No bonde da alegria

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Bendita crise que vai me revelar minha própria sabedoria; que dissolve meus apegos; que vai ampliar minha visão; que me faz humilde”. (Mirna Grzich)

Você já andou de bonde? Eu já andei, e muito, e já pulei muito, do bonde, quando o cobrador se aproximava. Uma travessura que todo adolescente fazia, naquela época. Uma época maravilhosa que ainda mantém uma saudade muito forte em quem ainda se lembra. E eu sou feliz por me lembrar de momentos que me fizeram feliz sem eu perceber. E não percebia porque não sabia. Simples pra dedéu. Era uma época em que éramos felizes porque vivíamos a felicidade da simplicidade. Uma época em que não tínhamos televisão, o telefone era para quem mostrasse ser de alta-classe. Os filmes ainda eram em branco e preto. Coisas que nos faziam felizes pelo desconhecimento.

A FOLHA DE BOA VISTA completou quarenta anos de atividade. O que muito me orgulha pelo prazer de estar, desde então, participando do grupo dos participantes da atividade no jornal. Na sua primeira edição, eu estava no Rio de Janeiro, quando recebi um telefonema da jornalista Sandra Tarcitano me perguntado se eu gostaria de participar da primeira edição do Jornal, que seria na próxima semana. Imediatamente enviei, pelo correio, minha primeira matéria, para este Jornal que sempre me orgulhou. É uma história bonita, mas que exige tempo para ser contada. Mas o que me interessa é dizer o quanto me orgulho de continuar participando deste grupo que sempre esteve do lado esquerdo do meu peito, mesmo desde bem antes da criação da FOLHABV. Um abração do tamanho do mundo para todo o grupo que compõe o elo mais forte na nossa Comunicação. Um abração-quebra-costelas.

Uma explicação apenas para esclarecer: quando recebi o telefonema da Sandra, no Rio de Janeiro, eu já morava em Boa Vista, e por isso a Sandra me conhecia. Eu estava no Rio, em visita à milha filha, Helena, uma carioca que nunca saiu nem vai sair do Rio. Ela faz parte do grupo de cariocas que para eles o mundo começa em Nova Iguaçu, termina em Niterói, e o Rio de Janeiro é o centro; todo o resto é resto. E por isso nunca tentei trazer a Helena para Roraima. Ela já nos visitou várias vezes, mas não tentei mantê-la por aqui. Admiro-a muito por isso. Mas vamos encerrar o papo com um Forte Abração ao GRUPO FOLHA, a toda a família Souza Cruz e a todo o grupo do qual me orgulho, e muito, em estar presente. Meus parabéns pelos 40 anos de atividade digna do respeito que merece e recebe de todos nós. Que continuemos na marcha para o sucesso que merecemos e continuamos construindo com dignidade e respeito. Pense nisso.

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