Opinião

Opiniao 01 09 2015 1389

O anjo que chupava limão – Walber Aguiar*E Deus criou os limões… e os  anjos                                                            Naquele mês de julho fui apresentado a Paulo Sarmento na disciplina de Cultura Brasileira. Baiano dando aula de um Brasil moreno, negro, índio, ainda cheirando a pelourinho e seus acarajés e abarás. A partir daí as sarmentices pareciam brotar do chão, tal qual a autenticidade daquele bom baiano.

O homem da antropologia, o cara que chegava franzino em sala com um caderno ou livro apenas, mais tarde seria um amigo das letras, um adepto da malandragem responsável, até porque os baianos fazem carnaval o ano inteiro por qualquer motivo.

Assim, apresentado ao mestre das histórias antropológicas e ao cunhadismo de Darcy Ribeiro, ao amor de Regina (sem cunhadismos) e às antropologices e tiradas filosóficas de Lévy-Strauss, restou uma amizade sem nenhum interesse, sem os olhos de cifrão, cheios de gananciosas remelas e dores conseqüenciais.

E quando estávamos todos enlutados, entre a realidade da ilusão e a geografia da morte, conheci um livro onde a jornada continua, onde figuram abordagens antropológicas, filosóficas e sociais, onde o autor mergulha profundamente na história humana, na odisséia dos pés descalços sobre a terra.

No entanto, um dos mergulhos mais inusitados reside naquilo que se entende e se vislumbra como eternidade e seus derivados terrenos e divinos. Onde um anjo se depara com limões e passa a dialogar com a transitoriedade, o  limite e a fugacidade.

Assim, o anjo mostra uma espécie de angústia diante do sempre, do eterno, do infinito. Uma angústia parecida com a do demônio que não suportava a perspectiva da lembrança de que viveria para sempre num mar de perseguições, ódios e lamentos. Uma espécie de gastura existencial diante daquilo que nunca  acaba, que vai durar pra sempre.

Nessa ótica, o limão, em sua pureza cítrica, em sua geografia de extrema finitude e limitação, é  tomado como alguma coisa boa, simples, singela, pelo mesmo fato de ter seu tempo de duração. Simplesmente, por ser algo que um dia acaba, mas vê seu papel cumprido, sua missão finda, sem ter que se preocupar com os quilômetros devoradores, numa estrada sem placas e sem qualquer tipo de fronteira.

O anjo saiu com as mãos cheias de limão, Sarmento com as mãos cheias de livros e eu com os olhos cheios de lágrimas, por me perceber confrontado com o transitório e o eterno,  o rotineiro e o desconhecido. Um dia a gente abre essa cortina e descobre esse mistério. Enquanto isso,  nos lambuzaremos com a pureza do limão e a solidão do espinho…

*Advogado, Poeta, professor de filosofia, historiador e membro da Academia Roraimense de Letras      [email protected] ————————————————Disciplinar sim, humilhar não! – Marlene de Andrade*Nem sempre acertamos tudo, às vezes, até nós adultos, mesmo sendo cristãos genuínos, erramos. Criança também erra e por isso deve ser disciplinada, porém existem pais que extrapolam chegando às raias da humilhação e do espancamento, o que é totalmente errado e cruel.

Os pais devem explicar aos filhos que somos falhos e que por isso podemos sofrer fracassos, ou de vez em quando errar, pois não somos perfeitos. É evidente que os filhos devem ser disciplinados, porém isso nada tem a ver com maltrato, uso de palavras rudes, chulas, violência e desonra, pois tais atitudes não são educativas e nem tampouco pedagógicas.

Devemos explicar aos nossos filhos que, através dos nossos erros e fracassos, poderemos alcançar vitórias mais lá na frente e aprender atingir os alvos certos, para não mais errar. A criança precisa entender que devemos aprender com os erros e que o importante é não errar mais. Ela precisa também saber que ser humano nem sempre acerta tudo. Todavia e indubitavelmente os filhos devem ser treinados para procurar acertar sempre os alvos corretos a fim de não fracassar continuamente.

A criança deve entender também que os erros na vida de qualquer pessoa devem ser corrigidos e que ela, desde pequena deve querer acertar sempre, em vez de ficar errando de forma contumaz. A criança que receber essa instrução quando tiver cometido erros, imediatamente, vai se sentir encorajada a conversar com seus pais, ou seus líderes e lhes contar tudo que está ocorrendo com a mesma.

O livro de salmos nos explica: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmos 51:5). E isto é verdade mesmo, visto que a criança aprende a pecar sem que ninguém a ensine, pois o pecado já nasce com a gente. A partir de 01 ano a criança começa a fazer pirraça, fica irada até conseguir o que quer, se joga no chão para chamar atenção e entre tantas outras inconsequências, espanca os irmãos e coleguinhas como se aquilo fosse algo muito natural. Isto tem a ver com a essência do ser humano que é pecaminosa. Qual de nós precisa fazer curso para aprender a pecar? A criança aprende a praticar más ações sozinhas, ou seja, bater no coleguinha, não respeitar os pais e os professores, implicar com os irmãos e entre outros, mentir.

