Bom dia,
Hoje é quinta-feira (02.07). Sem aviso prévio, o ministro da Defesa, general Fernando de Azevedo Silva, veio a Roraima para acompanhar de perto as ações de saúde que o governo federal está realizando no atendimento das populações indígenas tanto a Oeste (Yanomami) quanto à Leste (Macuxi e Uapixana). O foco, claro, é o combate ao Covid-19, e neste sentido o ministro tranquilizou a todos dizendo que a pandemia nas áreas indígenas de Roraima está sob controle. Além da rotina, a vinda do ministro da Defesa está ligada à grande pressão, interna e externa, que organizações nacionais e internacionais estão fazendo sobre o governo brasileiro, inclusive, com ameaças de saída de capital externo, caso não seja modificada a política ambiental e indígena para a Amazônia.
Sobre a invasão de garimpeiros a área indígena Yanomami, o general Fernando de Azevedo Silva não fez qualquer comentário mais incisivo. E esse tem sido o comportamento de todo o governo federal, que assiste impávido aos danos ao meio ambiente e à violência contra as populações indígenas, inclusive, contaminando-a com o Covid19. É claro, todos queremos um governo nacional altivo e que faça respeitar nossa soberania sobre o território pátrio, mas isso será tão mais forte quanto for a força da autoridade do Estado brasileiro para fazer todos, inclusive os brasileiros, respeitarem a lei; e garimpagem em áreas indígenas é, constitucionalmente, proibido.
DESPESAS
Sobre a informação divulgada aqui na Parabólica dando conta da remoção para São Paulo, em jatinho particular com UTI, por conta da Covid-19, do liquidante do Departamento de Estrada e Rodagem (DER), José Adolar Castro Filho (Dolinha), temos a esclarecer que segundo fontes do Palácio Senador Hélio Campos as despesas do translado foram pagas pela família do enfermo. As mesmas fontes garantem que a decisão para a transferência partiu de um filho de Dolinha que é médico e atua em São Paulo e queria acompanhar de perto o tratamento do pai.
PRODUTOS GLÓRIA
Faz pouco tempo que, por conta de uma ação do Ministério Púbico Estadual (MPE), foi suspensa a venda do álcool a 70%, produzido pela empresa roraimense Sabão Glória. À época, a justificativa foi de que exames procedidos pelo Departamento de Química da Universidade Federal de Roraima (UFRR) não teriam comprovado a eficácia do produto. Posteriormente o Departamento de Química da UFRR negou que tivesse feito qualquer análise em amostra do álcool 70% produzido pela empresa. Agora, o MPE expediu nova nota afirmando que o produto não faz qualquer mal à saúde dos consumidores, e com base nisso, a empresa anunciou que faz retomar a venda de seu produto.
DESIGUAL
Pois é, esse episódio envolvendo a suspensão da venda do álcool a 70%, produzido pela indústria roraimense Sabão Glória, é mais uma prova das imensas dificuldades que uma pequena empresa tem de enfrentar para concorrer num mercado controlado por grandes marcas nacionais. A Sabão Glória começa a incomodar os fornecedores de produtos de limpeza importados de outros estados, pela tenacidade de seus proprietários e qualidade com que se dedicam na produção. Parece quase certo que esta história da suspensão da venda do álcool a 70% produzido pela empresa é mais um episódio dessa concorrência selvagem. Nossa industrialização seria muito mais exitosa se os roraimenses prestigiassem aquilo que é produzido localmente, gerando muito emprego para nós mesmos.
SUSPENSA
Depois de lido o parecer do Ministério Público Eleitoral (pela improcedência da representação); e do voto da juíza-relatora Graciete Sotto Mayor (pela cassação), o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) teve de suspender a sessão de julgamento do processo que o PSDB e o Democratas movem contra o governador Antonio Denarium e seu vice Frutuoso Lins. A suspensão foi devida ao pedido de vista feito por um dos juízes que compõem aquela corte eleitoral.
NA PRÓXIMA
Ao conceder o pedido de vista do juiz Francisco Guimarães, o presidente do TRE-RR, desembargador Jefferson Fernandes, pediu ao magistrado que analisasse a possibilidade de trazer o processo para ser julgado na mesma sessão, onde será julgada outra representação dos mesmos partidos contra o governador e seu vice. O juiz Francisco Guimarães declarou que não garantia o retorno do processo já na próxima semana por se tratar de um assunto complexo. “Não vou garantir. Vou fazer o máximo possível para trazer o mais breve possível”, informou.