As voltas que o mundo dá – O caso Eike Batista – Dolane Patrícia*Nos últimos dias, os brasileiros acompanharam o desfecho de uma das prisões mais comentadas da Operação Lava Jato. Trata-se da prisão de Eike Batista! O empresário que já foi considerado o 7º homem mais rico do mundo. Ele, que foi casado com Luma de Oliveira, teve sua prisão filmada e transmitida na imprensa falada e escrita, ainda dentro do avião, quando voltava de Nova York, para “passar as coisas a limpo”.
Da união com Luma de Oliveira, teve dois filhos: Thor e Olin, segundo o Extra, em 2016. Thor, de 25 anos, fez cinco viagens internacionais com a namorada, a modelo Lunara Campos. Enquanto Olin passeou por três países diferentes, inclusive com a mãe, Luma de Oliveira.
Ainda segundo o Extra, Thor e a namorada só se hospedam em suítes presidenciais. Como a que ficaram no Shangri-La Hotel, em Londres, cujas diárias são de R$ 39 mil sempre com viagens de primeira classe. Viajaram também para Dubai, escolheram o luxuoso Emirates Palace Hotel, onde só para dormir e tomar café da manhã paga-se R$ 5 mil à noite.
Noticiaram ainda que eles estiveram nas Maldivas, no Oceano Índico. A viagem de avião custou cerca de R$ 40 mil para cada um, e o hotel R$ 10 mil por dia. Um mês antes, eles curtiram uma lua de mel em Paris. Em julho, o casal ainda deu um pulinho na Alemanha.
Mas em 2017 esse cenário muda, pelo menos para Eike Batista, sua prisão preventiva foi decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal, na operação Eficiência. Conforme noticiou O Globo, a prisão do empresário Eike Batista só foi decretada após delação de dois doleiros, que disseram que o ex-governador Sérgio Cabral recebeu propina do empresário no valor de US$ 16,5 milhões, que equivale a R$ 52 milhões.
Em um país que vive uma das piores crises de sua história, marcado pela desigualdade social e corrupção descontrolada, a prisão de Eike surge como uma esperança de que as coisas ainda podem ser realmente passadas a limpo.
Muitos assistiam perplexos cada capítulo do declínio daquele que já foi o homem mais rico do País. Considerado fugitivo, a Polícia Federal o aguardava para realizar sua prisão logo após seu desembarque. Sua vasta cabeleira, que já causou inveja a tantos, finalmente foi raspada após passar por uma triagem no presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio.
Sem nível superior, foi para Bangu onde ficam os presos que não são ligados a nenhuma facção, na verdade, depende muito do significado que se dá a palavra facção, uma vez que em Bangu estão vários presos da Operação Lava Jato.
Talvez, a esperança dos brasileiros podem se ascender novamente e muitos poderão finalmente acreditar que cadeia não é lugar apenas de pobre. Possivelmente em razão disso, muitas pessoas foram às ruas assistir a sua prisão para ter a certeza de que “a cena” era tal qual noticiava a TV e as redes sociais.
O site br.blastingnews.com conseguiu expressar um pouco do sentimento do povo brasileiro ao publicar a seguinte notícia: “A data de 30 de janeiro entra para a história como um importante marco, pois através de seu desfecho, foi lançado um novo delineado à percepção de vida do povo brasileiro, pois, até então, era senso comum dizer que somente pobre ia para a cadeia caso cometesse qualquer delito. Atualmente, a Operação Lava Jato tem mostrado que essa ideia já é coisa do passado e que novas páginas na história da justiça do Brasil, ainda serão escritas.”
O ex-bilionário teve sua cabeça raspada e fotografado com o uniforme do presídio. Muitos perguntaram por que foi necessário tal atitude, se tratando de um cabelo tão bonito! A resposta é porque a manutenção do cabelo não poderia ser feita em Bangu 9.
Isso porque trata-se de uma prótese de cabelo que precisa ser retirada e lavada mensalmente. De acordo com o cirurgião plástico da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar, Ricardo Lemos, esse custo gira em torno de R$ 70 mil, foi o que noticiou o site br.blastingnews.com.