A criança deve ser treinada para agir sempre corretamente e em vez de ser espancada deve ser orientada a compartilhar com seus pais tudo que estão sentindo. À luz desta reflexão fica o seguinte: o melhor ensino é o bom exemplo.

O Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem. (Provérbios 3:12).

*Especialista em Medicina do Trabalho/ANAMThttps://www.facebook.com/marlene.de.andrade47———————————————Vamos motivar? – Afonso Rodrigues de Oliveira*“Motivação é a arte de levar pessoas a fazerem o que você quer que elas façam por vontade delas”. (Eisenhower)A motivação faz parte da educação. Só quando somos educados para motivar, motivamos. Sobretudo quando somos lídres. Mesmo porque não há liderança sem a capacidade de motivar. Ainda elegemos e classificamos como líderes pessoas que têm a capacidade de mandar, de dar ordem e serem rigorosas. Quando na verdade, liderar não é mandar. Assim como mandar não é liderar. O líder não manda a pessoa fazer o que ele quer que ela faça. Se ele é um líder de verdade orienta as pessoas para que elas saibam o que devem e como devem fazer. Que é o que eu espero ver sempre que circulo por dentro de uma loja, uma farmácia, repartição pública e até mesmo clínicas de saúde que gozam do conceito de qualidade. Semana passada vivi essa exeriência intensamente. Foi legal.

O atendimento, onde quer que você estever sendo atendido, não se classifica como bom apenas pelos sorrisos do atendente. Ele vai muito mais profundo. Tudo vai depender do treinamento recebido pelo atendente. E isso está em todas as áreas do atendimento. O difícil é fazer com que empresas e órgãos entendam que motivação é como samba, não se aprende na escola. É um processo simples e que requer harmonia. E isso só se passa para o aprendiz na conversação harmoniosa; não é com mandos, ordens nem arrogância. Ensinamos muito mais com as orientações expecíficas e respeitosas do que com as ordens e continências.

Já falei do exemplo do soldado que estava numa trincheira, na guerra. Era noite escura e algúem chegou por trás do dele e riscou um fósforo para acender um cigarro. Desesperado, o soldado gritou:

– Apague esse cigarro, seu idiota!

O cigarro continuou aceso e o soldado virou-se para gritar, quando percebeu que era um coronel. O soldado pediu desculpas. O coronel tocou no ombro dele e falou:

– Calma, jovem. E dê graças a Deus por eu não ser o sub-tenente.

Vamos instruir educando. Há cinquenta anos vimos lutando para fazer do Brasil um país realmente educado e próspero. Estamos indo no caminho certo, mas não estamos dando importância aos desvios de conduta dos que deveriam ser o exemplo de boa conduta. Mas mais importante é que cuidemos de nós mesmos para que sejamos o que o país espera de nós. A violência é uma característica do ser humano; mas faz parte da evolução humana. E cada um de nós tem a responsabilidade de dar sua contribuição nesse desenvolvimento. E vamos fazer isso fazendo nossa parte. Formemos os líderes com nossa educação nos nossos votos conscientes e facultativos. Pense nisso.

*[email protected]    99121-1460

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ESPAÇO DO LEITORÔNIBUS Moradores do bairro Nova Cidade relataram dificuldade para quem depende do transporte coletivo para chegar ao trabalho. “De uns meses para cá, os ônibus estão com os horários alterados e sequer informaram os moradores sobre a alteração. Para conseguir chegar no horário temos que acordar muito cedo, já que não existe mais um horário definido para atender os moradores da zona Oeste. O que percebemos é que outras rotas estão tendo privilégio e sempre deixam de atender nossas demandas”, relatou um morador.VIGILÂNCIA Sobre a matéria “Distribuidora é interditada por vender produtos vencidos”, a internauta Deusilene Silva comentou: “Da mesma forma que a atuação da Vigilância Sanitária está operante na Capital, gostaria de solicitar uma visita dos técnicos ao Município de Caracaraí, pois é cotidiano o consumidor encontrar produtos vencidos ou estragados em supermercados. Já relatamos esta situação aos órgãos locais, mas nenhuma ação foi realizada para minimizar este problema”.FISCALIZAÇÃOO leitor Emanoel Marques enviou o seguinte comentário: “Gostaria de solicitar a ampliação da fiscalização contra poluição sonora até o bairro Senador Hélio Campos. É comum, nos finais de semana, alguns moradores fazerem competições de paredões, incomodando os vizinhos. Já aconteceu até casos de agressão por conta do barulho. Por mais que seja solicitado para baixar o volume, eles acabam aumentando de propósito para intimidar os moradores”.ASFALTOMoradores de Pacaraima encaminharam o seguinte e-mail: “Está uma vergonha a situação das ruas do município, sem contar a sujeira e o mato que estão em toda parte. Realizaram recentemente uma operação tapa buraco com piçarra. Com as chuvas frequentes, não durou nem dez dias e os buracos se multiplicaram. Por mais que seja informado à Secretaria de Obras do município, nada é resolvido”.