ao acrescentar nas prateleiras de sua farmácia alguns artigos de utilidades domésticas, material escolar, produtos de beleza, até gêneros alimentícios. Surgia ali o que seria chamado no futuro de “Supermercado”. Deu tão certo que ele procurou um prédio maior e, em 1991 transferiu seu comércio para um novo prédio na Avenida Villeroy, e pôs o nome de: “Supermercado Freire” (onde hoje no local está um outro supermercado de um outro dono).
Ele era casado com a senhora Idalina Pires Lima. O casal teve os filhos: Alípio Freire de Lima Neto; Marcelo Pires; Daniel Pires e Maria Elane Pires Lima. Deles descendem 11 netos
O senhor Carlinho Freire faleceu na madrugada do dia 16 de setembro de 2015.