O que podemos, mas não devemos

“Não se pode ajudar os pobres, arruinando os ricos; evitar aborrecimentos, gastando mais do que se ganha; formar o caráter e a coragem, desencorajando a iniciativa e a independência; ajudar continuamente os homens fazendo por eles o que eles próprios poderiam fazer”. (Abraham Lincoln)

E continuamos destruindo, em protestos contra os patrões. O que continuamos ouvindo sobre projetos para ajudar os pequenos endividados que não conseguem quitar as dívidas, está ficando cansativo. E vamos por aí a fora. Continuamos tentando viver uma vida confortável, sem aprender a viver a vida. A euforia continua encantando os despreparados. E o pior é que somos a maioria dos que preferem ir na dos bons de papo. Ainda acreditamos que o bom político, por exemplo, é o mais falador. O falatório é política, mas política não é falatório. E enquanto não entendermos isso continuaremos caindo no papo dos blá-blá-blás.

Assistir aos noticiários está ficando cansativo. As notícias estão nos levando ao fundo do poço. E não vamos cair na esparrela de ficar culpando a divulgação. Com quem está a culpa é o que nos atormenta. E isso porque ainda não nos educamos para sermos capaz de entender o simples. Alguém já disse que o ser humano é o único animal que precisa destruir para poder construir. E até quando continuaremos destruindo para construir alguma coisa, não sabemos. O que sabemos é que o ser humano é mais inclinado ao negativo. Sempre que a notícia é positiva, ele fica balançando a cabeça, se perguntando se deve, ou não, acreditar.

Já devo ter contado pra você, a daquele marujo que estava na Marinha há muitos anos e não conseguia ir além de Cabo. Naquele dia ele foi, inesperadamente, promovido a Sargento. No final da tarde quando ele chegou a casa, sua esposa estava à pia, lavando a louça. Ele começou a pigarrear, e caminhar de um lado para outro. A mulher cismou e falou categórica:

– Vamos lá… desembucha! O que está acontecendo?

Ele parou, pôs a mão na parede, cruzou as pernas e falou debochado:

– Mulher… vá se preparar, se cuide bem, porque hoje você vai dormir com um Sargento da Marinha.

A mulher assustou-se, deixou o prato cair na pia e perguntou assustada:

– Mas, ele vem aqui, ou eu tenho que ir lá?

Somos todos assim. Ligamos o televisor, inconscientemente, mas com o objetivo de saber o que está acontecendo de mau pelo mundo. E ainda não entendemos que notícias negativas prejudicam o desenvolvimento mental. Chegamos a um ponto em que encontramos dificuldade em entender a importância do positivo, que é, com certeza, o que está acontecendo mundo a fora. Pense nisso.

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