Bom dia,
E o Natal passou. É claro, ainda temos ecos do que aconteceu nas festas familiares, e até mesmo nos festejos promovidos por políticos à cata de votos para as próximas eleições. De qualquer forma, não foi um Natal comum, afinal, não custa lembrar que na cidade onde Jesus Cristo nasceu (Belém) não pode haver comemorações por conta da guerra promovida pelo grupo terrorista Hamas contra o Estado de Israel. Também é o segundo Natal que o mundo assiste sob o signo da guerra entre Rússia e Ucrânia, que por sinal foi intensificada pelo exército comandado por Wladimir Putin e seus generais. E para completar, o governo britânico anuncia o envio de um navio de guerra para a Costa Atlântica de República Cooperativista da Guiana, sinalizando que até aqui poderemos enfrentar conflito bélico.
Agora resta esperar que as notícias de final de ano possam trazer algum alento para esse mundo conturbado, e que ainda não se livrou por inteiro das sequelas trazidas pela pandemia da Covid19. Sim, são cada dia mais evidentes os sinais de que o vírus – não se deve esquecer-, surgido em dezembro de 2019 na China ainda perdura entre nós, trazendo também sequelas pela utilização dos diversos experimentos medicamentosos que foram aplicados na esperança de combate-lo. Que esse último evento – o final de ano-, do calendário gregoriano nos traga um pouco de paz e muita saúde para uma população cada dia mais doente.
CASSAÇÃO
E o ano vai terminar sem que o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) tenha terminado de julgar os processos relativos às eleições de 2022, conforme haviam prometido os dirigentes, inclusive, sob orientação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
TEMPO 1
Aliás, segundo apurou a Parabólica, o tempo é o principal aliado do governador Antônio Denarium nessa batalha que trava na Justiça Eleitoral local para manter seu mandato. Seus advogados esperam manter o máximo possível à permanência desses processos na Justiça local para que eles cheguem a Brasília, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já bem próximo do meio do próximo ano. E tudo indica que os advogados de Denarium vão conseguir o intento. O Judiciário local está de recesso e na volta ainda vai discutir as pautas de julgamento.
TEMPO 2
A estratégia dos advogados de Denarium de retardarem a subida para o Tribunal Superior Eleitoral dos processos de cassação de seu mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima tem dois grandes objetivos: a saída do ministro Alexandre de Morais da presidência do TSE e o fato de que no seguindo semestre de 2024 aquela corte superior de justiça vai estar quase que em tempo integral dedicada às eleições municipais.
ELEIÇÃO MUNICIPAL
Dentro dessa estratégia, os correligionários de Antônio Denárium atribuem uma importância fundamental à eleição do próximo ano para a escolha do novo prefeito/prefeita do Município de Boa Vista. Eles acreditam que uma eventual eleição para comandar a Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), a partir de 2025, de um candidato/candidata apoiado pelo grupo político do governador será prova inconteste de sua liderança política/eleitoral no estado. Isso enfraqueceria as pretensões de seus adversários de obter no TSE a confirmação da cassação de seu mandato.
TÁ FEITA
Diante desses fatos, o arguto observador da cena política local disse a Parabólica que a escolha da deputada estadual Catarina Guerra (União) para disputar a Prefeitura Municipal de Boa Vista na eleição de 2024 é “prego batido e ponta virada”. Ela deverá mesmo representar o grupo político do governador Antônio Denarium contra a intenção do MDB – grupo político do ex-senador Romero Jucá e da ex-prefeita Teresa Surita-, de reeleger o atual prefeito Arthur Henrique. As fichas já foram jogadas.
REELEIÇÃO
Sobre a situação do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) Soldado Sampaio (Republicanos) que teve sua pré-candidatura à PMBV no próximo ano mantida por lideranças de seu partido, o mesmo observador saiu-se com esta: “Sem alarde, os deputados estaduais modificaram a Constituição Estadual e o Regimento Interno da Assembleia Legislativa para permitir mais uma reeleição do Sampaio. De forma que ele terá o apoio de todo o grupo governista para continuar presidir a ALE-RR por mais dois anos a partir de 2025. Fica tudo em casa”.