AFONSO RODRIGUES

O tolo e o inteligente

“As pessoas inteligentes aprendem mais dos tolos do que os tolos das pessoas inteligentes”. (Marcus Cato)

Ainda adolescente assisti, em uma peça teatral, no Teatro Municipal de Natal-RN, a essa perola: “Não há bobo mais bobo do que o bobo que pensa que eu sou bobo”. Já falei disso por aqui. Foi uma resposta de um candidato a um casamento com uma garota estrambelhada. A peça era: “Compra-se um Marido”. Um amigo criticou o outro por ele estar parecendo um tolo. Quando na verdade, ele estava sabendo exatamente o que estava fazendo para ganhar a aposta. Há sempre o que aprender com os tolos. Basta que fiquemos na nossa e analisemos, com inteligência, o que ouvimos ou vimos. Mas nada de críticas nem tentativas de correção. Não há um motivo justificável para nos aborrecermos com as tolices dos outros. Porque se nos aborrecemos estaremos nos igualando a eles. Estamos perdendo tempo nos aborrecendo com acontecimentos que poderiam, e estão nos ensinando a não fazer.

A vida é tão curta, e por que perder tempo com coisas e acontecimentos que não nos trazem nada que valha a pena? Estamos caminhando por uma vereda que nos ensina a encarar as curvas e relevos. E se estivermos preparados, encararemos os problemas como uma lição e não como um castigo. Vamos viver o dia, hoje, como mais um dia a ser vivido, e não como mais um dia de sofrimentos. Vamos nos valorizar no que somos e não no que pretendemos mostrar que somos. Quando somos não precisamos mostrar. Onde quer que estejamos há sempre alguém nos observando. O que indica que devemos estar sempre em condições de ser o que realmente somos. Estamos vivendo uma fase da vida em que nadamos em águas turvas, na tentativa de mostrar aos outros, que somos o que eles querem que sejamos. O que faz com que estejamos perdendo nosso valor a cada instante.

O mundo está em evolução, como sempre esteve. E se prestarmos bem atenção ao desenvolvimento, veremos que estamos descobrindo provas de que já fomos evoluídos. Há coisas e conhecimentos que vêm de antes do último dilúvio. E se prestarmos atenção veremos que estamos com um balaio de coisas que nos mostram o quanto estamos atrasados. Estamos descobrindo coisas que já existiram antes do dilúvio. E não imaginamos quando teremos o próximo dilúvio. Vamos ser mais atentos às mudanças que as chamamos de climáticas. Elas não são novidades sobre a Terra que necessita de mudanças. Vamos cuidar das nossas vidas com mais cuidado e respeito. Afinal somos todos responsáveis pelo que somos. Nada de aborrecer-se com as tolices dos outros. Vamos cuidar das nossas próprias. Pense nisso.

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