A plataforma culinária global nomeou nesta semana, na sua 8ª edição do The Best Chef Awards, os melhores chefs do mundo em uma cerimônia espetacular em Dubai, marcando a primeira vez que o evento foi realizado no Oriente Médio. Hospedado no Atlantis The Palm, com o apoio do Departamento de Economia e Turismo de Dubai (DET), a premiação deste ano homenageou 550 chefs de 61 países, tornando-se a maior edição até o momento e uma prova do crescente status de Dubai como uma capital culinária.
Em uma mudança marcante, o The Best Chef Awards estreou seu sistema de reconhecimento de facas em camadas, projetado para oferecer uma visão mais abrangente e inclusiva da excelência culinária. Abandonando as classificações tradicionais, este sistema homenageia chefs com base no impacto e habilidade em três categorias, reconhecendo um total de 550 profissionais da culinária em 6 continentes:
• Three Knives (The Best): Celebrando o nível mais alto de maestria culinária, concedido a 97 chefs que alcançaram 80% ou mais dos pontos máximos.
• Two Knives (World-Class): Reconhecendo 177 chefs que atingiram 40% ou mais, representando expertise de classe mundial.
• One Knife (Excellent): Reconhecendo 276 chefs que atingiram 20% ou mais, destacando suas notáveis contribuições para o campo.
CELEBRANDO OS MELHORES CHEFS DO MUNDO
No auge dos prêmios deste ano estão três chefs exemplares, cujas contribuições visionárias redefiniram a gastronomia moderna:
1º Lugar: Rasmus Munk – Alchemist, Dinamarca. É famoso por sua abordagem de vanguarda, o seu trabalho no Alchemist combina elementos teatrais com inovação culinária, oferecendo uma experiência imersiva que o elevou à aclamação global.
2º Lugar: Albert Adrià – Enigma, Espanha. É um ícone da experimentação culinária, que continua a quebrar barreiras no Enigma, onde seu trabalho combina narrativa com técnica inovadora, solidificando sua influência na indústria.
3º Lugar: Eric Vildgaard – Jordnær, Dinamarca. É reconhecido por seu comprometimento com a sustentabilidade e a pureza, as suas criações no Jordnær são um testemunho da arte dos ingredientes nórdicos locais, fazendo seu trabalho ressoar em escala global.
VENCEDORES DE PRÊMIOS ESPECIAIS
Como parte do novo sistema de classificação (r)evolucionário do The Best Chef, os prêmios também celebraram chefs que fizeram contribuições extraordinárias em áreas específicas:
- The Best (R) Evolution: Albert Adrià, Enigma (Espanha).
- The Best Chef Pastry: René Frank, Coda (Alemanha).
- The Best New Entry: Mei Kogo, Sushi-Meino (Japão).
- The Best Terroir: Jaime Rodríguez, Celele (Colômbia), um gênio que utiliza como ingrediente principal a biodiversidade da região de Cartagena.
- The Best Science: Ángel León, Aponiente (Espanha).
- The Best Food Art: Julien Royer, Odette (Cingapura).
- The Best NextGen: Michele Lazzarini, Contrada Bricconi, (Itália), a nova geração.
- The Best Dining Experience: Vaughan Mabee, Amisfiled (Nova Zelândia)
- The Best Creativity: Paco Méndez, Come Restaurant (Espanha)
- The Best Prêmio Dubai: Himanshu Saini, Trèsind (EAU)
- Prêmio The Best Voted by Professionals: Ana Roš, Hiša Franko (Eslovênia)
- Prêmio The Best Origins & Future: Eva, Lilian, Emilie Rihani, Three by Eva; e, Mohamad, Wassim, Omar Orfali, Orfali Bros, ambos dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
A cerimônia teve três dias de eventos, incluindo painéis de discussão, a conferência Food Meets Science e experiências culinárias exclusivas. Atraindo mais de 3.000 participantes, a edição de 2024 criou uma plataforma vibrante para chefs, líderes da indústria e entusiastas da culinária de todo o mundo se conectarem, colaborarem e inspirarem.
O sistema de votação compreende 568 votantes de 63 país, sendo que 348 chefs de cozinha e 220 profissionais de diversos setores, incluindo jornalistas gastronômicos e especialistas em gastronomia.
PREMIAÇÃO BRASILEIRA
Foram 17 chefs brasileiros que receberam a premiação, sendo que na lista de três facas (The Best) estão os chefs Alex Atala, D.O.M (SP) e a curitibana Manu Buffara, Manu (PR). Sete chefs receberam duas facas (World-Class) são eles: de São Paulo Janaina Torres, Dona Onça; Ivan Ralston, Tuju; Jefferson Rueda, Casa do Porco; do Rio de Janeiro, Rafa Costa e Silva, Lasai; e Alberto Landgraf, Oteque; e diretamente de Salvador, o casal baiano Fabricio Lemos e Lisiane Arouca, Origem.
E com uma faca (Excelência), foram oito chefs premiados, sendo de São Paulo, a chef Helena Rizzo, Maní; Luiz Felipe Souza, Evvai; Tássia Magalhães, Nelita; e Kazuo Harada, Kazuo restaurante. Do Rio de Janeiro, os chefs Felipe Bronze, Oro; e Gerônimo Athuel, Ocyá; de Salvador, Dante e Kafe Bassi, do restaurante Manga.
Podemos ver que o Brasil está sendo observado fora do eixo Rio- São Paulo, ainda é pouco, mas ter um restaurante da região sul, como o Manu entre os melhores é uma alegria, e ainda, dois restaurantes do nordeste brasileiro serem premiados também é uma vitória a visibilidade da culinária brasileira.
