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O SEGREDO DA BORRACHA 14394

O SEGREDO DA BORRACHA

A borracha pura e simples como material didático que ajuda a corrigir erros de escritas ou traçados, podem ter um significado muito maior quando a trazemos como uma ferramenta de aprendizado e aprendemos que os erros existem para nos ensinar e quando, simplesmente os apagamos, deixamos de lado o poder do que ele teria de nos ensinar.

Essa semana estava revirando uns textos que recebo de diversas pessoas ou por e-mail, WhatsApp e pelas redes sociais e peguei uma mensagem passada por uma amiga, a Ale Poulen que trazia como título, “O segredo da borracha”. Além do título instigante e o cuidado como ela havia escrito, resolvi dar uma outra leitura para o texto.

A borracha falada no texto era aquela que usamos nas escolas por muito tempo e que quando crescemos a encontramos em vários escritórios e lugares por onde passamos. Então é importante destacar a lição que nos é trazida. Quem não lembra da borracha que usávamos para apagar nossos erros em cadernos, livros e apostilas? A borracha nos ensina que podemos recorrer a ela para solucionar erros.

A borracha nos ensina, que podemos agir de 3 maneiras, sendo a primeira apagar por apagar os erros; a segunda de ignorar a borracha e passar por cima do erro anterior e por fim, mesmo com a disponibilidade da borracha, as pessoas preferem analisar o erro e identificar causas e prever efeitos, agindo de forma inteligente e focada no “errar menos”.

Quando agimos simplesmente errando e apagando os erros com a “borracha”, estamos simplesmente pedindo desculpas por um erro que iremos voltar a cometer. Não estamos, nesse caso, preocupados em resolver o problema, aprender com ele e até mesmo crescer, estamos sim sendo grandes experimentos sem finalidade alguma.

No segundo comportamento, as pessoas ignoram a borracha e começam a fazer traços mais grossos sobre o erro que tentam esconder. Ou seja, você acumula erro sobre erro e no final de tudo você não terá pego a origem do problema e criado na sua vida um efeito “bola de neve”, onde as coisas ganham proporções indesejáveis e que poderiam ter sido minimizados na primeira palavra escrita de forma errada.

O terceiro comportamento que considero o mais sábio é aquele que comete o erro, o identifica, para e analisa tudo que levou ao erro e vai para a próxima linha da página do caderno tentando criar uma nova frase fugindo dos erros que cometeu na linha anterior, mas sem perder a essência do aprendizado adquirido com o erro.

Como vocês puderam observar, a BORRACHA é uma espécie de professor, ela está ali para nos auxiliar. Ela é um parceiro inseparável. Erro e acerto andam juntos e por perto está a borracha da vida, que ganhará mais ou menos importância dependendo de como você a utilizará.  

O erro sempre estará em nossas vidas, quem aprende com o erro estará pronto para o sucesso, mas quem acha que o erro tem que ser rotina, esse deve comprar um caminhão de borrachas porque nada aprenderá e insistirá em apagar até sua própria história em nome da ignorância.

Bob Marley eternizou uma frase sobre o erro: “Errar é humano, perdoar é preciso, e correr atrás daquilo que realmente queremos é uma obrigação. Viva, ame, pense, erre, caia, levante. E depois do erro corra atrás de refazer o seu acerto, faça tudo o que desejar fazer, diga te amo sem medo de não ouvir isso depois, aproveite a vida. Nunca se sabe o dia de amanhã”.

Quem não experimentou o fracasso jamais estará pronto para o sucesso. Tem gente que acha que a regra do sucesso está em nunca errar, mas não é isso. O errar é parte fundamental na construção das bases de quem busca o sucesso. A lógica e a sequência da vida estão em erros e acertos. Será referência no mundo aquele que acertar mais, errar menos, mas não deixar de levar em consideração todas as lições trazidas com os erros.

Uma outra percepção que deve ser esclarecida é que o mundo, normalmente, relaciona o sucesso ao patrimônio invejável, a uma vida de ostentação, de desperdício e esqueci que o valor dado as coisas são originadas do valor que você dá a si mesmo. O que quero dizer com isso? Que existem pessoas que tem patrimônios invejáveis e que não ostentam e, se você for buscar a fundo a história dessas pessoas elas tem características ímpares, como por exemplo: o valor inestimável de sua história de luta e perseverança. Mas vocês devem me perguntar, mas tem um monte de gente que ostenta pelos quatro cantos do mundo. O que seria isso? São as pessoas que continuam segurando borrachas e tornando suas vidas uma verdadeira loteria entre acerto e erro, sem responsabilidade. São as pessoas que escrevem sobre as palavras erradas, letras mais fortes e grossas achando que ninguém verá o seu erro. Para essas pessoas, considero que o sucesso seja algo passageiro.

No segundo exemplo, que como vocês já sabem os chamo de Cavaleiros do Apocalipse ou Professores de Deus, eles têm como frase de cabeceira: “Primeiro, eu nunca erro. Segundo, se eu errar, volte para a primeira regra”. Essas pessoas têm o poder de se acharem superiores e acima do bem e do mal, mas se encaixam perfeitamente no sucesso ou pseudossucesso passageiro.

Há coisas que um ser humano deve temer, ter medo de ser motivo de chacota, de questionarem sua infância, ou os seus sonhos ou das coisas que são prioridades para ele, e de ser chamado de mentiroso. Eu também não gosto de ser chamado de mentiroso. Mas esse ser humano está sempre submetido ao medo, pois sempre é honesto consigo mesmo. Também são seres humanos aqueles que realizam seus desejos. Quando eles estão com fome, eles comem. Quando querem ler, pegam um livro. Quando choram, procuram por consolo. Sou do tipo humano com todos esses medos e desejos. E tenho orgulho de ser assim, para muito um tolo, para outros um sábio.

Por isso pensem muito antes de usar a borracha simplesmente para apagar um erro sem ter tido a oportunidade de avaliar e tirar as lições importante da vida na sua caminhada. Somos feitos de erros e acertos, quem errar menos chega mais rápido aos seus objetivos, que nunca errar é porque nunca viveu.

Por: Weber Negreiros