AFONSO RODRIGUES

Não deixe a porta do quarto

“Foi você a única coisa

Que entre as pequenas coisas

Sumiu depois da arrumação do quarto”.

(Roberta Cruz)

Se prestarmos mais atenção veremos que as separações em casais estão assustadoras. Tornou-se vulgaridade. O que não indica que estamos regredindo, apenas não conseguimos evoluir. Ultimamente, no ostracismo, tenho assistido a programas com notícias vexatórias sobre separações de famosos. Rimos, mas não prestamos atenção às separações dos não famosos. Talvez isso também faça parte da educação. Porque na verdade, os casais do passado não tinham a coragem que os atuais têm, para se separarem. E essa desatenção muitas vezes levam até o crime. Então vamos dar uma paradinha nos absurdos das notícias e analisar o que está acontecendo. As garotas, hoje, não permitem que seus pais escolham o marido para elas. O que já é um avanço na liberdade. O grande problema é que elas ainda não foram, e pelo que me parece nunca serão, educadas e preparadas para a escolha.

Precisamos educar, e não conseguiremos isso enquanto não nos educarmos. E só quando estivermos preparados para viver a vida atual nos prepararemos para na vida futura sermos civilizados. Vamos parar de confundir amor com desejo. São coisas distintas e podemos usufruir das duas. Mas precisamos estar preparados para a tarefa. Porque na verdade, é uma tarefa respeitável. Vamos ser mais maduros na escolha do nosso, ou nossa, companheiro. Porque é no casal que iremos construir casais que deverão construir o mundo. Porque deverão e irão. Afinal não podemos bloquear o caminho do futuro. O que devemos é prepará-lo para a caminhada das próximas gerações. E não nos iludamos, porque não há como mudar o rumo da história, a não ser com uma Educação de qualidade.

 Vamos parar de dar uma de coisas pequenas que somem depois do quarto arrumado para a vida em união. Um abração para a Roberta Cruz, que nos chama a atenção para a importância da fidelidade no amor, para a construção no amor. E só com amor construiremos o mundo que nossos descendentes merecem para se orgulharem dos seus criadores. Vamos dar o melhor de nós no que damos de nós, ao próximo. E não podemos deixar de lado a importância da união na convivência como casal. E esta só existirá com respeito, lealdade e maturidade na escolha e na união. Então vamos ser racionais e viver dentro da racionalidade. Que é quando não precisamos que nos digam o que devemos ser, nem o que devemos aceitar. Somos todos timoneiros do nosso destino. Então vamos dirigir o barco de acordo com a nossa caminhada na evolução no progresso ao regresso ao mundo racional. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460