AFONSO RODRIGUES

O poder do bom exemplo

“Meu novo mundo é um reflexo do meu novo modo de pensar”. (Louise Hay)

Devemos prestar mais atenção ao comportamento das crianças de hoje. Mas vamos associar ao bom, o bom exemplo no comportamento dos novos pais. Os de ontem e os de hoje caminharam em veredas diferentes, mas adequadas à época atual. Observando o comportamento de uma criança, ontem, no supermercado, lembrei-me de minha infância. Eu aprendi muito com os norte-americanos, durante e depois da Segunda Guerra Mundial. Desde a chegada deles, no início da guerra, até a saída, dois anos depois da guerra. Há exemplos simplíssimos que aprendi, e guardo até hoje, e passei para meus filhos. Há um exemplo de aprendizado que não é levado a sério, pela sua simplicidade.

Depois do final da guerra, em mil novecentos e quarenta e cinco, os americanos permaneceram em Parnamirim até mil novecentos e quarenta e sete. Talvez pela presença da Guerra da Coréia, e outros desencontros. Mas a Base Aérea Brasileira já tinha ocupado a antiga Base Norte Americana. Já tinha sido criada a Escola de Base, para os filhos de funcionários e militares brasileiros. Eu já estudava na Escola na Base Aérea. Naquela manhã eu ia saindo de casa e fiquei parado na calçada. Pela rua vinham três americanos, dois homens e uma mulher. Pelo meio da rua eles conversavam alegremente e aquilo me chamou a atenção. Fiquei parado e observando-os. Em frente à minha casa havia um bar. Um pouco mais atrás, a mulher americana tirou da bolsa alguma coisa pequena, desembrulhou-a e ficou amassando o papel na mão, como se quisesse jogá-lo no lixo, mas não tinha lixeira. Aquele gesto me chamou muito a atenção e continuei observando. Quando chegaram em frente ao bar, a mulher parou, saiu, entrou no bar e jogou o papel amassado na lixeira, enquanto os dois homens ficaram parados esperando por ela. Ela chegou, assumiu a posição anterior e seguiram pela rua.

O exemplo daquela mulher norte-americana encantou-me de certa forma que fiquei parado, analisando o valor daquele exemplo para um garoto de treze anos de idade. Uma lição que nunca saiu de minha memória e nunca sairá. Isso foi em 1947, e desde então nunca mais ninguém me viu jogar algo, por mais simples que seja, no chão. Aquela mulher norte-americana talvez nunca tenha imaginado o valor da lição simples que ela passou para um garoto de treze anos e brasileiro. Faça sempre isso na sua vida. Dê sempre o melhor exemplo. E não se preocupe com o fato de ter alguém, ou não, observando sua atitude. Porque onde quer que você esteja há sempre alguém observando você, seja no bom ou mau exemplo. Pense nisso.

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