É necessário integrar! – Ana Regina Caminha Braga*Para que a pessoa com deficiência aprenda, ela precisa ser integrada ao meio e ao convívio social. E a escola tem um papel fundamental nessa integração, já que o professor entra com a função de reabilitador. É papel do docente integrador elaborar atividades que atendam e incluam o aluno com deficiência dentro de suas habilidades e limitações.
No entanto, para isto acontecer passamos por um movimento no qual a criança com deficiência, muitas vezes, foi inserida numa escola, instituição ou lugares para adquirir novas aprendizagens longe de casa, do convívio da família, dos colegas e da sociedade.
Por esta razão, é importante refletir se nos dias atuais colocar a criança ou um adulto longe de sua realidade vai de fato contribuir para a sua aprendizagem, porque considera-se que o ser humano precisa vivenciar conflitos e com as pessoas com deficiência não é diferente. Elas precisam aprender a lidar com as diversas situações da vida.
No âmbito educacional quando a integração escolar é abordada de maneira a considerar o aluno como um sujeito que independente das suas limitações e deficiências. Uma questão relevante de se considerar é que inserir na sala de aula um aluno com necessidades especiais sem oportunizar estratégias que possam contribuir para o seu aprendizado pode comprometer as aquisições futuras ou estagnar o processo. Portanto, a integração pela integração sem colocar a frente desta atitude uma objetividade acaba não atingindo o ponto crucial da integração escolar.
Os alunos com necessidades especiais precisam ter as mesmas condições de aprender dos demais alunos. O primordial é que a criança/aluno com deficiência tenha a oportunidade de participar e aprender na escola e no meio social de maneira significativa, para que as experiências sejam vividas e divididas com os seus parceiros de aprendizagem, ou seja, amigos, colegas e professores. Independente da condição e comprometimento que o aluno tenha, é o professor que precisa acompanhar suas atividades e direcionar os passos dados ou que é adequado orientá-lo.
*Escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão [email protected]————————————-Mentes do bem ou do mal – Walber Gonçalves de Souza*Pensar, com certeza, é a nossa segunda maior qualidade. Pois a primeira sem sombra de dúvidas é a capacidade de amar, de amar incondicionalmente. Juntas, então, amar e pensar, uma união perfeita, tornam o ser humano um ser especial. Amar e pensar transformam o animal em gente, transformam o ser em humano.
Ao desenvolver a nossa capacidade de pensar, nos afastamos dos outros animais. E como diria o filósofo René Descartes, passamos a existir, pois, para ele, “penso, logo existo!”. O pensamento possibilita ao ser humano a capacidade de articular, de programar, de prever situações, de organizar os seus atos… enfim, o pensamento torna-se o cerne, a essência, de como o ser humano lida com a sua própria vida.
Mas o pensamento pode ser condicionado, levando as pessoas ao estado de alienação ou manipulação. Da mesma forma também pode ser direcionado, fomentando assim perigosas ideologias. A forma de pensar ou de como aprendemos a pensar dará a direção para a nossa vida.
O pensamento pode sofrer alterações? Acredito que sim, entretanto, quanto mais formatados em uma ideia nós formos, na mesma proporção ficará difícil mudarmos a nossa concepção do que foi pensado. Como exemplo, citarei os intermináveis casos de intolerância religiosa que presenciamos mundo afora. Quanto mais radical é a formação religiosa de grupo, mais intolerante ele se torna em relação aos membros de outras religiões. Outro exemplo também que pode ser dito está ligado aos campos de futebol, quantas pessoas na radicalidade da sua opinião acredita que ninguém pode torcer para outro time. Imagine se todas as pessoas torcessem para um time só. Os outros com o tempo acabariam e aquele de torcida única, acabaria também pois não teria com quem jogar.
Pensar deve ser então uma atividade mental diversa, múltipla e que deveria servir para o ser humano evoluir, crescer, desenvolver-se. Mas pode ser usada das mais diversas formas, para as coisas boas e para as coisas ruins.
Nenhum de nós pode negar a inteligência de Hitler, a forma como ele conduziu o nazismo é algo inusitado. Somente uma mente “brilhante” conseguiria tamanho êxito. Só que ele usou sua “brilhante” mente para o mal. Para maltratar, para matar, para discriminar, para propagar a intolerância, o ódio…
É impressionante como tantas pessoas usam uma das nossas maiores qualidades para desenvolverem a maldade. Temos presenciado no nosso país um turbilhão de mentes “brilhantes” usando o pensamento para o mal. Como covardes desumanos usam o ato de pensar como uma ferramenta de maquinar a decadência humana.
Entre os intermináveis atos de corrupção que dia a dia vemos brotar sob os nossos olhos, alguns se tornam tão sutis, tão bem pensados que quase chegam a ser um plano perfeito. A inteligência humana manifesta na sua mais cruel forma, busca nos limites da lei dar um ar de legalidade à prática corruptiva.