Atualmente, segundo o site Globo.com, Eike divide uma cela com outros seis homens presos pela maior operação anticorrupção da história do Brasil.
Bangu 9 tem capacidade para 541 presos e abriga 422. Ele divide a cela com outras seis pessoas, todas presas em fases anteriores da Lava Jato.
As celas têm 15 metros quadrados, beliches de concreto, sem vaso sanitário, só um buraco no chão que serve de banheiro e um cano com água fria para o banho.
Importa destacar a notícia em destaque publicada pelo site globo.com: “Os investigadores da Lava Jato no Rio dizem que o dinheiro pago a Sérgio Cabral saiu da conta de uma das empresas de Eike Batista no Panamá. Para justificar a transferência foi feito um contrato falso da venda de uma mina de ouro, que agora, descobriu-se, fica na Colômbia, segundo o próprio empresário.”
Segundo o site veja.com, Eike Batista já havia afirmado não ter curso superior e com um certo orgulho até, já que falava cinco idiomas, se orgulhava de sua aptidão empresarial.
Estudou engenharia metalúrgica na Universidade de Aachen, na Alemanha, mas não completou o curso, vaidoso, destacou que fala cinco idiomas. Por enquanto só vai precisar de um…
*Advogada, juíza arbitral, Personalidade da Amazônia e Personalidade Brasileira. Acesse: dolanepatricia.com.br————————————É simples pra dedéu – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Motivação é a arte de levar pessoas a fazerem o que você quer que elas façam por vontade delas”. (Einsenhower)É muito simples, mas com máscara de complicado. Mesmo porque nós, humanos, adoramos complicar. E por isso só aprendemos com repetições. Então vamos repetir. E já lhe disse inúmeras vezes que não tenho nenhuma intenção de ensinar. Quem sou eu. Mas não resisto quando vejo a televisão nos mandando recados que não são mais do que reprises do que já sabíamos. Mas isso só vale para quem já sabia. Mas vamos falar sério porque o assunto é sério. Mas não vemos motivos para as empresas ainda estarem batalhando para a implantação de um método de trabalho que já deveria estar no baú do conhecimento.
No final da década de cinquenta e início da de sessenta, assisti a uma luta ferrenha para a implantação do Controle de Qualidade na indústria paulista. E a batalha não foi só na indústria, mas nas empresas que iniciavam uma caminhada para a educação nos negócios. Em 1961 eu já trabalhava na Coldex, que era, à época, um exemplo de qualidade na indústria paulista. Época em que o SESI batalhava na implantação do Controle de Qualidade. Foi uma luta na qual tive a honra de participar. E aprendemos coisas que até hoje não conseguimos transmitir às empresas locais, pela simplicidade do trabalho.
O Controle de Qualidade é fundamental para o desenvolvimento da empresa em qualquer ramo de atividade. E ele não existe sem a argamassa das Relações Humanas no Trabalho e na Família. Atividade que só se constrói com conhecimento, segurança, simplicidade e liderança. As palestras sobre o assunto são o fortalecimento no andar do conhecimento. Há sempre uma resistência das empresas na formação profissional do servidor profissional. E isso não é redundância. A formação do formado se concretiza nas atividades do dia a dia, com um treinamento prazeroso, e nada cansativo; que se resume em entender que há uma diferença muito grande entre o líder e o chefe. E que embora devamos treinar para a chefia, devemos levar em consideração a força da liderança. Faz cinquenta anos que vimos tentando convencer as empresas de que a chefia deve se aprimorar no conhecimento da liderança. E isso só se faz com simplicidade e muito amor ao que se faz. É conversando que nos entendemos. Então vamos conversar. Formar líderes não é fácil, mas é muito simples. E os lideres estão dentro dos grupos. Só temos que descobri-los e fazer com que eles façam o que queremos que eles façam por vontade deles. Enquanto não entendermos isso, não teremos a qualidade que desejamos dentro das empresas. Pense nisso.