Em 03 de julho de 2023, esta coluna publicou o artigo intitulado “Praça das Fontes que consumiu R$5 milhões voltou a ser fechada para o público”. Passado quase um ano, aquele importante ponto de lazer, de visitação turística e de encontro dos boa-vistenses continua do mesmo jeito. O máximo que fizeram foi uma limpeza para que não se tornasse um cenário dantesco denunciando o abandono.
Reinaugurada com festa a menos de cinco dias eleições de outubro de 2022, a Praça Interativa Renato Hadad não durou muito tempo aberta e voltou a ser fechada logo depois que o Governo do Estado anunciou ter investido R$5 milhões em uma obra de revitalização do local, conhecido popularmente como a Praça das Fontes. O atrativo fica ao lado do Ginásio Totozão, no Parque Anauá, outro local que passa por obras desde o governo anterior.
Antes de tudo isso, a Praça das Fontes ficou abandonada por longos dez anos, sob o silêncio de todos. O atual governo demorou quase quatro anos para reformar e reabrir o local para o usufruto da população. No entanto, por puro desleixe e incompetência das autoridades, o abandono daquele espaço público segue sem chamar a atenção de ninguém, especialmente dos órgãos fiscalizadores, a quem compete cobrar o alto investimento feito naquele local para algo que não durou oito meses antes de fechar de novo.
É bom sempre lembrar que a Praça Renato Hadad fica dentro do Parque Anauá, local que também foi alvo de pelo menos dois anúncios de revitalização pelo Governo do Estado desde 2021. Frisando que a reforma iniciou no governo anterior, cujas obras se arrastam até os dias atuais na segunda administração do atual governo, conforme artigo publicado na semana passada, dia 11, sob o título “Em meio a muitas cifras e promessas, Parque Anauá segue como símbolo do descaso”.
Enquanto ninguém sabe como foi aplicado o montante de recurso destinado para a reforma da Praça das Fontes, o bem público segue sendo deteriorado pela ação do tempo e dos vândalos, e a população fica sem um importante ponto de lazer, o qual é importante também para fomentar o turismo, que é uma fonte geradora de recursos e que não é bem explorado pelos governantes.
*Colunista