Somente uma mente “brilhante” poderia pensar em cobrar praticamente um real em cada prestação de todos aqueles que buscam crédito bancário. Pois não foi isto que aconteceu em mais um escândalo envolvendo os nossos ditos homens públicos. Aproveitam da fragilidade da pessoa que busca o crédito, pois quem está precisando de ajuda financeira não vai comprar a briga por pagar alguns centavos a mais na sua prestação, mesmo porventura achando aquilo algo estranho. E como diria o ditado popular de “grão em grão” foram afortunando-se à custa do trabalhador brasileiro, que historicamente sempre foi, com raríssima exceção, explorado das mais diversas formas.
Estamos vivendo uma “onda” estranha, em que em nome da relatividade, tudo aos poucos vai ganhando ares de normalidade. Assim, exemplos não faltariam para mencionarmos o que seria e como agiria uma mente do mal. Pois com caras piedosas tramam as mais cruéis falcatruas.
Todos somos dotados da capacidade de pensar, todos podemos ser bons ou maus, cabe a nós escolhermos o caminho que queremos seguir e como usaremos a nossa capacidade de pensar. Agora, pensando o Brasil, são tantas coisas que precisamos pensar, são tantas cosias precisando melhorar, que um bom caminho seria usar a nossa mente para pensarmos coisas boas, usarmos a nossa mente para o bem.
*Professor——————————–Ela tem um Nome – Gláucia Guimarães*Hoje ela chegou cedo, fiz um chá bem quente porque ela estava gelada de frio. Ela se sentou ao meu lado e conversamos horas a fio. Eu chorei e ela chorou comigo, e segurou minha mão quando eu achei que fosse morrer de tanto que ela doía dentro de mim.
Perguntei, então, por que ela tinha que machucar tanto? Ela disse que nem sempre é assim. Tem ocasiões em que ela não machuca muito, apenas faz alguns arranhões. Mas eu queria entendê-la, queria matá-la, queria mandá-la para bem longe do meu alcance onde ela não pudesse mais me ferir. Não queria dar minha face a bater, não mais. Eu queria, de qualquer jeito, me livrar dela, mas ela me abraçou e pude sentir meu coração trincar de tão gélido que ficou. Podia senti-la em minhas entranhas, correndo no meu sangue. Achei que não ia mais suportar aquilo tudo, que tinha se transformado num duelo. Já não tinha da onde tirar forças, quando num sobressalto peguei o telefone, disquei um número velho conhecido e num susto ela explodiu, virou pó na minha frente. Meu coração voltou a se acalmar e ficar bem quentinho ao som da voz do outro lado da linha. Dessa vez eu consegui me livrar da Saudade, mas sei que haverá vezes em que não terei para onde ligar e terei que recorrer a minhas lembranças, ao meu coração. Espero poder encontrar a força suficiente para vencer esses momentos.
*Empresária——————————-Dá chá de boldo – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual da abundância; a virtude inerente ao socialismo é a distribuição igual da miséria”. (Winston Churchill)Lutar por um dos lados é querer trocar seis por meia dúzia. Confesso que não tive coragem de ler a matéria de ontem, aqui na Folha, sobre a nossa saúde que está no fundo do poço, de um poço sem paredes para a subida. Mas fazer o que? Tomar chá de boldo também não adianta, porque a saúde está internada na mesma enfermaria em que está a educação. As duas, coitadas, estão nas mesmas condições e sem saída. Você se lembra de quando o Paulo Renato foi Ministro da Educação? Certa vez um repórter comentou, com ele, sobre a falta de verba para a educação, e ele respondeu: “Não falta dinheiro para a educação. O que falta é gerenciamento no dinheiro da educação”.
A saúde está no mesmo balaio. E se o balaio é de gato, os gatos sabem o que fazer, enquanto gatos. E é o que fazem. Todos vivem no vício inerente do capitalismo. Enquanto isso, os defensores do socialismo continuam estrebuchando, na tentativa de um balaio diferente com os mesmos princípios. E nós? Que é que vamos fazer se não sabemos, nem conhecemos nosso poder para resolver isso sem arengas nem briguinhas comadrescas? E se você estiver com intenção de fazer sua parte para melhorar o cenário, cuidado. As mudanças não ocorrem de uma hora para outra. Elas exigem muito tempo. Mas temos que começar nossa luta pacífica e silenciosa.
Comece sua batalha já nas primeiras eleições. Observe se seu candidato, pelo menos alguma vez, fala sobre educação e saúde. Se ele falar, cuidado, ele está fora da linha da política atual. E como tal, não vai ter vez nem voz. Se ele não falar, cuidado, ele está na mesma linha dos que estão indo para a cadeia. E agora? Que é que eu faço? Vamos fazer nossa parte. Já que não nos ensinam, vamos aprender a aprender. E comece se preparando para ser um cidadão. Porque até agora ainda não conseguimos sê-lo, embora nos digam, enganando, que somos. Ainda não temos a liberdade no voto. E sem liberdade não há democracia. E para que haja liberdade tem que haver direitos. E não há direitos sem deveres. Para que usufruamos nossos direitos precisamos cumprir nossos deveres. E cumprir nosso dever é obrigação, direito e dever de cada um de nós.
Então vamos fazer nossa parte. Vamos nos educar, já que não nos educam. E só quando educados seremos merecedores do direito ao voto facultativo. E é exatamente por isso que os políticos não estão nem aí para a educação. Mas todos nós temos o dever de fazer nossa parte. Pense nisso.
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